Nós
da AFBNDES (Associação
dos Funcionários do
BNDES) somos
constantemente
instados a responder
às críticas que vêm
sendo feitas à
maior articulação
institucional
surgida no país,
ainda que motivada
pela crise de 2008:
o arranjo BNDES/TESOURO,
que tem anuência do
Congresso Nacional.
Afirmamos
que “nunca
d’antes na história
desse país” um
arranjo surgido da
crise pôde se
revelar como
instrumento que, ao
libertar o BNDES de
limitações
financeiras, tornou
o Banco capaz de
promover, de forma
proativa, o
desenvolvimento
nacional e o resgate
dos passivos social
e ambiental através
da consecução das
etapas de um
planejamento estratégico
do Estado
brasileiro. E o
BNDES, havendo
vontade política,
tem, avalizado pela
sua história, plena
capacidade de
executar um Plano de
Desenvolvimento
Nacional.
No
presente imediato,
as oportunidades estão
aí: o Pré-Sal, o
potencial de
desenvolvimento
hidrelétrico e o
atendimento das
demandas dos eventos
de 2014 e 2016. No médio
prazo, então, não
precisa nem inventar
projetos: apenas o
urgente
enfrentamento do
passivo
socioambiental já
garante um imenso
canteiro de obras,
com muitos empregos.
Não
temos vocação para
cordeiro da fábula
de Esopo...
Nós
da Associação não
temos vocação para
cordeiro, que morre
no final. Não temos
que explicar “n”
vezes que o BNDES não
é o lobo dessa fábula.
Isso tudo já está
demonstrado na Série
BNDES. A função do
Banco é executar o
Desenvolvimento
Nacional. Sem
Limites e ponto!
Não
temos que dar
explicações para
“o Lobo” da mídia...
Carece
explicar que nossos
empréstimos são
liberados
parceladamente,
mediante comprovação
da conclusão das
etapas de um
projeto, gerando
impostos
imediatamente,
durante e depois da
conclusão do
aumento da
capacidade
produtiva.
Os
lobos da mídia
criticam sempre que
nosso país não
cresce porque não
tem investimento,
diferentemente da
China e da Índia,
e, no entanto,
reprovam nossa única
instituição
financeira que
concede
financiamento para o
investimento de
longo prazo, diante
de uma conjuntura
difícil!
Invertamos
o ônus da prova!
Os
críticos estão
convocados a provar
que:
–
o BNDES, ao utilizar
recursos contábeis
do Tesouro, não
cria, através de
seus financiamentos,
unidades reais de
processamento das
riquezas nacionais e
geradoras de
impostos;
–
o balanço final
entre os recursos
contábeis
empregados e os
recursos reais
produzidos não é
positivo a favor da
produção e do
valor adicionado
criado;
–
as políticas
governamentais de
criação de
“campeões
nacionais” –
geradores de divisas
– no caso
brasileiro
(destacamos
Petrobras e Embraer)
não foram
importantes para
todos os países
que, como Coréia,
China e Índia,
realizaram o
“catch up” (o
grande salto) na
história econômica
mais recente;
–
todos os
“Eximbank’s” não
estão, na verdade,
financiando mundo
afora, de forma
“nacionalista”,
seus “campeões
nacionais”;
–
os recursos de R$
180 bilhões
recebidos do Tesouro
(em dois anos) e
aplicados na produção
nacional são mais
concentradores do
que os mais de R$
320 bilhões pagos
aos “rentistas”
(em dois anos) a título
de juros;
–
os recursos do BNDES
não geram contratos
de financiamento,
para abater da dívida
bruta, ao contrário
dos juros da Selic,
que são
incorporados a essa
dívida;
–
os “rentistas”
queiram receber de
volta suas aplicações
em títulos do
governo, ou melhor,
que eles queiram a
extinção da dívida
pública e de suas
fontes de ganhos;
–
os juros da Selic,
os mais atos do
mundo, não
provocam, pelo
cerceamento do
investimento e da
oferta, uma trajetória
ascendente da inflação
no médio prazo, ao
contrário da atuação
do BNDES.
–
os juros da Selic,
os mais altos do
mundo, ao valorizar
o Real, não estão
prejudicando as
exportações, a
balança comercial,
aumentando o
perigoso déficit de
transações
correntes e
aumentando o passivo
externo bruto –
pelo BCB, em maio,
U$ 1,080 trilhão!
É
a Economia (Política),
Estúpido!
Utilizamos
a “surrada”
frase de James
Carville, incluindo
Política para
explicar o momento
atual. Nossa
plutocracia “rentista”,
mídia incluída,
apesar de
beneficiada pelos
altos juros vigentes
nos últimos anos,
por motivos políticos,
pegou a relação
BNDES/TESOURO para
bode expiatório. No
fundo, está em jogo
o verdadeiro motivo:
o embate eleitoral
entre o candidato da
manutenção dos
juros e o
candidato do
crescimento econômico.
Não importa
explicitar quem é
quem, basta entender
o jogo de cena. O
poder econômico está
mostrando que não
quer o crescimento.
E faz isso atacando
de todas as formas o
BNDES para manter
oculto o verdadeiro
vilão e o
verdadeiro motivo.
Então, passa aos
candidatos a
seguinte mensagem:
quem não abraçar a
austeridade fiscal,
o baixo crescimento
e os juros
“reais” elevados
não terá apoio político-financeiro,
antes ou depois da
campanha.
Mas
se algum “cordeiro
de Esopo”
perguntar se o
crescimento e o
desenvolvimento econômico
não levam ao pleno
emprego e à
maximização dos
ganhos, responderão:
“É a Economia Política,
estúpido!!!”.
Kalecki,
o economista que,
contemporâneo a
Keynes, também
desenvolveu o princípio
da Demanda Efetiva,
escreveu, em 1944, o
seminal artigo:
Os Aspectos Políticos
do Pleno Emprego
(confira o texto no
site da Associação/Série
BNDES). Lá, ele
explica, em suma,
que apesar de
ganharem mais no
pleno emprego, os
capitalistas
preferem ganhar
menos para não
perder o poder político,
principalmente,
perante os
trabalhadores e seus
sindicatos. Vale a
pena conferir.
No
caso brasileiro,
nossa situação é
pior, pois nossos
“capitalistas-rentistas”,
que recebem a maior
taxa de juros real
do mundo, não
precisam arriscar um
centavo, nem gerar
um único emprego,
ou, quiçá,
produzir um prego!
Enfim,
esse é o jogo,
senhores!
BNDES/TESOURO para sempre!
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