Movimento

Edição nº1443 – sexta-feira, 28 de maio de 2021

Centrais sindicais entregam agenda de prioridades dos trabalhadores à Câmara dos Deputados

Reindustrialização do país, inovação, geração de emprego de qualidade e crescimento dos salários com proteção social estão na agenda dos trabalhadores

Foi entregue no dia 26 de maio, ao vice-presidente da Câmara Federal, deputado Marcelo Ramos (AM-PL), a “Agenda Legislativa das Centrais Sindicais”, com as prioridades para o ano de 2021 em defesa da vida, do emprego e da democracia. “Pela primeira vez, de forma unitária, as centrais sindicais têm uma proposta de resistência e atuação propositiva junto ao Congresso”, destacou o presidente da CUT, Sérgio Nobre. “É um grande sinal de que os trabalhadores estão se organizando em defesa da democracia”, afirmou Ricardo Patah, presidente da UGT. Para o presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), Antonio Neto, a agenda tem foco na defesa da vida, dos empregos e da democracia. “O primeiro grande embate é a defesa do auxílio emergencial de R$ 600. Não podemos aceitar que o presidente em uma canetada aumente o próprio salário em mais de R$ 10 mil e para o povo ofereça R$ 150”, disse.   

O documento, assinado pela CUT, CSB, NCST, Força Sindical, UGT, CTB, Pública Central do Servidor, CGTB, Intersindical e CSP Conlutas, integra os 23 projetos e medidas que tramitam no Congresso Nacional que têm relação com os 12 pontos defendidos pelas centrais sindicais.

1. Aprovar o Auxílio Emergencial com o valor de R$ 600,00 com as mesmas regras de acesso anteriores e duração garantida enquanto durarem os efeitos econômicos da pandemia – para proteger os trabalhadores não assalariados e sustentar o consumo das famílias.

2. Implementar medidas de proteção dos empregos e salários, para proteger os assalariados, evitar o desemprego e sustentar a demanda das famílias. 

3. Aprovar medidas de apoio econômico a micro, pequenas, médias e grandes empresas para enfrentarem as adversidades da crise econômica decorrentes da crise sanitária. 

4. Fortalecer as iniciativas de lockdown dos entes federados – Estados, Distrito Federal e Municípios –, contribuindo com os esforços de articulação e de coordenação, com o objetivo de inverter rapidamente a curva de contágios e de mortes.

5. Criar no âmbito do Congresso Nacional uma Comissão Nacional de Enfrentamento da Crise Sanitária e Econômica, com participação dos Poderes, dos entes federados e da sociedade civil organizada. 

6. Contribuir com as iniciativas dos entes subnacionais no investimento para a compra de vacinas.

7. Exigir que o Brasil, por seus representantes, posicione-se oficialmente perante a Organização Mundial do Comércio em favor da proposta encaminhada pela Índia e África do Sul para suspender as patentes de vacinas, medicamentos e insumos hospitalares para combater a Covid-19 enquanto durar a pandemia e que o Congresso Nacional assim se manifeste.

8. Exigir que se adotem as medidas jurídicas cabíveis, no âmbito e competência de cada um dos Poderes, para a suspensão de patente e licença compulsória das vacinas, medicamentos e insumos hospitalares para combater a Covid-19, tendo em vista o interesse público e a gravidade da crise sanitária decorrente do Coronavírus, adotando as ações necessárias para a imediata fabricação da vacina no Brasil.

9. Aportar os recursos necessários para o orçamento da saúde, permitindo o enfrentamento adequado da crise sanitária, assim como a célere liberação dos recursos para a sustentabilidade da rede hospitalar e preventiva de saúde no Brasil.

10.Criar um Comitê Científico de Crise para colaborar nas prospecções e na elaboração de medidas de combate à crise sanitária, com a participação da representação dos trabalhadores.

11.Investir na elaboração de um Projeto Nacional de Desenvolvimento que reoriente as estratégicas nacionais, regionais e setoriais de crescimento econômico com justiça social; a reindustrialização do país, a inovação, a geração de emprego de qualidade e o crescimento dos salários com proteção social e laboral. (Implementar o Grupo de Trabalho no Congresso Nacional sobre Reindustrialização e Emprego).

12. Adotar medidas para combater o racismo, o desmatamento, a ocupação de terras indígenas e o trabalho infantil. A igualdade salarial entre homens e mulheres, além de ampliar políticas de combate à violência de gênero, doméstica, familiar e a LGBTfobia também devem ser priorizadas no Parlamento.

 

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Doações para o Comitê da Cidadania  do BNDES podem ser descontadas em folha novamente

O Comitê da Cidadania, com a ajuda da APEC, conseguiu encontrar uma solução para o retorno das doações através do desconto em folha. “A ação é de extrema importância para manter as arrecadações no momento que estamos vivendo, com o aumento dos pedidos de ajuda e o agravamento da pandemia”, informam os coordenadores do Comitê.

O formulário on-line, que autoriza o desconto, está disponível na área “Programa Voluntariado”, no Colabore, e também no site da AFBNDES (no final da coluna da direita). O documento deve ser enviado por e-mail. O empregado pode suspender o desconto  a qualquer momento, enviando novamente o formulário ao RH com a  opção.

Os interessados em ajudar o Comitê da Cidadania, mas não desejam fazer o desconto automático, podem contribuir através de deposito em conta. Os dados são: Banco Itaú – Agência 1964 – Conta corrente: 11280-7. CNPJ: 00.552.476/0001-35. 

Para dúvidas e informações, os voluntários do Comitê estão disponíveis pelo e-mail.