A Contraf-CUT, com a
mediação do
Ministério Público
do Trabalho (MPT),
deu continuidade
esta semana às
negociações com a
direção do Banco do
Brasil sobre a
reestruturação
que prevê a
demissão de 5 mil
funcionários e o
fechamento de 112
agências, 242 postos
de atendimento e
sete escritórios da
instituição.
A Contraf pediu a
suspensão do
descomissionamento
de caixas enquanto
perdurassem as
negociações.
Num primeiro
momento, a direção
do BB propôs a
prorrogação de 30
dias no processo de
retirada da
gratificação dos
caixas, mas
condicionou a
proposta à
assinatura de dois
acordos que estão
sendo negociados com
a Contraf e à
retirada de ações
judiciais contra a
empresa.
Diante da reação dos
bancários, a direção
do BB insistiu nas
condições impostas e
acabou por retirar a
proposta que havia
feito de prorrogação
de 30 dias no
processo de
descomissionamento
dos caixas.
“Buscamos a mediação
do Ministério
Público do Trabalho
em virtude da não
resposta do banco ao
nosso ofício que
solicitava as
negociações, mas,
mesmo com a medição,
as negociações foram
infrutíferas”,
explicou o
secretário-geral da
Contraf-CUT, Gustavo
Tabatinga, ao
lembrar que, desde
de 3 de fevereiro,
estão ocorrendo
reuniões com a
intermediação do MPT.
A Contraf-CUT
orientou os
sindicatos a
intensifiquem a
mobilização, uma vez
que o banco pretende
dar início ao seu
plano de
reestruturação,
retirando todas as
funções de caixa.
Ele lembrou, ainda,
que os funcionários
do BB aprovaram na
sexta-feira (5) o
estado de greve, em
assembleias
realizadas por
sindicatos de todo o
país. “Temos que
arrancar a
negociação, os
caixas não podem
ficar sem sua
gratificação,
principalmente nesse
período de
pandemia”, completou
Tabatinga.
“É um absurdo que em
plena pandemia um
banco público, que
apresenta lucro e
fornece recursos
para o Tesouro
queira reduzir 5 mil
postos de trabalho e
os salários de quem
vai continuar
trabalhando. Além
disso, queira fechar
unidades de
atendimento,
prejudicando
duplamente a
população, que terá
menos funcionários
para atende-la e
menos unidades que
lhes prestem
serviço”, ressaltou
a presidente da
Contraf, Juvandia
Moreira.
Trabalhadores da
Caixa denunciam
reestruturação sem
planejamento
A Contraf-CUT, junto
com a Federação
Nacional das
Associações do
Pessoal da CEF (Fenae),
também está em
contato com o
Ministério Público
do Trabalho para
denunciar a
reestruturação
imposta pela atual
gestão da Caixa
Econômica Federal.
Audiência com o MPT
ocorreu no dia 8 de
fevereiro.
No encontro com o
procurador do
trabalho, os
representantes dos
empregados
informaram sobre as
mudanças
injustificadas que
vêm sendo impostas
sem qualquer
planejamento. A
coordenadora da
Comissão Executiva
dos Empregados
(CEE/Caixa),
Fabiana Uehara
Proscholdt,
explicou que
perseguições estavam
sendo feitas no país
todo. “São medidas
discriminatórias que
vêm sendo tomadas na
realocação dos
trabalhadores
incorporados,
aposentados ou
próximos à
aposentadoria”,
destacou.
Os empregados pedem
diálogo e
transparência nas
ações. “A Caixa
precisa respeitar os
empregados e
informar as mudanças
para todos que serão
atingidos. Além
disso, nós temos um
Acordo Coletivo que
prevê a negociação
com os trabalhadores
antes de mudanças
como essas. E não
fomos informados”,
destacou Fabiana.
Segundo o
vice-presidente da
Fenae, Marcos
Saraiva, a Federação
e a Contraf têm
cobrado um
posicionamento da
Caixa quanto à
transferência
arbitrária dos
empregados. “Essa
audiência foi
importante para
informarmos ao
Ministério Público
do Trabalho sobre as
transferências
arbitrárias que a
Caixa tem feito. Não
houve um aviso
formal do banco
comunicando sobre a
medida e não houve
tempo razoável para
que os empregados
pudessem entender o
que estava
acontecendo. A
medida gerou pânico
e insegurança entre
os trabalhadores.
Por isso, nós
estamos cobrando
esse posicionamento
da Caixa”, afirmou o
vice-presidente da
Fenae.
Em sua defesa, a
Caixa informou que
não estava havendo
reestruturação e
destacou que houve
uma medida para
reforçar algumas
áreas em decorrência
da pandemia de
Covid-19. O
procurador do
trabalho deu prazo
de 30 dias par que a
Caixa apresente as
informações
solicitadas para
então definir os
desdobramentos.
Fonte:
Contraf-CUT
e
Fenae. |