Foi com pesar que a Reitoria da UFRJ recebeu a
notícia do falecimento de Carlos Francisco
Theodoro Machado Ribeiro de Lessa, nesta
sexta-feira, 5/6.
Lessa foi reitor da UFRJ entre julho de 2002 e
março de 2003. Já na posse, em 9/7/2002,
entregou ao ministro Paulo Renato de Souza o que
denominou Plano Emergencial para a UFRJ,
propondo ações imediatas para eliminar perigos
diretos à integridade física da comunidade
universitária – como incêndios, doenças etc. – e
recuperar instalações elétricas, sanitárias,
telefônicas etc. Souza manifestou sua
disponibilidade em examinar um conjunto de
reformas na UFRJ na coletiva à imprensa
concedida ao final de março daquele ano, no Rio
de Janeiro, quando declarou que Lessa, indicado
por 85% da comunidade universitária, era o
preferido para a nomeação.
Ex-decano do Centro de Ciências Jurídicas e
Econômicas (CCJE) e ex-diretor do Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),
Lessa é autor de múltiplos livros e artigos
sobre economia, cultura e história.
Na UFRJ como reitor, Lessa defendeu a
necessidade do retorno à normalidade
institucional, sobretudo pelo respeito às
decisões dos colegiados e às instâncias
administrativas. Ainda que tenha ficado no posto
por seis meses, deixou uma lembrança cultural
incomensurável à Universidade do Brasil, a quem
tanto amou: criou o bloco Minerva Assanhada,
nome escolhido pelo economista, fazendo alusão
ao símbolo da Universidade.
O professor titular da UFRJ concluiu a graduação
em Ciências Econômicas na UFRJ em 1959. Mestre
em Análise Econômica pelo Conselho Nacional de
Economia, doutorou-se em Ciências Humanas, em
1980, pela Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp). Lessa acumula, ainda, passagens por
diversas instituições, como: Ministério das
Relações Exteriores, Centro Econômico para
América Latina (Cepal/ONU), Superintendência de
Desenvolvimento Econômico (Sudene), Instituto
Latino-americano e do Caribe de Planificação
Econômica e Social (Ilpes/ONU), Banco
Interamericano de Desenvolvimento (Intal/BID/Argentina),
Centro Interamericano de Capacitação em
Administração Pública (Cicap/Venezuela),
Universidade do Chile, Fundação Getúlio Vargas
(FGV), BNDES, Fundação para o Desenvolvimento da
Administração Pública (Fundap), Unicamp,
Conselho Superior de Previdência Social (CSPS),
Universidade só Estado do Rio de Janeiro (Uerj),
Detergentes do Nordeste e Instituto Virtual de
Economia e Logística do Rio de Janeiro.
Seu filho, Rodrigo Ribeiro Lessa – a quem
prestamos publicamente toda a solidariedade
desta casa, assim como toda a família e amigos –
postou uma mensagem nas redes sociais. “Meu
amado pai foi hoje às 5 horas da manhã
descansar. A tristeza é enorme. Seu último ano
de vida foi de muito sofrimento e provação. O
legado que ele deixou não foi pequeno. Foi um
exemplo de amor incondicional pelo Brasil,
coerência e honestidade intelectual, espírito
público, um professor como poucos e uma alma
generosa que sempre ajudou a todos que podia
quando estava a seu alcance, um grande amigo.
Que descanse em paz. Aos que tem afeição por ele
comunicaremos uma cerimônia virtual em função da
pandemia”.
A Reitoria da UFRJ lamenta profundamente a perda
de Lessa e presta condolências à família e aos
amigos. O Brasil perde um grande Brasileiro, com
B maiúsculo.
Reitoria da UFRJ |
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O canal da AFBNDES no
YouTube traz vídeo com
mensagens sobre o legado de
Carlos Lessa |
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Brasil perde um grande
Brasileiro |
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Depoimentos de
Pedro Palmeira,
Leonardo Pamplona, Pedro Quaresma,
Hélio Pires da Silveira e Cid
Botelho |
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Depoimentos
de
Paulo Faveret,
José Eduardo Pessoa de
Andrade, Thiago Mitidieri e Antônio Saraiva |
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Matéria publicada no
VÍNCULO 614,
de 5 de fevereiro de 2003, logo
após a posse de Carlos Lessa na
Presidência do BNDES |
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Atrofiar, ‘privatizar’ ou, se
possível, fechar o BNDES, por
Carlos Lessa |
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Nota de Pesar - Falecimento do Prof. Carlos Lessa
–
Instituto de Economia da UFRJ |
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Carlos
Lessa era grande demais
–Corecon-RJ |
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