Com
relação à taxa de câmbio e à chamada
“desindustrialização”, quais proposições
abaixo mais se aproximam da sua forma de
pensar?
a)
Entre 2004 e
2008 a
valorização do câmbio nominal e real
destruiu a capacidade competitiva dos
setores mais promissores da indústria
brasileira e causou efetivamente um
perigoso processo de desindustrialização.
Mas por sorte a crise surgiu para
interromper esse processo. Na América
Latina, atualmente, o modelo cambial mais
inteligente é o da Argentina, que só é
flutuante na aparência, pois só acomoda
os choques negativos e é resistente à
valorização nos momentos de choques
positivos. A solução brasileira deveria
ter a Argentina e a China como exemplos,
com a preferência do câmbio fixo ou
administrado, com o objetivo de mantê-lo
sempre desvalorizado. O Banco Central está
completamente equivocado ao permitir que o
dólar baixe para menos de 2,40 reais,
como ocorreu nos últimos meses, não
importando o volume de acumulação de
reservas que essa decisão acabe
ocasionando. O custo de carregamento de
reservas é irrelevante perto das
vantagens do câmbio desvalorizado.
b)
Reconheço os problemas decorrentes da
valorização do câmbio brasileiro. Porém,
o câmbio flutuante com correções
eventuais do Banco Central é a melhor
solução para absorção de choques
externos. A excessiva acumulação de
reservas tem custo fiscal e, portanto, ela
não deve ir além de um nível razoável.
Uma possível desindustrialização, se
existe, não decorre apenas do câmbio e não
pode ser solucionada apenas através da
intervenção cambial.
c) Uma combinação equilibrada de pontos fundamentais de ambas visões.
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