Os desdobramentos da
Operação Bullish,
que investiga
aportes realizados
pela BNDESPAR na JBS,
novamente levaram os
empregados do BNDES
a um ato de protesto
no térreo do Edserj.
A manifestação foi
realizada na tarde
da última
sexta-feira (15) – a
exemplo do que
ocorreu em 12 de
maio de 2017, quando
houve a condução
coercitiva de 37
técnicos do Banco
para depoimento na
Polícia Federal, no
Rio.
Desta vez, o ato
convocado pela
AFBNDES tinha como
objetivo prestar
solidariedade a seis
empregados e
ex-empregados do
BNDES denunciados,
no último dia 14,
pelo Ministério
Público Federal.
Durante a
manifestação, foi
aprovada a
elaboração de uma
carta aberta à
sociedade com o
posicionamento do
corpo funcional benedense a respeito
da denúncia. Este
documento já está
circulando pelo
Banco para o
recolhimento de
assinaturas dos
empregados, estando
também disponível na
secretaria da
Associação.
O documento foi uma
deliberação da
plenária reunida no
ato. Nele foi feito
o esforço de, em
pouco tempo, digerir
a denúncia
apresentada e
informar as razões
pelas quais não
somos neutros sobre
a denúncia do MPF.
Esperamos ter
mostrado que nossa
reação não está
fundada num
automatismo
corporativo. Depois
de examinar a
denúncia, nos
indigna a
sistemática
desconsideração, sem
maiores esforços
explicativos, dos
argumentos
apresentados pelo
BNDES. Temos um
inquérito e agora
uma denúncia sobre
empregados do BNDES
baseados na
identificação de
irregularidades pelo
TCU que foram
exaustivamente
debatidas. Tememos
que se os órgãos de
controle optarem por
essa forma de
conduzir suas
investigações,
outras operações do
BNDES podem estar
expostas a riscos
semelhantes. Isso
coloca os empregados
do BNDES numa
situação de
altíssima
vulnerabilidade.
Procuramos apontar
também no documento
o que pode ser uma
alternativa sadia,
positiva, para a
relação entre BNDES
e órgãos de
controle. Há uma
disposição genuína
de aperfeiçoar
processos na Casa.
Advertências,
sugestões, maior
grau de interação
com o TCU são muito
bem-vindos.
Esperamos que esse
caminho venha a
prevalecer a bem dos
empregados do BNDES
e do Estado
brasileiro.
Mais de dez
empregados fizeram o
uso da palavra
durante o ato, entre
eles o presidente e
o vice-presidente da
AF, Thiago Mitidieri
e Arthur Koblitz,
respectivamente.
Foram lidas
mensagens de três
dos denunciados pelo
MPF agradecendo o
apoio dos colegas e
acreditando na
justiça e no
esclarecimento dos
fatos. Também houve
a repetição da foto
dos funcionários
levantando o crachá
do Banco com orgulho
e comprometimento,
como foi feito, de
maneira espontânea,
em 12 de maio de
2017.