Acontece

Edição nº1413 – sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Compromisso com a cidade e com o fim da desigualdade 

Júlio César da Costa é candidato a vereador pelo Rio

“Nossa candidatura representa a defesa de uma política pública que fortalece a luta pela sustentabilidade, sem perder de vista a real importância de fortificarmos novas trincheiras que reafirmem o papel dos benedenses como agentes do desenvolvimento comprometidos com a redução da desigualdade”.

 

Advogado, 48 anos, no BNDES desde 2001, Júlio César da Costa é candidato a vereador no Rio de Janeiro pela Rede Sustentabilidade, com o número 18500. Quando estava preparando o material para o VÍNCULO, ele avisou: “Já terminei, só estou revisando. Já vou antecipando que escrevi bastante, soltei o coração”. E soltou mesmo. Confira.  

Um resumo da minha história profissional no BNDES

“Sou Júlio César Gomes Ribeiro da Costa, tenho 48 anos, morador do Recreio, Zona Oeste do Rio, casado há 10 anos com Luciana, pai da Olívia e do Otto. Venho aqui contar um pouco da minha história no Banco e como surgiu o projeto político em minha vida. 

Quando entrei na PUC|Rio em 1990 para fazer o curso de Direito nem sonhava em um dia trabalhar no BNDES. Quando me formei, fui estudar na Escola da Magistratura de olho em outras carreiras jurídicas, quando surgiu a oportunidade do concurso. Fiz a prova, passei e entrei no Banco em janeiro de 2001. O choque foi imediato.  

Antes do Banco eu era Oficial de Justiça na Vara de Execuções Penais da Capital (RJ) numa difícil rotina de proximidade com o mundo do crime, sua violência e injustiças. Conheci de perto nosso vergonhoso sistema penitenciário, que nem de longe cumpre seu papel ressocializador.  

O BNDES me levou a uma mudança radical. Em vez de subir favela ou transferir condenado, lá estava eu, lotado no departamento que tratava de operações internacionais, em reuniões com executivos de grandes empresas. Impossível não sentir a diferença. Fiquei nesta unidade por pouco tempo até migrar para o Contencioso, departamento em que mais tempo trabalhei.  

Durante uns sete anos representei o BNDES em inúmeros processos judiciais Brasil afora, uma atuação que me agregou muito conhecimento sobre os contratos do Banco, bem como sobre a dinâmica do nosso sistema de Justiça. De lá saí para ocupar uma das Gerências do Departamento Jurídico da Presidência do BNDES que cuidava de publicidade e patrocínio. Ali mergulhei na comunicação estratégica do Banco, seus nichos, diretrizes, desafios e objetivos nos quase quatro anos de gerência.  

Depois dessas experiências, após concluir o MBE de Gestão Ambiental na UFRJ|COPPE, decidi mudar os rumos profissionais, deixei para trás a função executiva e novamente mergulhei no Banco, dessa vez na sua atuação como grande indutor da restauração florestal da nossa Mata Atlântica. Em vez de analisar juridicamente os projetos, assumi o desafio de atuar no operacional, analisando os aspectos ambientais da operação. Foram, sem dúvida, os meus melhores anos no BNDES em termos de aprendizados e sentimentos. Brincava dizendo que deixei de estudar as leis do homem para entender as leis da natureza como acontece o renascimento de uma floresta, sua importância no sistema ambiental em que vivemos e os desafios da sua conservação. Saí do Departamento Ambiental contrariado, pois o legado estava vivo e presente. Continuei na temática da restauração e depois migrei para as operações de estados e municípios, porém como analista jurídico.  

Em janeiro de 2021, completarei 20 anos dessa escola chamada BNDES. Muito mais que profissional, minha história com o Banco se confunde com a história da minha vida. Sou eternamente grato pelas oportunidades e tantos aprendizados. O Banco moldou minha identidade, existência, ajudou a expandir minha humanidade e me encorajou a assumir outros desafios, movido pelos valores da ética, do espírito público e do compromisso com o bem-estar da sociedade.  

Os trabalhos em prol da sociedade carioca

Em 2007 fundei a Onda Carioca, associação sem fins lucrativos cuja missão é promover o desenvolvimento sustentável da Cidade do Rio de Janeiro com ênfase na redução das desigualdades sociais. Na verdade, tudo começou em 2005 como um movimento social em defesa da luta dos trabalhadores das praias cariocas frente ao avanço do polêmico projeto de modernização dos quiosques.  

Por anos representei a defesa dentro e fora dos Tribunais de centenas de quiosqueiros, barraqueiros, ambulantes e massoterapeutas. Foram vários os projetos que forneciam gratuitamente a esses trabalhadores assessoramento jurídico e de marketing. Nosso trabalho de fomento ao associativismo rendeu frutos. Fundamos as cooperativas Nova Orla e Orla Legal. Em 2010, os conflitos na orla deram trégua e decidimos mudar o foco de atuação.  

