Durante reunião ministerial
no dia 22 de abril, o
ministro da Economia, Paulo
Guedes, criticou a gestão no
BB. “O Banco do Brasil é um
caso pronto de privatização.
É um caso pronto e a gente
não está dando esse passo. O
senhor já notou que o BNDES
e Caixa, que são nossos
públicos, a gente faz o que
a gente quer. O Banco do
Brasil, a gente não consegue
fazer nada e tem um liberal
lá. Então tem que vender
essa porra logo”, disse
ele.
Em
repúdio à fala de Paulo
Guedes, Rita Serrano,
representante dos empregados
no Conselho de Administração
da Caixa Econômica Federal,
ressalta que as instituições
mencionadas por Guedes “são
patrimônios dos brasileiros”
e que prestam serviços para
o país, em especial agora,
no momento de pandemia.
“Queremos repudiar essas
declarações; o patrimônio do
brasileiro deve ser
respeitado e o dinheiro,
inclusive, que envolve essas
instituições é dinheiro
público. Portanto, é
impossível tratar disso como
se estivesse tratando de uma
feira, onde se colocam as
coisas à venda de qualquer
forma”.
Débora
Fonseca, conselheira de
Administração eleita do
Banco do Brasil, critica o
fato do ministro da Economia
não se preocupar com quem
está desempregado
e não tem fonte de renda
nessa pandemia.
“Ele vai se preocupar em
atacar o Banco do Brasil,
uma empresa que tem 211 anos
e uma importância para o
desenvolvimento do Brasil,
um patrimônio nosso. O
senhor Paulo Guedes ataca e
diz que deveria vender logo,
com palavras chulas que
combinam bem com suas
intenções”.
Arthur
Koblitz,
presidente da AFBNDES,
lembra que a fala de Guedes
já tinha causado repúdio nas
instituições. “Quando a
gente vê o conjunto do que
foi apresentado na reunião,
é realmente estarrecedor.
Qualquer país do mundo teria
dificuldades de sobreviver
com as orientações dessa
turma”, disse. “Esses
presidentes dessas entidades
não aproveitaram a
oportunidade que tiveram com
o Rogério Marinho, que
acusou o Guedes de
dogmático, não aproveitaram
essa abertura para fazer
qualquer contraponto às
orientações do Paulo
Guedes”, completou.
Para
os vídeos dos representantes
dos funcionários da Caixa,
Banco do Brasil e BNDES,
clique
aqui.