Editorial

Edição nº1374 – sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Solidariedade

Está na hora dos empregados do Banco responderem às ações de intimidação da atual diretoria.

A sindicância sobre o suposto vazamento de informações que ocorreu em agosto deste ano foi pilotada e está sendo usada para criar um clima de medo junto aos empregados do Banco. Isso é inaceitável!

Vejam os fatos: 150 empregados levados a depor, difusão de calúnias e demissão sumária de um colega contra a recomendação da própria sindicância; parecer do Banco baseado insistentemente em fatos descartados pela sindicância, violação do Acordo Coletivo de Trabalho e defesa, na Justiça, de uma interpretação que fragiliza a condição de todos os empregados do BNDES.

Os problemas gerados com o suposto vazamento poderiam ser simplesmente sanados com uma nova política de procedimento de armazenamento de informações no X. Exigisse o procedimento padrão que informações não poderiam ser armazenadas sem o estabelecimento de senha, nenhum vazamento teria ocorrido, uma vez que não foi detectado da parte de empregados do Banco qualquer esforço para quebrar senhas ou qualquer comportamento de hackeamento. Não só o procedimento padrão era excessivamente frouxo, como há evidências de que havia dificuldades mesmo para quem tentava criar senha para armazenar arquivos no X!

Ao invés de orientação à TI para resolver esses problemas de segurança, aproveitando que o episódio em questão não causou nenhum dano ao Banco e não se constitui de fato um vazamento, a lógica que prevaleceu foi a punitiva. Mas na nossa interpretação não se trata apenas da revelação de uma opção ética ou moral das lideranças atuais do Banco, trata-se principalmente de expediente propositalmente criado para intimidar os empregados. Essa diretoria não defenderá o BNDES, não terá notícias boas reais para seus empregados e apelará crescentemente para o uso da força.

Se fossemos obrigados a encontrar responsáveis pelo ocorrido, teríamos que incluir a atual diretoria, que decidiu ao mesmo tempo tocar um plano de comunicação em regime de urgência e acabar com a recém-criada área de comunicação. Isso estabeleceu as condições para que o X fosse utilizado para distribuição do trabalho em andamento. Ao invés de auto-crítica de lideranças, temos a opção pelo pelo sacrifício de técnicos do Banco!

Como apontamos no último editorial, vazamentos, reais vazamentos, continuam ocorrendo sem termos vestígio de preocupação da atual administração. Mais uma confirmação de que o que se visa combater realmente não são os vazamentos.

Não bastassem os ataques irresponsáveis, sem trégua, de oportunistas de todo tipo na mídia (social e tradicional), a perseguição dos órgãos de controle e a ação de políticos demagogos, agora a própria administração do Banco se volta contra seus empregados. Ironicamente, isso acontece quando estamos assistindo ao esvaziamento das denúncias externas. Tivemos as decisões judiciais de não acatamento das denúncias do Ministério Público Federal (MPF) na operação Bullish e a tão esperada conclusão da consultoria americana contratada sobre as operações envolvendo a JBS – isentando empregados do Banco de qualquer envolvimento em esquemas de corrupção.

Não se iluda. Amanhã pode ser você. Temos que dar um basta a essa política de intimidação. Temos que defender as proteções do nosso contrato de trabalho. Não vai ser com subserviência ou com comportamento de avestruz que essa diretoria irá respeitar os empregados do BNDES.

Elogios genéricos de um lado, passos concretos de desmonte de outro. Elogios são bem-vindos, mas queremos respeito. Queremos nossos direitos, queremos a defesa de uma instituição fundamental para o país.

Vamos todos nos reunir no térreo do Edserj nesta sexta-feira (13), às 14h30, em solidariedade ao colega Gustavo Soares, em defesa do comportamento reto e comprometido dos benedenses.

 

Acontece

Demissão de Gustavo Soares repercute na mídia

Movimento

Bancários garantem direitos presentes na Convenção Coletiva

 

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AGENDA

Plenária sobre o PAS será na segunda-feira (16)

A AFBNDES formou uma comissão com o objetivo de conversar com a direção da FAPES sobre o Plano de Saúde do BNDES. O propósito desta comissão, formada por diretores e conselheiros da entidade, era relatar os problemas que têm afetado os usuários do plano à direção da Fundação, ouvir suas explicações e convocar uma plenária aberta a todos os beneficiários do PAS para debater o tema e buscar o aperfeiçoamento da nossa assistência à saúde. Esta plenária está marcada para a próxima segunda-feira (16), às 14h30, no Auditório Reginaldo Treiger (Centro de Estudos/S1 do Edserj).

Segundo a direção da FAPES, em seu site, entre os tópicos a serem apresentados na plenária, estarão “as ações que estão sendo tomadas para alcançarmos o maior propósito de todos que é a manutenção do plano de autogestão, como a recente implantação da Estratégia de Saúde da Família, a permanente qualificação da rede credenciada, o novo sistema de autorizações Conecta Benner e a gestão ativa do PAS com maior aproximação e integração com os beneficiários e prestadores de serviço”.

É importante estar presente.