Editorial

Edição nº1347 – quinta-feira, 30 de maio de 2019

Agenda de mobilização

A palavra "política" precisa ser resgatada. Desnecessário desenvolver qualquer comentário sobre o quanto seu significado negativo ganhou espaço em função de todos os escândalos recentes no Brasil. Mas outros fatores contribuem para que uma acepção ruim do termo se difunda.

Por exemplo, numa Casa que sempre se orgulhou de salientar a qualidade "técnica" de seus quadros, o termo "política" tendeu a ser usado como antônimo de "técnico". O termo bom está associado a trabalho e decisões sérias, que exigem qualificação para serem executados, e que têm boas justificativas. Decisões "políticas" são decisões arbitrárias, que servem a propósitos não muito claros etc.

Em seu livro os "Maus Samaritanos", HaJoon Chang critica a "despolitização" das decisões públicas como parte do projeto neoliberal. Seria uma nova estratégia para lidar com as contradições entre liberalismo e democracia, que sempre afligiram a ideologia liberal.

Política precisa ser resgatada porque é a forma principal que grupos que pretendem ser ouvidos possuem para alcançar seus objetivos. Trata-se de algo nobre. Fazer política é impossível sem fortes doses de altruísmo e idealismo. Nós, os funcionários do BNDES, temos usado dessa ferramenta, a política, para nos defender, para defender nossa instituição.

Agir politicamente, tomar posições em assuntos controversos, não deve ser confundido com ações partidárias.

Defender o Fundo Amazônia em ato no próximo 4 de junho, no térreo do Edserj, é político, não é partidário. Se solidarizar com estudantes e professores, no ato desta quinta-feira (30), é político, não é partidário. Ser contra a política econômica do atual governo e os ataques aos órgãos do Estado brasileiro é político, não é partidário.

Defendemos uma AFBNDES política, nunca partidária. Ela é o órgão por meio do qual, organizadamente, democraticamente, os empregados do BNDES interagem para tomar suas posições em relação ao ambiente que os cerca.

A AFBNDES é também uma organização fundamentalmente pluralista, consciente da diversidade de visões e posições políticas dos seus membros. E é por isso que nossos espaços de comunicação estão abertos a todas as opiniões dos funcionários do BNDES.

Sua diretoria não se manifesta, acreditando que fala por todos, mas por uma grande parte ou maioria. E quem quiser pode e deve discordar.

Dito isto, convocamos todos os colegas a participar do ato desta quinta-feira em defesa da educação etc. e do Ato em Defesa do Fundo Amazônia na próxima terça-feira, 4 de junho.

 

Acontece

Carta da equipe do Fundo Amazônia

Acontece

Ato em Defesa do Fundo Amazônia

Acontece

Em Defesa do BNDES e do seu corpo funcional

Acontece

Eleitos os novos conselheiros da AFBNDES

Acontece

Sobrevivendo ao arbítrio e às perseguições

Opinião

Em busca do equilíbrio

Opinião

Charge de Nelson Tucci

 

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EDIÇÕES ANTERIORES

(a partir de 2002)

MOVIMENTO

Acordo de Jornada de Trabalho em pauta

A Área de Recursos Humanos deve apresentar nesta sexta-feira (31), em reunião com as Associações de Funcionários e o Sindicato dos Bancários do Rio, a proposta do Banco para o Acordo de Jornada de Trabalho (AJT) dos empregados do Sistema BNDES, que terá validade até julho de 2021.

A crise da macroeconomia

Vídeos da palestra do professor Daniel Negreiros Conceição (UFRJ) sobre "A crise da macroeconomia" estão disponíveis no canal da AFBNDES no YouTube.

Correção

No ato de desagravo do dia 20 de maio, falando sobre o afastamento da chefe do departamento de Meio Ambiente do Banco, em função de críticas à gestão do Fundo Amazônia, o vice-presidente da AFBNDES, William Saab, afirmou que também estava sendo destituído o exercício legítimo de autoridade dos superintendentes da Casa, acrescentando ser isto "inadmissível". Contudo, na matéria publicada no VÍNCULO, a palavra foi trocada por "admissível". Está feita a correção.