O Sindicato dos
Bancários do Rio
informou, na última
terça-feira (3), que
o retorno dos
bancários ao
trabalho presencial
somente irá ocorrer
após serem
estabelecidos
critérios na
negociação entre o
Comando Nacional dos
Bancários e a
Federação Nacional
dos Bancos (Fenaban).
A informação foi
dada pelo secretário
de Saúde do
Trabalhador da
Contraf-CUT, Mauro
Salles, durante
palestra na abertura
do Encontro Nacional
dos Bancários do
Bradesco.
Segundo o Seeb-Rio,
a explicação foi
necessária devido a
denúncias de que
gestores estão
pressionando quem
está em home office para
o trabalho
presencial nas
agências. “Há um
elemento novo que é
a pressão de
gestores pela volta
dos vacinados. Mas
pelo acordo com a
Fenaban a volta só
acontecerá após
serem estabelecidos
critérios, mesmo
assim de acordo com
o desenrolar da
pandemia. Esta
negociação somente
ocorrerá com uma
sensível redução dos
casos de
contaminações e
mortes”, afirmou
Salles.
O dirigente da
Contraf destacou que
este momento ainda
parece distante,
entre outros motivos
pela lentidão da
vacinação. “Para
considerarmos a
doença sob controle,
precisaríamos ter
vacinados de 70% a
80% da população.
Chegamos a apenas
19%, o que nos leva
a uma preocupação
muito grande”,
disse. Ele citou a
conquista da
inclusão dos
bancários entre as
categorias
prioritárias para a
vacinação, o que, no
entanto, não vem
sendo respeitado por
estados e
prefeituras.
Salles avalia que
com a pandemia em
situação crítica é
fundamental criar
protocolos a serem
seguidos por todos
os bancos. Até
agora, estas medidas
preventivas foram
definidas em
negociação banco a
banco. “Os bancos
encaminharam uma
série de
procedimentos únicos
que estão sendo
analisados pelo
Comando”. Ele
ressaltou ser
importante fixar
regras para o
tratamento de casos
de sequelas, como
problemas
respiratórios,
neurológicos,
psicológicos e
renais.
O dirigente lembrou
que apesar da
pandemia, a cobrança
de metas continuou
sendo feita a todo
vapor, mesmo em home
office e com a
economia estagnada.
“Isso tem causado um
impacto muito forte
na saúde do
trabalhador. O nível
de afastamento por
doenças psíquicas já
era muito acima das
outras categorias,
antes mesmo da
pandemia. Agora
piorou. Temos que
retomar esse debate
para acabar com o
assédio moral com o
propósito de
atingimento de
metas. A LER/Dort
piorou também. O
home office gerou
muitas vezes o
trabalho excessivo
em condições longe
das ideais. Esses
debates terão de
voltar à pauta dos
bancários”,
defendeu.
A presidente da
Federação dos
Bancários do Rio de
Janeiro, Adriana
Nalesso, também
considera
precipitado e
arriscado o retorno
de toda a categoria
ao trabalho
presencial nesse
momento: “A pandemia
não acabou, temos
média de cerca de
900 mortos a cada
dia. Esse número é
altíssimo e a
chegada da variante
delta faz acender
novo sinal de
alerta. Somente este
ano morreram mais
bancários do que em
todo o ano de 2020.
Mais de 550
bancários e
bancárias perderam a
vida para a Covid.
Nossa reivindicação
à Fenaban tem sido
no sentido de
observar as
orientações da
Fiocruz e evitar o
retorno presencial
que vai expor ainda
mais os bancários e
bancárias ao risco”.
Fonte:
Seeb-Rio /
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