A
quarta rodada de
negociação do Acordo
Coletivo de Trabalho
de 2014, realizada
anteontem no
Ventura, trouxe
péssimas notícias
para a comunidade
benedense. Depois de
um mês e meio com a
Pauta de
Reivindicações nas
mãos – e tendo
atrasado a sua
apreciação por conta
da negociação do
Acordo da
Participação nos
Resultados –, a
Comissão das
Empresas do Sistema
BNDES apresentou uma
resposta descabida
para os pleitos do
corpo funcional.
A direção do BNDES
oferece percentual
de reajuste salarial
inferior aos 9%
conquistados pelos
funcionários dos
demais bancos
federais (Banco do
Brasil e Caixa,
entre eles); propõe
percentual de
reajuste do
auxílio-refeição
mais baixo que os
12,2% aplicados à
categoria bancária,
por meio da
Convenção Coletiva
de Trabalho; além de
tentar suprimir
direitos dos
benedenses, com a
retirada da
gratificação
salarial (ex-abono)
do futuro ACT.
Quanto aos demais
pleitos –
construídos em
Congresso no final
de agosto e
aprovados em
Assembleia Geral no
dia 8 de setembro –
nem uma palavra
sequer.
Diante deste
cenário, a Comissão
dos Empregados se
reuniu, após a
rodada, e deliberou
pela realização de
uma Assembleia
Geral Extraordinária
na próxima terça
(28), às 14h, no S1
do Edserj, tendo
como pontos de pauta
a avaliação do
processo de
negociação e a
definição de formas
de mobilização.
Propostas
rechaçadas
Durante a rodada, a
Comissão dos
Empregados rechaçou
o que foi
apresentado pela
Comissão das
Empresas,
considerando as
proposições
insuficientes para
atender o interesse
dos benedenses.
"Defendemos o
tratamento isonômico
em relação a todos
os bancos no tocante
à política salarial,
portanto, essa
posição do BNDES é
inaceitável, uma vez
que não contempla o
que foi autorizado
pelo governo
federal para ser
aplicado às
instituições
financeiras
públicas", ressaltou
Miguel Pereira, da
Contraf-CUT, que
também criticou a
proposta do Banco de
não conceder o mesmo
índice de correção
do auxílio-refeição
conquistado na Mesa
Fenaban.
Ainda analisando a
resposta das
Empresas, a
representação dos
empregados
qualificou como
retrocesso a
proposta de retirada
de direitos, como
tenta fazer o Banco
em relação à
gratificação
salarial (ex-abono),
paga no BNDES, com
habitualidade, desde
1996. Durante o
pronunciamento sobre
a questão, soou mal
a frase do chefe do
DERHU, Carlos Lazari,
que coordenava a
Comissão do Banco:
"Para a Diretoria
das Empresas, a
gratificação
salarial é assunto
encerrado!".
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* Texto
publicado na edição nº 1136,
em 23/10/2014. |