O presidente Levy é
realmente
controverso.
Considerado
misterioso por
muitos. Um defensor
do BNDES, como diz
ser, ou um cético,
muito inseguro sobre
qual é o papel do
Banco e muito
desconfiado sobre
seus funcionários?
A AFBNDES já tem
claro que a relação
é muito diferente da
dos últimos três
presidentes.
Organizamos algumas
declarações que nos
impressionaram para
ajudar você, caro
leitor, a pensar
sobre o assunto.
Pense num jogo, tipo
"amar é", ou melhor:
"ser amigo é…"; ou
ainda: "Joaquim Levy
é…".
Um amigo nas horas
difíceis?
"Até 2016, não tinha
área de ‘compliance’.
Engraçado. Que
surpresa terem
acontecido coisas
esquisitas, né?! Não
tinha área de
‘compliance’…".
(Estadão,
19/03/2019).
Contexto:
Em um seminário da
FGV, no dia seguinte
à apresentação da
denúncia do MPF
sobre a Operação
Bullish, envolvendo
cinco empregados do
BNDES e o
ex-presidente
Luciano Coutinho.
"Acabou a política
de emprestar para
governos
estrangeiros. Foram
feitos empréstimos
por motivação
política e que hoje
não estão sendo
pagos". (Estadão,
20/03/2019).
"Estes projetos
continuam causando
bastante
desconforto. Por que
eles enquanto
projetos muitas
vezes não alcançaram
os objetivos que se
dizia que iam
alcançar (...). O
próprio país que
recebeu a obra não
está contente.
(…) além disso, além
de eventuais
problemas que possam
ter acontecido nas
obras e na execução
(…) a questão é que
hoje estão
inadimplentes, há um
calote e há um
prejuízo para o
Banco. Ainda que
seja coberto pelo
governo, pelo
Tesouro Nacional. É
um prejuízo então
para a economia,
para as finanças
públicas de projetos
que, infelizmente,
talvez por
motivações
políticas, pela
razão que for (…),
se mostraram muito
inadequados". (GloboNews,
15/03/2019).
Contexto:
Comentário sobre as
operações de
exportação de
serviços do BNDES,
que ocorreram
durante 20 anos
seguradas por um
fundo federal
amplamente sólido e
superavitário.
Subscreve críticas
do TCU nunca
reconhecidas pelo
BNDES. No momento da
declaração, dezenas
de funcionários do
BNDES estavam sendo
submetidos a um
processo de
investigação no
Tribunal.
Certamente, um amigo
que não hesita pedir
ajuda quando
precisa...
"A Justiça reconhece
que as atividades do
banco são legítimas
e sem influência
externa. As pessoas,
às vezes, têm receio
de ter influência
externa no BNDES.
Não há. Foi
demonstrado que não
se encontrou nenhuma
evidência de uma
situação complicada
de alguns anos atrás
e não se vai
encontrar nenhuma
influência agora".
(Estadão,
23/05/2019).
Contexto:
Comentário quando da
rejeição da denúncia
sobre a Operação
Bullish pela Justiça
Federal e quando
estava sendo
questionado pela
ingerência política
do ministro Ricardo
"Yale" Salles que
levou ao afastamento
da chefe do
Departamento de Meio
Ambiente do Banco.
Um amigo que sabe
elevar sua
autoestima e confia
em você?
"Temos que fazer uma
realocação da força
de trabalho,
inclusive
descobrindo as reais
capacidades dela
porque agora a turma
vai ter que mostrar
a que veio. Não pode
ser 200 caras em 2,5
mil. Tem que ter
todo o exército no
‘deck’ para operar".
(Valor Econômico,
26/04/2019).
Um bom conselheiro?
"Insistir em falar
sobre o afastamento
da chefe do
Departamento de Meio
Ambiente não é bom
para o BNDES".
(Teatro Arino Ramos,
sexta-feira,
31/05/2019).
Contexto:
Nas últimas duas ou
três semanas, a
atuação do BNDES foi
elogiada por sua
competente atuação
na gestão do Fundo
Amazônia em rede
nacional. Certamente
a melhor cobertura
consistente do Banco
nos últimos 5 anos.
Assim se referiu o
Jornal Nacional, na
última terça-feira
(tem gente que jura
que nunca viu o
Bonner falar bem do
BNDES):
"Os embaixadores (…)
destacam a
competência e a
independência do
BNDES na gestão do
fundo, e ressaltam
que esse modelo vem
funcionando há mais
de dez anos.
Por fim, ressaltam
que, até hoje,
nenhuma auditoria
constatou qualquer
irregularidade,
razão pela qual
defendem a
manutenção do BNDES
na gestão do fundo e
na aprovação de
projetos".
Ou um conselheiro
interessado?
"Ricardo Salles
encrencou-se com os
financiadores
internacionais do
Fundo Amazônia e
chamuscou a
biografia de Joaquim
Levy, presidente do
BNDES,
arrancando-lhe o
afastamento da chefe
do Departamento de
Meio Ambiente". (Elio
Gaspari,
29/05/2019).
"Joaquim Levy… como
presidente do BNDES
de Bolsonaro engoliu
um sapo cururu ao
dispensar a chefe do
departamento de meio
ambiente do banco
para atender a um
delírio do ministro
Ricardo Salles.
Resta saber se achou
que sapo tem gosto
de mexilhão". (Elio
Gaspari,
02/06/2019).
Seu julgamento sobre
as perguntas acima
pode ajudar a julgar
o tema de futuro
editorial aqui no
VÍNCULO.
Um amigo que inova
na estratégia legal
pensando no melhor
para o BNDES e seus
empregados?
"18. Em suma, tem-se
que o atual
posicionamento
institucional do
BNDES acerca do tema
é no sentido de que
os aportes
realizados em 2009 e
2010 feriram o art.
202, § 3º, da
Constituição Federal
e o art. 6º, §§ 1º e
3º, da Lei
Complementar
108/2001. Essa é a
tese que passou a
ser encampada pelas
empresas do Sistema
BNDES e que,
portanto, se
pretende vencedora
na presente contenda
judicial". (Nova
posição do Banco na
condução do debate
legal sobre aportes
do BNDES na FAPES).