Zé
Benedino (*)
Uma
história fantástica se
iniciou quando Getúlio
Vargas transformou, em
1952, a
Comissão Mista Brasil-EUA
em BNDE.
O
esforço de um punhado de
sonhadores para que o
Brasil implantasse uma
moderna infraestrutura
econômica: recursos para
energia, transporte,
siderurgia; para que tivéssemos
uma Indústria de Base
poderosa; para que não
precisássemos importar
bens de consumo nem bens
de capital.
O
grande público
provavelmente desconhece o
quanto a sociedade
brasileira deve a um banco
federal. O despertar das
pequenas e médias
empresas para a Economia,
o incentivo à produção
local de Insumos Básicos,
a luta para salvar o Meio
Ambiente, para vencer os
choques do petróleo.
O
papel do BNDES na evolução
da sociedade brasileira
foi marcante desde então,
graças ao capital humano,
o seu mais valioso ativo.
Formado a partir do
reduzido grupo de
pioneiros, onde grandes
nomes da economia se
revelaram, evoluiu
impulsionado pelas próprias
exigências da sociedade
tecnológica brasileira,
que demandaram o
enfrentamento dos desafios
com muita criatividade,
engenharia financeira e
estudos.
Máquina
de pensar, com dezenas de
unidades operacionais,
administrativas, de gestão
financeira, recursos
humanos, informação, uma
rede com centenas de
bancos, praticamente todas
as agências do Sistema
Financeiro Nacional.
Apoiar
o desenvolvimento do
Brasil pela concessão de
centenas de financiamentos
por dia do Oiapoque ao Chuí
é a nobre missão desta
Casa, atendendo, na
verdade, ao seu grande
cliente: o Povo
Brasileiro.
Uma
missão quase sagrada,
onde não são permitidos
desvios, apenas pensar o
desenvolvimento do Brasil.
Dos benedenses se espera a
firmeza de propósitos, a
lealdade, o foco na missão.
O comportamento da tribo
de Levi – a única que
se manteve fiel enquanto o
povo idolatrava o Bezerro
de Ouro –, temerosa,
pois o Grande Patriarca
Moisés demorava no alto
da montanha.
Mas
ao retornar puniu os
desviantes, concedendo aos
Levitas a guarda do Tabernáculo,
que desde então passa de
pai para filho por tradição
oral, tendo seus
descendentes o privilégio
de serem chamados à arca
sagrada na frente da
congregação.
Também
nesta casa benedense
jamais houve desvios, com
os valores passando de
geração em geração,
como se fora um DNA
funcional, em outras épocas
classificado como as
famosas Visões, e suas
dimensões Foco no
Cliente,
Valorização
das Pessoas, Gestão do
Conhecimento, até
chegarmos, na gestão do
Prof. Luciano Coutinho, ao
Ano dos Valores do BNDES,
centrado
em Espírito Público
, Ética, Compromisso com
o Desenvolvimento e Excelência.
Mas
seja qual for o
enquadramento genético, não
há vazios, a alma
benedense vai se mantendo
viva: novos colegas
garantem a continuidade da
luta, mantendo erguida a
nossa Bandeira, todos
prontos para enfrentar
novos desafios, todos
herdeiros de uma mesma
missão para honrar.
O
Brasil de 1952, tão
diferente, começou a ser
transformado por gente que
acreditava – e como os
antigos levitas, gente que
transmite aos sucessores
seus conhecimentos, suas
tradições, seu espírito
público, legando às
novas gerações as Tábuas
Benedenses da Lei:
1.
Servirás à sociedade
trabalhando em equipe;
2. Continuarás
a história do BNDES;
3. Serás Agente do
Fomento;
4. Não farás banca de
negócios à porta do
Templo;
5. Planejarás o
Desenvolvimento Econômico;
6. Honrarás o Longo
Prazo;
7. Lembrarás dos que te
antecederam;
8. Articularás o
Desenvolvimento para
santificá-lo;
9. Não farás para ti
nenhum ídolo nem terás
outras missões;
10. Não tomarás em vão
o nome do Desenvolvimento.
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