A Associação dos
Funcionários do
Banco do Nordeste do
Brasil (AFBNB)
critica o uso da
instituição “no
mercado rasteiro da
velhíssima política
do ‘toma lá, dá
cá’”. Nos últimos
dias, o Banco teve
espaço negativo no
noticiário devido à
demissão do seu novo
presidente,
Alexandre Amaral,
depois de um dia
empossado.
Cabral tomou posse
na terça-feira (2)
e, um dia depois,
foi exonerado após
vir à tona um
processo do Tribunal
de Contas da União
(TCU) que o
investiga por
supostas
irregularidades em
sua gestão na Casa
da Moeda, em 2018. O
órgão apura
contratos suspeitos
que podem ter
causado um prejuízo
de R$ 2,2 bilhões.
A indicação de
Cabral à presidência
do BNB faz parte de
uma ampla negociação
entre o governo
federal e o chamado
Centrão, com cargos
no governo e
instituições
públicas sendo
concedidos às
legendas que compõem
o grupo parlamentar
em troca de apoio
político.
O BNB, os
trabalhadores e a
sociedade exigem
respeito!
A propósito do
episódio recente que
envolve a mudança na
gestão do Banco do
Nordeste do Brasil (BNB),
a
AFBNB
mais uma vez vem a
público para
manifestar
entendimento
contrário à forma de
tratamento
desrespeitosa que é
dada à Instituição,
aos seus
trabalhadores e à
sociedade,
sobrepondo-os ao
sabor das
conveniências
politiqueiras e de
interesses
mesquinhos de e por
quem tem o poder de
mando para tal – o
Governo Federal. Tal
situação soa
inoportuna e
desnecessária, pois
só traduz a miopia
quanto à natureza,
essência e objetivos
que permeiam o
existir do BNB. Além
disso, ocasiona
vulnerabilidade e
instabilidade, haja
vista estar em total
descompasso com o
momento por que
passa a Instituição,
sem quaisquer
desgastes ou
questionamentos
técnicos ou de
qualquer outra
natureza que
justifiquem o ato.
No contexto da grave
pandemia da Covid 19
que ceifa a vida de
milhares de
trabalhadores a cada
dia, que exige mais
do que nunca a ação
de políticas
públicas e sociais,
de forma lamentável
e sem a devida
responsabilidade, o
BNB é jogado a
incertezas com a
exposição e
repercussão negativa
na mídia, afetando
sobremaneira a sua
dinâmica
institucional.
Trata-se de prática
reprovável, que
deve ser
veementemente
combatida na
perspectiva de que
seja abolida de uma
vez por todas. Como
registra a história,
os resultados dessa
atávica cultura
politiqueira nem
sempre desembocam
em situação
confortável, por ser
dissonante e
inadequado para o
perfil do Banco
quanto ao seu papel
social e missão para
a qual foi criado.
(...)
Assim como tem
procedido, a AFBNB
seguirá firme na
defesa do BNB e dos
trabalhadores e na
luta por um Banco
cada vez mais forte
e cumpridor do seu
papel. Neste sentido
vai intensificar as
ações pelo seu
fortalecimento e
garantia de recursos
estáveis, além da
manutenção do atual
modelo de gestão do
FNE, de exclusiva
operacionalização
pelo BNB, na
compreensão de que o
Fundo constitui uma
imprescindível
ferramenta de
política regional de
desenvolvimento,
razão maior da
existência do
Banco.
O BNB, os
trabalhadores e a
sociedade merecem
respeito! A
Associação repudia
veementemente o uso
do BNB como moeda de
troca; como barganha
no mercado rasteiro
da velhíssima
política do “toma
lá, dá cá”, que não
serve às demandas de
quem realmente
precisa dos serviços
da Instituição, mas
sim de quem vê a
mesma como um mero
instrumento das suas
pretensões
imediatas.
Associação dos
Funcionários do BNB |