Está na hora dos
empregados do Banco
responderem às ações
de intimidação da
atual diretoria.
A sindicância sobre
o suposto vazamento
de informações que
ocorreu em agosto
deste ano foi
pilotada e está
sendo usada para
criar um clima de
medo junto aos
empregados do Banco.
Isso é inaceitável!
Vejam os fatos: 150
empregados levados a
depor, difusão de
calúnias e demissão
sumária de um colega
contra a
recomendação da
própria sindicância;
parecer do Banco
baseado
insistentemente em
fatos descartados
pela sindicância,
violação do Acordo
Coletivo de Trabalho
e defesa, na
Justiça, de uma
interpretação que
fragiliza a condição
de todos os
empregados do BNDES.
Os problemas gerados
com o suposto
vazamento poderiam
ser simplesmente
sanados com uma nova
política de
procedimento de
armazenamento de
informações no X.
Exigisse o
procedimento padrão
que informações não
poderiam ser
armazenadas sem o
estabelecimento de
senha, nenhum
vazamento teria
ocorrido, uma vez
que não foi
detectado da parte
de empregados do
Banco qualquer
esforço para quebrar
senhas ou qualquer
comportamento de
hackeamento. Não só
o procedimento
padrão era
excessivamente
frouxo, como há
evidências de que
havia dificuldades
mesmo para quem
tentava criar senha
para armazenar
arquivos no X!
Ao invés de
orientação à TI para
resolver esses
problemas de
segurança,
aproveitando que o
episódio em questão
não causou nenhum
dano ao Banco e não
se constitui de fato
um vazamento, a
lógica que
prevaleceu foi a
punitiva. Mas na
nossa interpretação
não se trata apenas
da revelação de uma
opção ética ou moral
das lideranças
atuais do Banco,
trata-se
principalmente de
expediente
propositalmente
criado para
intimidar os
empregados. Essa
diretoria não
defenderá o BNDES,
não terá notícias
boas reais para seus
empregados e apelará
crescentemente para
o uso da força.
Se fossemos
obrigados a
encontrar
responsáveis pelo
ocorrido, teríamos
que incluir a atual
diretoria, que
decidiu ao mesmo
tempo tocar um plano
de comunicação em
regime de urgência e
acabar com a
recém-criada área de
comunicação. Isso
estabeleceu as
condições para que o
X fosse utilizado
para distribuição do
trabalho em
andamento. Ao invés
de auto-crítica de
lideranças, temos a
opção pelo pelo
sacrifício de
técnicos do Banco!
Como apontamos no
último editorial,
vazamentos, reais
vazamentos,
continuam ocorrendo
sem termos vestígio
de preocupação da
atual administração.
Mais uma confirmação
de que o que se visa
combater realmente
não são os
vazamentos.
Não bastassem os
ataques
irresponsáveis, sem
trégua, de
oportunistas de todo
tipo na mídia
(social e
tradicional), a
perseguição dos
órgãos de controle e
a ação de políticos
demagogos, agora a
própria
administração do
Banco se volta
contra seus
empregados.
Ironicamente, isso
acontece quando
estamos assistindo
ao esvaziamento das
denúncias externas.
Tivemos as decisões
judiciais de não
acatamento das
denúncias do
Ministério Público
Federal (MPF) na
operação Bullish e a
tão esperada
conclusão da
consultoria
americana
contratada sobre as
operações envolvendo
a JBS – isentando
empregados do Banco
de qualquer
envolvimento em
esquemas de
corrupção.
Não se iluda. Amanhã
pode ser você. Temos
que dar um basta a
essa política de
intimidação. Temos
que defender as
proteções do nosso
contrato de
trabalho. Não vai
ser com
subserviência ou com
comportamento de
avestruz que essa
diretoria irá
respeitar os
empregados do BNDES.
Elogios genéricos de
um lado, passos
concretos de
desmonte de outro.
Elogios são
bem-vindos, mas
queremos respeito.
Queremos nossos
direitos, queremos a
defesa de uma
instituição
fundamental para o
país.
Vamos todos nos
reunir no térreo do
Edserj nesta
sexta-feira (13), às
14h30, em
solidariedade ao
colega Gustavo
Soares, em defesa do
comportamento reto e
comprometido dos
benedenses.