A palavra "política"
precisa ser
resgatada.
Desnecessário
desenvolver qualquer
comentário sobre o
quanto seu
significado negativo
ganhou espaço em
função de todos os
escândalos recentes
no Brasil. Mas
outros fatores
contribuem para que
uma acepção ruim do
termo se difunda.
Por exemplo, numa
Casa que sempre se
orgulhou de
salientar a
qualidade "técnica"
de seus quadros, o
termo "política"
tendeu a ser usado
como antônimo de
"técnico". O termo
bom está associado a
trabalho e decisões
sérias, que exigem
qualificação para
serem executados, e
que têm boas
justificativas.
Decisões "políticas"
são decisões
arbitrárias, que
servem a propósitos
não muito claros
etc.
Em seu livro os
"Maus Samaritanos",
HaJoon Chang critica
a "despolitização"
das decisões
públicas como parte
do projeto
neoliberal. Seria
uma nova estratégia
para lidar com as
contradições entre
liberalismo e
democracia, que
sempre afligiram a
ideologia liberal.
Política precisa ser
resgatada porque é a
forma principal que
grupos que pretendem
ser ouvidos possuem
para alcançar seus
objetivos. Trata-se
de algo nobre. Fazer
política é
impossível sem
fortes doses de
altruísmo e
idealismo. Nós, os
funcionários do
BNDES, temos usado
dessa ferramenta, a
política, para nos
defender, para
defender nossa
instituição.
Agir politicamente,
tomar posições em
assuntos
controversos, não
deve ser confundido
com ações
partidárias.
Defender o Fundo
Amazônia em ato
no próximo 4 de
junho, no térreo do
Edserj, é político,
não é partidário. Se
solidarizar com
estudantes e
professores, no ato
desta quinta-feira
(30), é político,
não é partidário.
Ser contra a
política econômica
do atual governo e
os ataques aos
órgãos do Estado
brasileiro é
político, não é
partidário.
Defendemos uma
AFBNDES política,
nunca partidária.
Ela é o órgão por
meio do qual,
organizadamente,
democraticamente, os
empregados do BNDES
interagem para tomar
suas posições em
relação ao ambiente
que os cerca.
A AFBNDES é também
uma organização
fundamentalmente
pluralista,
consciente da
diversidade de
visões e posições
políticas dos seus
membros. E é por
isso que nossos
espaços de
comunicação estão
abertos a todas as
opiniões dos
funcionários do
BNDES.
Sua diretoria não se
manifesta,
acreditando que fala
por todos, mas por
uma grande parte ou
maioria. E quem
quiser pode e deve
discordar.
Dito isto,
convocamos todos os
colegas a participar
do ato desta
quinta-feira em
defesa da educação
etc. e do Ato em
Defesa do Fundo
Amazônia na
próxima terça-feira,
4 de junho.