A próxima quarta-feira
(18) será de luta contra a Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) nº 32,
da Reforma Administrativa, que ataca o
serviço público e os servidores do país. As
três esferas do funcionalismo público
(federal, estadual e municipal) preparam
paralisações.
Na
quarta-feira (11), as entidades que
representam os trabalhadores no serviço
público se reuniram com o relator da PEC 32,
deputado federal Artur Maia (DEM-BA), para
entregar um manifesto que aponta os aspectos
mais graves da proposta. Os sindicalistas
solicitaram um prazo maior para o debate
sobre a reforma, já que a proposta foi
apresentada sem o aprofundamento dos
impactos para os servidores e a sociedade.
O deputado se
manteve intransigente, em especial em pontos
como o fim da estabilidade e a avaliação de
desempenho. Mesmo com a tentativa de
negociação, Artur Maia informou que irá
encaminhar a PEC ao plenário para votação.
Bancários –
O Comando Nacional dos Bancários se reuniu
na quinta-feira (12) e aprovou a
participação da categoria no movimento.
“O serviço público
está mais uma vez ameaçado com a chamada
Reforma Administrativa que o governo
Bolsonaro e seus apoiadores querem aprovar
no Congresso. Essa reforma acaba com a
estabilidade no serviço público, e, por
isso, ameaça a qualidade do atendimento à
população. A estabilidade assegura a
continuidade dos serviços públicos e evita
mudanças estruturais a cada eleição. A
dedicação profissional é desestimulada com
Reforma Administrativa, que veda a promoção
e a progressão na carreira por tempo de
serviço. Essa reforma é uma ameaça ao
serviço público em um momento em que a
população mais precisa de cuidados diante
dessa pandemia”, afirma a presidente da
Contraf-CUT,
Juvandia Moreira.
A reforma extingue a
estabilidade de futuros servidores, amplia a
contratação de comissionados, reduz
concursos públicos e acaba com garantias
como adicionais por tempo de serviço e
promoções de carreira. Juvandia lembra que a
reforma prejudica os bancos públicos: “É
mais uma ameaça ao emprego na categoria, mas
também compromete o desenvolvimento
econômico do país. Os bancos públicos são
ferramentas de indução de políticas
econômicas que infelizmente o governo
Bolsonaro não utiliza. Pelo contrário, quer
igualar os bancos públicos aos privados e,
depois, privatizá-los. Precisamos
transformar o dia 18 em um dia nacional de
luta contra o que o governo Bolsonaro
representa, de miséria e mortes pelo país
afora”.
Fonte:
Contraf-CUT
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