Ao assumir a Diretoria Financeira da AFBNDES em julho de 2016, o diretor financeiro Fábio Pais encontrou a Contabilidade atrasada em seis meses e o parcelamento em cinco anos de uma autuação fiscal estadual no valor de R$ 704.500,00. Logo depois, a Associação viria a perder a receita advinda do Plano de Seguro de Vida (PLASEG), na ordem de R$ 300.000,00 por ano. Além disso, o mais preocupante: despesas correntes maiores que as receitas e a entidade necessitando de mais recursos para fazer frente à defesa institucional do BNDES.

Para dar a volta por cima, diversas medidas foram tomadas: revisão de contratos com planos de telefonia e de locação de espaço para antena de telefonia na sede social; renegociação de tarifas bancárias com o Itaú e o Banco do Brasil; parceria com a Sicredi para alavancar os empréstimos aos associados – aumentando a receita financeira e diminuindo os impactos da redução da taxa Selic; resgate e posterior venda de jazigo que a AFBNDES possuía e não estava contabilizado no balanço patrimonial; terceirização da cantina do Clube da Barra, que era deficitária e tornou-se superavitária, evitando-se, também, futuros riscos de passivos tributários; diminuição em 50% do custo das festas de fim de ano dos associados (esforço que contou com a participação dos organizadores dos eventos); política de não contratação de novos funcionários (em sintonia com a diretoria administrativa); maior facilidade para o pagamento das mensalidades dos sócios especiais, entre outros. Todas essas iniciativas trouxeram frutos que podem ser conferidos no quadro abaixo:

Importante destacar a diminuição dos recursos anuais destinados às unidades de lazer (Clube da Barra e Pousada Clube Itaipava), na ordem de R$ 850.502,00 de 2016 para 2019. A projeção é que em 2021 este valor diminua em mais R$ 903.237,00 anuais. 

Outro aspecto fundamental foi o crescimento das receitas dos sócios efetivos, motivado pelo crescimento do quadro social em função de ações judiciais e do maior engajamento do benedense na luta por nossa instituição.

O resultado desta política possibilitou forte investimento na defesa institucional do BNDES, objetivo principal da AFBNDES, e deu tranquilidade para a entidade enfrentar com solidez o período de isolamento social decorrente da pandemia do novo coronavírus. 

Deve ser ressaltado que a Associação não precisou aderir ao programa emergencial de manutenção de emprego e renda do governo federal. A entidade pôde manter os empregos em todas as unidades, sem redução de salários e benefícios.  

Outra questão relevante – destaca o diretor – é que a AFBNDES não precisou postergar pagamentos de FGTS e INSS à União. “Uma contribuição singela aos cofres do país”, destaca Fábio.