Banco se comprometeu
a apresentar hoje
(13), na rodada de
negociação marcada
para as 15h no
Edifício Ventura
Oeste, uma proposta
global para o Acordo
Coletivo de Trabalho
de 2018. Nas três
reuniões que
aconteceram até
agora, a Comissão
dos Empregados tem
insistido que não
abre mão das
cláusulas econômicas
aprovadas na Mesa
Fenaban, que
garantiram aos
funcionários de
outras instituições
financeiras
públicas, como Banco
do Brasil e Caixa
Econômica, um
reajuste salarial de
5%, com reposição da
inflação e aumento
real. Eles também
conquistaram um
Acordo com validade
de dois anos –
ficando asseguradas,
até 2020, a
manutenção dos
direitos e a
reposição total da
inflação (INPC),
mais 1% de aumento
real para salários e
demais verbas em 1º
de setembro de 2019.
Após o recuo da
Administração na sua
proposição de
alterar a cláusula
de "Proteção contra
despedida arbitrária
ou sem justa causa",
em vigor no BNDES
desde 1992 devido ao
trauma das demissões
do governo Collor,
os representantes do
corpo funcional
ressaltaram sua
posição contrária a
qualquer mudança nas
cláusulas do ACT de
2016.
A mobilização dos
empregados
relacionada à
proposta de mudança
na cláusula de
proteção contra a
despedida
arbitrária, que
agitou o Banco na
segunda e na
terça-feira, com
reuniões nos andares
e concentração no
térreo e no 22º
andar do Edserj, foi
saudada pelos
integrantes da
Comissão de
Negociação. "Quero
dar meus parabéns ao
corpo funcional
benedense pela
demonstração de
unidade e firmeza
nos últimos dois
dias. Sem a
mobilização dos
empregados não
teríamos feito o
Banco recuar na sua
proposta. Agora,
precisamos manter
esta mobilização até
o fechamento do
Acordo", disse o
presidente da
AFBNDES, Thiago
Mitidieri, em
concentração no
térreo do Edserj na
tarde de anteontem.
Para o
vice-presidente
Arthur Koblitz,
segunda e
terça-feira foram
dias de grande
aprendizado. "Eles
não estavam contando
com reação tão
imediata do corpo
funcional. Só
anunciaram que
gostariam de fazer a
inclusão de um
parágrafo na
cláusula. E a gente
conseguiu barrar uma
mudança que nem
chegou a ser
explicitada. Nós
agimos muito rápido.
A guerra não está
ganha, mas esta
vitória foi muito
bonita e importante.
E, é bom que fique
claro, a gente está
lutando por algo que
foi conquistado em
todos os outros
bancos públicos. Por
que aqui teria que
ser diferente?"