Depois da rejeição
da segunda proposta
do Banco para o
Acordo Coletivo de
Trabalho de 2020 no
dia 1º de setembro (com
85, 93% dos votos),
do protesto judicial
junto ao TST para
garantir a data-base
por 30 dias e da
disposição da
Comissão dos
Empregados de entrar
com pedido de
mediação junto ao
mesmo tribunal como
forma de assegurar o
processo de
negociação no BNDES,
o superintendente da
APEC procurou a
representação
funcional, em 11/9,
com a proposta de
fracionar a
apreciação do ACT:
as cláusulas
econômicas seriam
submetidas à
apreciação dos
funcionários e as
demais continuariam
a ser objeto de
negociação.
A Administração
também informou que
continuaria ao longo
do curso das
negociações não
implementando os
efeitos da perda de
eficácia das
cláusulas
não-econômicas do
ACT 2018-2020.
“Entendemos esses
gestos como os
primeiros de
inequívoca boa
vontade da parte da
administração
durante todo o
processo de
negociação do ACT de
2020. Saudamos essas
manifestações como
um indicador efetivo
de disposição
negocial, o que nos
faz acreditar que
poderemos chegar por
essa via a um
entendimento”,
adiantou a Comissão
dos Empregados no
momento em que
convocava a
assembleia para
avaliar a
proposição.
Após alguns
ajustes
solicitados pela
Comissão dos
Empregados,
a proposta do Banco
foi à votação em
15/9, com o seguinte
resultado: 1.853
benedenses
participaram da AGE,
com 1.755 votos a
favor (94,72%), 93
contrários (5,01%) e
cinco abstenções
(0,27%). Importante
destacar que a
representação
funcional orientou a
aprovação da
proposta.
“Essa aprovação é
uma sinalização, de
ambas as partes, de
que podemos chegar à
conclusão do acordo
em mesa de
negociações”,
avaliou o
vice-presidente da
Contraf-CUT,
Vinícius de
Assumpção. “As
demais cláusulas são
vitais para o
funcionalismo e para
o movimento sindical
e associativo. Por
isso, as negociações
sobre elas
continuam”,
complementou
Vinícius, ao se
referir às cláusulas
de estabilidade no
emprego, de
organização
sindical, do plano
de saúde e do plano
de previdência.
Ou seja: em
assembleias que
contaram com
grande participação
dos empregados, os
dirigentes das
Associações de
Funcionários foram
referendados na mesa
de negociação e duas
propostas do Banco
foram flagrantemente
rejeitadas. Quando
houve bom senso por
parte da
administração, o
corpo funcional
disse sim e aprovou
o acordo fracionado,
apostando, mais uma
vez, na verdadeira
negociação do ACT
2020.
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