A Associação de
Funcionários do
BNDES manifesta
plena solidariedade
e se coloca à
disposição dos
colegas que sofreram
essas
arbitrariedades –
levados de forma
ilegal e violenta e
expostos em rede
nacional com danos
às suas imagens e
reputações.
Testemunhamos serem
profissionais
honestos e
competentes que
sempre cumpriram
rigorosamente suas
obrigações pensando
no interesse público
e no desenvolvimento
econômico e social
do País.
Cabe ressaltar que
não houve prévia
intimação aos
funcionários do
BNDES, os quais
sempre estiveram e
continuam dispostos
a prestar todos os
esclarecimentos
perante as
autoridades. E,
também, que nenhum
dos funcionários do
BNDES esteve ou está
recalcitrante a
elucidar os fatos e
instruir o processo
acerca dos critérios
técnicos e demais
circunstâncias para
a operação de
participação
acionária
investigada ou
qualquer outra
operação realizada
pelo Banco.
Tendo em vista que o
Código de Processo
Penal (CPP) prevê a
possibilidade de uso
da condução
coercitiva apenas se
o acusado ou a
testemunha não
atender à intimação
para o
interrogatório,
entendemos que as
conduções
coercitivas sofridas
pelos funcionários
do BN-DES no dia 12
de maio de 2017,
aplicadas ainda na
fase de
investigação,
configuraram
violação da lei,
ferem preceitos
fundamentais
garantidos pela
Constituição Federal
e devem ser
submetidas ao
controle judicial.
Consideramos
absurdas as
tentativas de
criminalização das
atividades do BNDES,
como Banco de
Desenvolvimento, e a
responsabilização
pessoal dos
funcionários, que
realizaram e
realizam suas
funções dentro da
legalidade, de
acordo com suas
atribuições,
respeitando normas,
ritos, processos de
análise sempre
validados por
instâncias
colegiadas e
orientados pelos
valores do BNDES:
ética, espírito
público, compromisso
com o
desenvolvimento e
excelência.
É a primeira vez nos
65 anos de
existência do BNDES
que isso ocorre! Os
funcionários estão
naturalmente
inseguros em
realizar seu
trabalho
profissionalmente.
Essa situação se não
for revertida poderá
trazer graves
prejuízos à economia
brasileira, pois,
caso não contem com
adequadas garantias
e salvaguardas ao
exercício de seu
trabalho, os
empregados poderão
paralisar suas
atividades.
Há três anos o BNDES
é alvo de diversas
investigações, em
que se propagam
acusações pouco
especificadas e
inconsistentes. Uma
Comissão Parlamentar
de Inquérito foi
conduzida sem que
nada de irregular
fosse encontrado na
atuação do BNDES. A
cada dia que passa
fica mais patente
que os órgãos de
controle desconhecem
completamente os
mecanismos de
funcionamento do
BNDES e do mercado
de capitais. As
imprecisas, e
incorretas,
considerações feitas
pelo Tribunal de
Contas da União
sobre operação da
BNDESPAR com o Grupo
JBS são divulgadas
com estardalhaço
pela mídia, o que
contribui para
distorcer a verdade
e para agravar as
injustiças
cometidas, com
profissionais
competentes e
dedicados.
A AFBNDES reafirma
seu repúdio à
corrupção. Nossa
crítica não é a essa
investigação, ou a
qualquer outra que
se faça. A atuação
do BNDES é
transparente e a
instituição presta
contas à sociedade
permanentemente. O
que se critica é a
inexistência de
razões para
incriminar a
instituição e seus
servidores, e a
mentirosa veiculação
dos fatos e a
arbitrária condução
coercitiva de
dezenas de
servidores do
BNDES.
Diante da injustiça,
a indignação tomou
conta dos
funcionários que, em
resposta à
arbitrariedade
sofrida, desceram ao
térreo,
espontaneamente, em
solidariedade e
apoio aos colegas
desrespeitados pela
violência que lhes
foi perpetrada e
para manifestar o
orgulho em ser
benedense e defender
a instituição em que
trabalham.
Por essas razões,
cobramos a
necessidade de uma
posição firme,
decidida e
contundente da
Presidente do BNDES,
da Diretoria e do
Conselho de
Administração pela
correção dos
procedimentos de
investigação e em
defesa dos
funcionários e da
instituição.
Em primeiro lugar, o
posicionamento firme
e decidido da
Diretoria é
imprescindível para
dissuadir da
possibilidade de que
conduções
coercitivas e
devassas
domiciliares contra
funcionários do
BNDES venham a se
repetir de forma
desnecessária,
injustificada e
arbitrária.
Em segundo lugar, é
fundamental que haja
o esclarecimento e a
correção das
informações
equivocadas sobre a
atuação do BNDES que
circulam na imprensa
e na mídia,
repetidas à exaustão
até se tornarem
verdades para a
população. Como
sugestão, a
Diretoria do Banco
pode solicitar ao
grupo JBS a abertura
de sigilo destas
operações e realizar
seminários técnicos
abertos à mídia e à
população em geral
no Auditório Arino
Ramos.
E que fique claro, o
repúdio a condutas
ilegais e
arbitrárias – e a
busca firme e sem
concessões da
verdade e da
fidelidade aos fatos
– não é afronta; é
dever de todo e
qualquer cidadão
consciente e
responsável.
Também cobramos do
Governo Federal
iniciativas em
defesa de nossas
instituições
públicas e dos
procedimentos legais
e democráticos. É
assim que podemos
colaborar para o
engrandecimento de
nosso País.
Essa colaboração,
porém, também deve
estar integrada à
ação das autoridades
e dos órgãos
competentes de
investigação. São
todos, como o BNDES,
instituições com
agentes públicos que
devem proceder com
correção em suas
atividades e no
estrito cumprimento
das leis
brasileiras.
No dia 12 de maio de
2017, que
consideramos um
marco em nossa
história, reagimos
com indignação e
manifestamos nossa
união e nosso
orgulho em trabalhar
pelo desenvolvimento
econômico de nosso
País.
A mobilização
precisa continuar.
Estamos em estado de
Assembleia
Permanente, em
vigília, para
observar as ações e
os desdobramentos do
episódio da última
sexta-feira, até que
nossas legítimas
preocupações sejam
encaminhadas e
resolvidas
satisfatoriamente.