Na semana passada, o
IBGE divulgou dados
sobre o
envelhecimento da
população brasileira
e reacendeu o debate
sobre as
providências
necessárias para
minimizar os
impactos que isso
trará para a
previdência e para a
saúde. Nós, que
trabalhamos na
gestão destes
serviços, temos a
obrigação de
garantir que no
futuro será
assegurada a
assistência
necessária para
manter a qualidade
de vida.
Este tem sido um
tema central de
discussões na Mesa
PAS, frente ao
cenário de aumento
das despesas com
saúde e alterações
estabelecidas pelas
Resoluções CGPAR nºs
22 e 23. Entre as
mudanças das
resoluções
destacam-se a
paridade
contributiva para
planos de saúde de
empresas estatais, o
teto orçamentário de
8% da folha de
pagamento do
patrocinador e a
proibição de que a
empresa estatal
continue a ser a
mantenedora do plano
de saúde.
Desde a sua criação,
o nosso PAS sempre
foi modelo de
excelência na
autogestão. Somos o
pla-no com a 4ª
melhor posição no
ranking da ANS,
nosso ambulatório
médico tem um grau
de satisfação junto
aos seus usuários de
95% e nossa área de
atendimento é
igualmente
referência de
qualidade junto aos
participantes.
No entanto, o
desafio agora é
ainda maior. Temos
que manter a mesma
qualidade com
menores custos. O
limite de gastos da
folha com saúde e a
demanda da sociedade
por menores custos
nas empresas
estatais colocam
este desafio ao
BNDES e a nós,
gestores da FAPES.
Em 2017 fechamos o
ano com um
comprometimento da
folha de pagamento
do Banco em saúde de
7,93%. Para
mantermos a
autogestão um dos
requisitos da
resolução CGPAR é
não ultrapassar 8%.
Quando se administra
uma instituição com
histórico tão
positivo quanto a
FAPES, fazer
mudanças não é uma
tarefa fácil.
Afinal, por que
mexer em time que
está ganhando? Mas é
importante deixar
claro que em nenhum
momento estamos
questionando a
qualidade dos
serviços, tampouco
estamos pensando em
aceitar que a
excelência deixe de
ser nossa base. Por
outro lado, não
temos como ficar
indiferentes ao
orçamento que temos
disponível para a
nossa gestão.
Os limites são
claros e a possível
participação dos
segurados com
contribuições para o
plano de saúde é um
fato que nos obriga
a ser cada vez mais
eficientes e nos
leva a uma busca
constante por
menores custos.
Queremos e podemos
continuar a ser o
melhor plano de
saúde para os nossos
participantes, mas
temos que nos
adequar a nova
estrutura de gastos.
O BNDES nos demanda
mudanças e em breve
também o farão os
próprios
participantes, que
de acordo com a
resolução CGPAR
passarão a arcar com
parte dos custos.
Nossa meta é
continuar com a
autogestão e para
isto iniciamos o
dever de casa.
Estamos investindo
em mais tecnologia,
aprimorando os
processos e
aumentando a
produtividade. Tudo
com a premissa de
manter a qualidade
dos serviços.
Investimos
fortemente na
informatização para
agilizar processos
na área de saúde.
Além de melhorar o
serviço para os
participantes, a
automatização tem
aumentado a
velocidade e
segurança da
validação de
documentos,
autorizações e
outros procedimentos
manuais. Prova disso
é que em apenas dois
meses, desde o
lançamento do Portal
de Serviços, 32% das
solicitações de
reembolso de
consultas na FAPES
já são feitas
online.
Sabemos que há um
público que prefere
o atendimento in
loco. Para essas
pessoas, manteremos
nosso atendimento
presencial de
excelência, o qual
esperamos aprimorar
ainda mais no
futuro.
Nos últimos cinco
anos as despesas
administrativas do
nosso plano
cresceram 78,9% (a
inflação no mesmo
período, medida pelo
INPC, foi de
44,15%), um
crescimento de R$ 19
milhões para R$ 34
milhões por ano.
Outros planos e
seguradoras estão
com taxas
administrativas
entre 5% e 10%,
enquanto em 2017
fechamos o ano com
uma taxa em torno de
18%.
A opção por um Plano
de Demissão
Voluntária na área
de saúde e
atendimento da FAPES
aparece neste
contexto de redução
de pessoal como um
instrumento,
negociado junto ao
BNDES, para
minimizar os efeitos
deste processo
sempre tão difícil
para os
funcionários. Em
média, o PDV paga
50% a mais do que
seria recebido em
uma rescisão normal,
além de garantia de
plano de saúde por
30 meses e
consultoria de
outplacement,
especializada em
transição de
carreira.
Em outra medida, já
comunicada pelo
BNDES aos
empregados, o
ambulatório do
EDSERJ voltará a
focar em atividades
de medicina laboral
exclusivamente para
funcionários do
BNDES. A FAPES
busca, na gestão do
ambulatório, adequar
a estrutura
existente às
limitações de gastos
colocadas pelo
Banco.
Mudanças são sempre
difíceis,
especialmente quando
afetam pessoas que
são nossos colegas
de trabalho. Não
somos indiferentes a
elas, mas
acreditamos que
existe um objetivo
maior para que
aconteçam. Esperamos
que, com as
modificações que
estamos fazendo, a
viabilidade dos
departamentos de
saúde e atendimento
seja alcançada, e
que não restem
dúvidas que o nosso
plano é o melhor
tanto em qualidade
de serviço como em
custo
administrativo.
A exemplo do que
fizemos juntos na
Mesa FAPES,
discutindo de forma
transparente as
propostas para
equacionar nosso
plano de
previdência,
buscaremos na Mesa
PAS a solução que
atenda de forma mais
harmônica a todos os
envolvidos neste
desafio.
De nossa parte,
estamos convictos de
que o
comprometimento e a
competência do time
de funcionários da
FAPES nos farão,
mais uma vez,
superar os
obstáculos e
transformar
incertezas em
oportunidades de
crescimento.