Movimento

Edição nº1429 – sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

MPT participa de negociação da Contraf com direções do BB e da Caixa em relação a propostas de reestruturação 

Funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica apostam em mediação do Ministério Público do Trabalho para negociar mudanças em processos de reestruturação nas duas instituições

A Contraf-CUT, com a mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), deu continuidade esta semana às negociações com a direção do Banco do Brasil sobre a reestruturação que prevê a demissão de 5 mil funcionários e o fechamento de 112 agências, 242 postos de atendimento e sete escritórios da instituição. A Contraf pediu a suspensão do descomissionamento de caixas enquanto perdurassem as negociações.

Num primeiro momento, a direção do BB propôs a prorrogação de 30 dias no processo de retirada da gratificação dos caixas, mas condicionou a proposta à assinatura de dois acordos que estão sendo negociados com a Contraf e à retirada de ações judiciais contra a empresa.

Diante da reação dos bancários, a direção do BB insistiu nas condições impostas e acabou por retirar a proposta que havia feito de prorrogação de 30 dias no processo de descomissionamento dos caixas.

“Buscamos a mediação do Ministério Público do Trabalho em virtude da não resposta do banco ao nosso ofício que solicitava as negociações, mas, mesmo com a medição, as negociações foram infrutíferas”, explicou o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga, ao lembrar que, desde de 3 de fevereiro, estão ocorrendo reuniões com a intermediação do MPT.

A Contraf-CUT orientou os sindicatos a intensifiquem a mobilização, uma vez que o banco pretende dar início ao seu plano de reestruturação, retirando todas as funções de caixa. Ele lembrou, ainda, que os funcionários do BB aprovaram na sexta-feira (5) o estado de greve, em assembleias realizadas por sindicatos de todo o país. “Temos que arrancar a negociação, os caixas não podem ficar sem sua gratificação, principalmente nesse período de pandemia”, completou Tabatinga.

“É um absurdo que em plena pandemia um banco público, que apresenta lucro e fornece recursos para o Tesouro queira reduzir 5 mil postos de trabalho e os salários de quem vai continuar trabalhando. Além disso, queira fechar unidades de atendimento, prejudicando duplamente a população, que terá menos funcionários para atende-la e menos unidades que lhes prestem serviço”, ressaltou a presidente da Contraf, Juvandia Moreira.

Trabalhadores da Caixa denunciam reestruturação sem planejamento

A Contraf-CUT, junto com a Federação Nacional das Associações do Pessoal da CEF (Fenae), também está em contato com o Ministério Público do Trabalho para denunciar a reestruturação imposta pela atual gestão da Caixa Econômica Federal. Audiência com o MPT ocorreu no dia 8 de fevereiro.

No encontro com o procurador do trabalho, os representantes dos empregados informaram sobre as mudanças injustificadas que vêm sendo impostas sem qualquer planejamento. A coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt, explicou que perseguições estavam sendo feitas no país todo. “São medidas discriminatórias que vêm sendo tomadas na realocação dos trabalhadores incorporados, aposentados ou próximos à aposentadoria”, destacou.

Os empregados pedem diálogo e transparência nas ações. “A Caixa precisa respeitar os empregados e informar as mudanças para todos que serão atingidos. Além disso, nós temos um Acordo Coletivo que prevê a negociação com os trabalhadores antes de mudanças como essas. E não fomos informados”, destacou Fabiana. 

Segundo o vice-presidente da Fenae, Marcos Saraiva, a Federação e a Contraf têm cobrado um posicionamento da Caixa quanto à transferência arbitrária dos empregados. “Essa audiência foi importante para informarmos ao Ministério Público do Trabalho sobre as transferências arbitrárias que a Caixa tem feito. Não houve um aviso formal do banco comunicando sobre a medida e não houve tempo razoável para que os empregados pudessem entender o que estava acontecendo. A medida gerou pânico e insegurança entre os trabalhadores. Por isso, nós estamos cobrando esse posicionamento da Caixa”, afirmou o vice-presidente da Fenae.

Em sua defesa, a Caixa informou que não estava havendo reestruturação e destacou que houve uma medida para reforçar algumas áreas em decorrência da pandemia de Covid-19. O procurador do trabalho deu prazo de 30 dias par que a Caixa apresente as informações solicitadas para então definir os desdobramentos.

Fonte: Contraf-CUT e Fenae.

 

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