Em nova manifestação
contra as demissões
que estão ocorrendo
na FAPES, mais de
100 empregados e
participantes se
concentraram na
última terça-feira
(23), primeiro na
entrada do prédio
onde funciona a
Fundação, depois no
térreo do Edserj,
para protestar
contra o processo
que, segundo eles,
significa o desmonte
da entidade. Uma
carta foi
distribuída na
entrada do Banco,
denunciando a
situação de
apreensão com as
mudanças em curso na
FAPES.
Apoio –
Em nome da AFBNDES,
o presidente Thiago
Mitidieri e o
vice-presidente
Arthur Koblitz
estiveram presentes
na manifestação
ratificando o apoio
aos empregados da
FAPES. "Não
concordamos com a
forma como essas
mudanças vêm
ocorrendo e nem com
as demissões. Não
vemos critérios
claros nessas ações,
feitas sem
planejamento e
baseadas em decisões
pessoais", disse
Thiago. "Nossa linha
de atuação em
relação à FAPES é
pautada em dois
princípios: a
manutenção do plano
BD e a defesa da
Fundação enquanto
instituição que gere
a nossa previdência
e o nosso fundo de
pensão".
Segundo o
presidente, as
discussões na Mesa
FAPES têm avançado e
a Associação tem
pleiteado que o
ponto sobre os
custos
administrativos da
entidade seja
incorporado ao
debate: "O
diagnóstico que está
pautando todas essas
ações de
reestruturação,
inclusive as
demissões, se dá
seguindo a lógica de
que a FAPES está
inchada e seus
custos
administrativos
ultrapassam a
receita que a
Fundação obtém com a
taxa de
administração. E
pessoas da própria
Fundação já disseram
que isto não é
verdade".
"Nós defendemos que
a diretoria da FAPES
se concentre no
processo de
reestruturação do
PBB, porque é muito
complexo e por si só
já consome muita
energia. Ou seja,
ingredientes que
levam a esse
mal-estar na FAPES e
trazem insegurança
aos empregados não
facilitam o processo
e prejudicam os
serviços prestados
aos participantes.
Também defendemos
que as demissões
sejam suspensas
imediatamente até
que essas questões
sejam aprofundadas e
enquanto estiver em
curso o PDV".
Para Thiago, é
importante que os
funcionários do
Banco estejam
atentos a esse
movimento e tomem
ciência de tudo o
que está ocorrendo,
"já que o
diagnóstico que vem
sendo feito em
relação à FAPES cai
como uma luva no
BNDES".
Segundo o
vice-presidente
Athur Koblitz, estão
apostando na divisão
entre os
funcionários do
BNDES e os
funcionários FAPES.
"E eu não vejo no
Banco insatisfação
generalizada com os
serviços que são
prestados pela
Fundação. Então por
que os funcionários
do BNDES não se
sentem mais chocados
com essas mudanças
organizacionais?
Porque foi dito a
eles que a Fundação
é inviável, que os
números são
insustentáveis. E se
isso não é verdade,
é papel nosso
desconstruir esse
discurso".
Arthur saudou o
movimento e pediu
para os empregados
da FAPES não
desistirem de tentar
convencer os
funcionários do
Banco da justeza de
sua luta, "porque
eles foram entupidos
de informações
questionáveis sobre
o que é a Fundação.
E até hoje não houve
um debate amplo
sobre esses
números".
"E vamos supor que a
FAPES está inchada,
que é necessária uma
redução de quadros.
Vamos admitir por
hipótese que isto é
verdade. Será que é
assim que as pessoas
devem ser tratadas?
É nesse clima de
terror que querem
que as pessoas
trabalhem direito?
Os funcionários do
BNDES deveriam estar
preocupados com
isto".