CORECON
Para onde vai o Brasil?

Sem entrar na avaliação dos projetos econômicos de cada candidato à Presidência da República, a edição de setembro do Jornal dos Economistas reúne economistas capacitados para discutir os prós e contras do aprofundamento ou da ruptura (total ou parcial) da atual política econômica ortodoxa.

Na abertura do bloco temático, José Rubens Garlipp, da UFU, aponta o caminho do crescimento econômico combinado com transformação social. Ele critica as atuais políticas de austeridade, que classifica como um equívoco e afronta ao caminho pactuado na Constituição de 1988.

Victor Leonardo de Araújo, da UFF, defende que o próximo governo ajuste o orçamento do setor público de acordo com as necessidades da sociedade, ampliando as receitas. Ele advoga a revogação do Teto de Gastos.

Antonio Corrêa de Lacerda, da PUCSP, constata que a aposta na austeridade para resgatar a confiança e estimular os investimentos e produção não deu resultado. Ele propõe que o novo governo faça a reforma tributária, desindexe a economia, reduza a Selic e retome os financiamentos do BNDES e outros bancos públicos para investimentos.

Frederico Rocha, do IE/UFRJ, afirma que o próximo governo terá que realizar um ajuste orçamentário que, na soma entre aumento de receita e redução de gastos, se aproxime de 2 a 5 pontos percentuais do PIB. A tributação de lucros e dividendos e sobre herança e doações e o retorno da CPMF teriam um menor impacto social sobre o crescimento, mas estas medidas são de difícil aprovação em um Congresso em que as elites se encontram sobrerrepresentadas.

Renato Baumann, da UnB, avalia que o próximo governo precisará lidar com um quadro econômico adverso. Ele lista os grandes problemas e enfatiza que o país não pode perder oportunidades por falta de iniciativas, opções equivocadas ou diagnósticos baseados em implicações políticas.

Ainda no bloco temático, o artigo do Fórum Popular do Orçamento, com o objetivo de auxiliar o voto do eleitor fluminense, pontua as principais causas da crise do Estado do Rio, que precisará ser enfrentada pelo próximo governo. Confira a edição de setembro do JE em http://www.corecon-rj.org.br.

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AGENDA

Simpósio sobre Fundos de Previdência Complementar

O presidente da UnidasPrev e vice-presidente da APA, Luiz Borges, está participando do II Simpósio sobre Fundos de Previdência Complementar, promovido pela Associação de Aposentados, Funcionários e Pensionistas do Banco do Brasil (AAPBB) com o objetivo de debater a grave situação vivenciada pelos fundos de pensão, bem como os desafios enfrentados pelos planos de saúde de autogestão.

Na semana passada, Borges esteve com o presidente da AFBNDES, Thiago Mitidieri, em Brasília, participando de Audiência Pública, na Câmara dos Deputados, sobre os impactos das Resoluções da CGPAR nos planos de saúde das estatais federais.