Perspectivas econômicas para 2018
 
 

A primeira edição do ano do Jornal dos Economistas oferece condições para uma reflexão sobre cenários para a economia brasileira e propostas de políticas econômicas em 2018.

Victor Leonardo de Araujo, da UFF, afirma em artigo que 2018 começa exatamente como 2017: com o ajuste fiscal como principal diretriz da política econômica. Ele classifica como chantagem do Ministério da Fazenda para aprovação da reforma da Previdência a disparidade entre a previsão de crescimento do PIB para a próxima década com reformas (3,7%) e sem (2%).

Marcio Pochmann, da Unicamp, acredita que, diante do padrão de saída das recessões passadas no Brasil e considerando a regressão do gasto público e a desorganização das finanças públicas anunciadas pela proposta orçamentária de 2018, não seria totalmente de se estranhar uma nova inflexão no comportamento do PIB brasileiro.

Marcelo Dias Carcanholo, da UFF, enfatiza que a trajetória de uma economia capitalista é necessariamente cíclica e, em algum momento, o Brasil sairá da recessão. Mas a combinação de uma demanda interna fraca e externa claudicante com a falta de condições que estimulem as empresas a investirem fazem a recuperação em 2018 parecer difícil.

Carlos Frederico Rocha, do IE/UFRJ, avalia que não há cenário para uma retomada do investimento em 2018. As maiores esperanças para o restabelecimento do crescimento econômico consistente, após a segunda maior recessão da história do país, estão depositadas na nova safra agrícola.

Fora do bloco temático, artigo de Wellington Leonardo da Silva, diretor do Sindicato dos Economistas do Estado do Rio de Janeiro (Sindecon), aponta o desmonte do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), que foi em 2017 alijado pelo governo Temer da participação substantiva no mercado de tecnologia, ato mais recente de um processo de esvaziamento iniciado no governo Collor.

O Jornal dos Economistas está disponível em www.corecon-rj.org.br.

 
 
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AGENDA

Atualização das normas do PAS

Conforme noticiado na edição 1278 do VÍNCULO, a falta de correção da Tabela de Imposto de Renda combinada com a reposição inflacionária dos rendimentos dos dependentes genitores maiores de 65 anos do PAS estava motivando a exclusão destes no momento do recadastramento anual. Diante do transtorno causado por essa situação, a AFBNDES pleiteou que a falta de correção da Tabela do IR não fosse critério para a exclusão. Felizmente, a situação foi revertida pelo mantenedor, o BNDES, até que as normas e procedimentos do Imposto de Renda de Pessoa Física para o calendário 2017 sejam publicados. Após a ocasião, a FAPES realizará uma nova avaliação dos procedimentos de recadastramento para manutenção do benefício.

AJT em andamento

As Associações de Funcionários do BNDES se reuniram com o Sindicato dos Bancários do Rio, ontem (10), para dar prosseguimento à negociação do Acordo de Jornada de Trabalho (AJT). A Contraf/CUT havia apresentado um parecer jurídico em 21 de dezembro de 2017 com questionamentos que impediam a assinatura do Acordo pelo Sindicato. As AFs já estão prestando os esclarecimentos à Contraf, mas ainda não há uma previsão de quando será realizada a Assembleia.