Refletimos sobre a urgência de atuarmos nas favelas e periferias, territórios mais vulneráveis da cidade. Então iniciamos em abril de 2011, dentro da Associação de Moradores do Terreirão, favela do bairro do Recreio dos Bandeirantes, novo projeto voltado para o resíduo lona vinílica como material alternativo para gerar trabalho, renda e conhecimento. O projeto foca na gestão ambiental do resíduo, na formação profissional e na inovação de produtos sustentáveis.  

Nesses nove anos de projeto, já destinamos corretamente mais de 30 toneladas do resíduo, formamos 65 pessoas em moda, design e costura de lonas, prototipamos mais de 100 peças de lona e desenvolvemos mais de 50 mil produtos. Fomos a única ONG do Brasil convidada em 2017 pela União Europeia para participar, com outras sete ONGs do mundo, de um intercâmbio para difundir experiências inovadoras de upcycling para jovens de três continentes. 

Mas foi em 2013 que nossa relação com a favela do Terreirão ganhou profundidade a partir da criação da tecnologia social Praça do Futuro, que transforma praças em polos de educação, cultura, esporte, lazer e desenvolvimento sustentável. Adotamos a Praça Eurico Alencastro Massot, que se encontrava completamente abandonada, e implantamos um inédito sistema de gestão comunitária baseado na ocupação permanente do espaço público, na sua autonomia financeira e operacional e no fiel compromisso com o interesse da coletividade.  

O experimento transformou a praça e a vida da comunidade, com mais segurança, educação, cultura, emprego e lazer. Foram sete anos de projeto, mais de 15 mil pessoas impactadas todo mês. Mas nossa atuação foi além dos limites do Terreirão. Após fundar a Roda Cultural do Terreirão em 2015, um dos muitos projetos realizados no piloto Praça do Futuro, construímos a Liga das Rodas Culturais do Estado do Rio de Janeiro, maior rede de cultura de rua do Estado, reunindo mais de 100 coletivos da Cultura Hip Hop em 23 municípios levando arte, entretenimento e engajamento  social para milhares de jovens.  

Infelizmente fomos forçados a interromper a Praça do Futuro em abril deste ano e desmobilizar essa necessária trincheira cidadã por total omissão da Prefeitura do Rio. Aprendemos que as Praças do Futuro têm enorme poder de contribuir para o desenvolvimento sustentável da nossa cidade.  

A luta política é apenas mais um passo

A luta política é apenas um passo nessa direção. Organizamos essa jornada em duas frentes: criamos o movimento apartidário CONECTARIO, que propõe a defesa da Praça do Futuro como relevante política pública para sustentabilidade de territórios vulneráveis (www.conectario.org.br) e apresentamos nossa candidatura ao cargo de vereador na Cidade do Rio de Janeiro como base política para reforçar nossas lutas que tem como símbolo a Praça do Futuro e que traz na bagagem um conjunto de propostas que dialogam com temas importantes para a cidade, como turismo, juventude periférica, empregabilidade, cultura, segurança etc. Para conferir as propostas acesse julioconectario.org.br.

Aos colegas do BNDES, um recado: saibam que nossa candidatura representa a inequívoca defesa de uma política pública que fortalece a luta pela sustentabilidade da nossa cidade, sem perder de vista a real importância de fortificarmos novas trincheiras que reafirmem o papel dos benedenses em todos os espaços de nossa sociedade, como agentes do desenvolvimento comprometidos com a redução da desigualdade social no país.” 

Redes sociais: 

https://www.facebook.com/julioconectario/ 

https://twitter.com/julioconectario 

https://www.instagram.com/julioconectario/ 

Vakinha virtual: https://juliocesardacosta.financie.de/

 

Acontece

Com mais uma extensão do prazo autorizada pelo TST, negociação no BNDES continua até segunda-feira (26)

Acontece

Ação da incorporação: juiz nega embargos de declaração

Acontece

“Sou o Rio que amo”

Eduardo Bandeira de Mello é candidato a Prefeito do Rio

Acontece

Por um Rio inclusivo e sustentável

Lucimar Silva é candidata à Câmara de Vereadores pela Rede Sustentabilidade

Opinião

Charge de Nelson Tucci

Institucional

“Reforma Administrativa intensifica o desmonte do Estado brasileiro”

 

 
 
 
 

EDIÇÕES ANTERIORES

(a partir de 2002)

FILIAÇÃO

Apoie a campanha de filiação à AFBNDES 

Formulário eletrônico de filiação à AFBNDES – de rápido preenchimento e envio automático – está disponível on-line. A continuidade da operação pode ser apoiada pelo setor de atendimento da Associação, que durante a pandemia é acessado pelo e-mail atendimento

@afbndes.org.br ou pelo WhatsApp (21) 99214-4870. 

 

Caso você já seja filiado, compartilhe o link https://pt.surveymonkey

.com/r/formularioafbndes com o colega que ainda não é associado e ajude a fortalecer a nossa Associação.

Nesse momento em que a AFBNDES tem sido alvo de posicionamento arbitrário da administração do Banco, que teima em questionar a representatividade e a legitimidade da entidade na defesa dos direitos e interesses do corpo funcional benedense, é fundamental lutar pela nossa livre organização. 

Fortaleça a AFBNDES. Filie-se!