Movimento

Edição nº1453 – sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Retorno presencial só após negociação entre o Comando dos Bancários e a Fenaban

O Sindicato dos Bancários do Rio informou, na última terça-feira (3), que o retorno dos bancários ao trabalho presencial somente irá ocorrer após serem estabelecidos critérios na negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A informação foi dada pelo secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Mauro Salles, durante palestra na abertura do Encontro Nacional dos Bancários do Bradesco.

Segundo o Seeb-Rio, a explicação foi necessária devido a denúncias de que gestores estão pressionando quem está em home office para o trabalho presencial nas agências. “Há um elemento novo que é a pressão de gestores pela volta dos vacinados. Mas pelo acordo com a Fenaban a volta só acontecerá após serem estabelecidos critérios, mesmo assim de acordo com o desenrolar da pandemia. Esta negociação somente ocorrerá com uma sensível redução dos casos de contaminações e mortes”, afirmou Salles. 

O dirigente da Contraf destacou que este momento ainda parece distante, entre outros motivos pela lentidão da vacinação. “Para considerarmos a doença sob controle, precisaríamos ter vacinados de 70% a 80% da população. Chegamos a apenas 19%, o que nos leva a uma preocupação muito grande”, disse. Ele citou a conquista da inclusão dos bancários entre as categorias prioritárias para a vacinação, o que, no entanto, não vem sendo respeitado por estados e prefeituras.

Salles avalia que com a pandemia em situação crítica é fundamental criar protocolos a serem seguidos por todos os bancos. Até agora, estas medidas preventivas foram definidas em negociação banco a banco. “Os bancos encaminharam uma série de procedimentos únicos que estão sendo analisados pelo Comando”. Ele ressaltou ser importante fixar regras para o tratamento de casos de sequelas, como problemas respiratórios, neurológicos, psicológicos e renais.

O dirigente lembrou que apesar da pandemia, a cobrança de metas continuou sendo feita a todo vapor, mesmo em home office e com a economia estagnada. “Isso tem causado um impacto muito forte na saúde do trabalhador. O nível de afastamento por doenças psíquicas já era muito acima das outras categorias, antes mesmo da pandemia. Agora piorou. Temos que retomar esse debate para acabar com o assédio moral com o propósito de atingimento de metas. A LER/Dort piorou também. O home office gerou muitas vezes o trabalho excessivo em condições longe das ideais. Esses debates terão de voltar à pauta dos bancários”, defendeu.

A presidente da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro, Adriana Nalesso, também considera precipitado e arriscado o retorno de toda a categoria ao trabalho presencial nesse momento: “A pandemia não acabou, temos média de cerca de 900 mortos a cada dia. Esse número é altíssimo e a chegada da variante delta faz acender novo sinal de alerta. Somente este ano morreram mais bancários do que em todo o ano de 2020. Mais de 550 bancários e bancárias perderam a vida para a Covid. Nossa reivindicação à Fenaban tem sido no sentido de observar as orientações da Fiocruz e evitar o retorno presencial que vai expor ainda mais os bancários e bancárias ao risco”.

Fonte: Seeb-Rio / Federa_rj

 

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