O BNDES segue e
executa as
orientações
estratégicas dos
distintos governos,
mas isso não se
sobrepõe ao rigor
técnico que a
análise de cada
operação deve ter.
A independência
técnica marca
historicamente a
relação do BNDES com
cada governo. Por
isso, causou
surpresa que a
publicação da
matéria tenha
individualizado o
BNDES, além de
amplificar uma visão
claramente
distorcida e
enviesada de sua
atuação, se
assemelhando a
correntes e boatos
comuns em redes
sociais. A matéria
ignora informações
relevantes sobre a
atuação do BNDES:
O BNDES nunca
financiou projetos
de infraestrutura no
exterior em
detrimento dos
investimentos no
Brasil. O Banco
desde os anos de
1990 faz parte do
sistema brasileiro
de apoio às
exportações de bens
de capital e bens e
serviços de
engenharia, no
esteio das práticas
das mais destacadas
agências nacionais e
multilaterais de
crédito ao comércio
exterior.
As exportações
financiadas pelo
BNDES e por essas
agências geram
emprego, renda e
divisas para os
respectivos países
exportadores. A
produção local
associada às
exportações
movimenta a cadeia
produtiva do país
exportador,
especialmente MPMEs.
No Brasil, a
produção local
associada às
exportações
financiadas pelo
BNDES movimenta uma
cadeia produtiva de
3.500 empresas, das
quais 2.700 são
MPMEs.
As atividades
financiadas geram
empregos, renda e
divisas para o
Brasil. O BNDES
financia as
exportações
brasileiras fazendo
desembolsos em reais
e dentro do país. Ao
gerar divisas (em
dez anos, o saldo
comercial foi de
mais US$ 20
bilhões), o
financiamento às
exportações aumenta
o potencial de
crescimento da
economia brasileira
e, portanto, a
capacidade de suprir
as carências de
infraestrutura.
Os dados de
desembolso do BNDES
desmitificam por
completo a visão de
que financiar
exportações retira
recursos da
infraestrutura
nacional. O BNDES
tem uma carteira com
mais de 300
operações de project
finance voltados
para a
infraestrutura
nacional. Os
desembolsos para
infraestrutura entre
2007 e 2015
atingiram quase R$
600 bilhões, a
valores de dezembro
de 2015. No ano
passado, os
desembolsos
representaram 40% do
total. O
financiamento às
exportações
respondeu por cerca
de 4,5% dos
desembolsos totais
do BNDES. De fato,
nunca concorreram
com o investimento
no Brasil.
Quanto ao apoio às
empresas de menor
porte, o BNDES não
só as apoia como faz
isso com melhores
condições
financeiras do que
as praticadas para
grandes empresas. O
banco realiza mais
de 1 milhão de
operações por ano,
sendo mais de 95%
delas com micro,
pequenas e médias
empresas. No início
da década de 2000,
as empresas de menor
porte absorviam
cerca de 20% do
total de
desembolsos. Nos
últimos anos, a
proporção é de cerca
de um terço.
Excluídos os setores
em que as MPMEs não
têm atuação
relevante
(infraestrutura,
administração
pública e
exportação), o
desembolso para as
empresas de menor
porte tem sido de
quase 50% do total
de desembolsos do
Banco.
O Cartão BNDES,
utilizado por
empresas de menor
porte para aquisição
de insumos e itens
de investimentos,
teve um crescimento
real de seus
desembolsos,
saltando de R$ 750
milhões, em 2007
(atualizados para
dezembro de 2015),
para R$ 11,3
bilhões, em 2015.
Nos últimos anos, o
BNDES incorporou
mais de 250 mil
empresas como novos
clientes.
O BNDES é uma
instituição sólida e
a mais transparente
do setor financeiro
brasileiro. As
decisões do BNDES
são tomadas de forma
impessoal e técnica,
depois da avaliação
de ao menos duas
equipes de análise e
dois colegiados, num
processo que passa
pelo exame de pelo
menos 50 pessoas.
O BNDES sempre
esteve aberto ao
debate. Sua
excelência está
ligada, entre outras
coisas, à permanente
disposição para se
aperfeiçoar. Mas
entendemos que não
há disputa política
ou promoção de
medida legislativa
que justifique um
governo atacar uma
instituição
internacionalmente
respeitada como o
BNDES, obra de
distintas gerações,
de diferentes
inclinações
políticas, em mais
de 60 anos.
As Associações,
representantes dessa
burocracia pública,
já levaram à
Diretoria do Banco o
sentimento de
perplexidade e
insatisfação diante
do que entendeu como
um ataque à imagem
da instituição.
Temos a expectativa
de que, diante das
consequências
sentidas pelo quadro
funcional e dos
danos à imagem da
instituição, a
Diretoria irá se
manifestar
brevemente (o que
já foi feito).