Comunicamos o
repúdio à forma pela
qual as mudanças
foram encaminhadas.
As decisões sobre
rodízio de chefes e
span mínimo
tiveram como
fundamento apenas a
discussão no "BNDES
day". Tivemos
diversos relatos de
que essas questões
estiveram longe de
ser o foco do fórum.
Esse fato é
particularmente
grave no caso do
rodízio de chefes,
que teria sido
incluído de última
hora, como proposta
na plenária. Além
disso, as medidas
não passaram por
maiores discussões
internas.
Após nossas
conversas com
diretores ficamos
sabendo que a
percepção de que o
procedimento adotado
não é o mais
indicado para
efetuar uma
reestruturação não é
exclusiva do corpo
funcional.
Entretanto, a
mudança vem sendo
justificada como "no
BNDES tem que ser
assim".
Ainda sobre a forma
da reestruturação,
questionamos porque
não se esperou os
resultados da
consultoria de RH
que foi contratada
no âmbito do Projeto
Carreira, que está
em curso. Nos foi
respondido que essa
mudança é a primeira
parte de um processo
de reestruturação
mais amplo que não
pode ser
descortinado agora,
e ainda que a
reestruturação não
seja produto da
consultoria, ela é
tão óbvia que não
teria como não ser
compatível com a
proposta que
eventualmente sairá
da consultoria.
Em face de tudo
isso, o que pode ser
dito sobre o titulo
"participativo" dado
à reestruturação?
Por mais que se
esteja convencido de
que uma redução na
quantidade de cargos
é necessária, se ela
for feita de forma
atabalhoada o
resultado tenderá a
ser injusto e poderá
agravar os problemas
organizacionais. Não
há organização
eficiente sem
identidade
organizacional.
Achamos que a grande
maioria dos
empregados entende a
necessidade de se
adaptar em prol do
coletivo, mas as
mudanças serão mais
bem aceitas se as
razões e os
critérios adotados
forem apresentados.
Se as questões reais
que levaram à
criação de "gereus"
não forem
enfrentadas, como
garantir que amanhã
esses mesmos
problemas não
levarão ao seu
ressurgimento?
Sugerimos que ao
menos duas medidas
fossem consideradas.
Em primeiro lugar,
que o Diretor de RH
e sua equipe marquem
o quanto antes uma
apresentação para
discutir a
reestruturação com o
corpo funcional.
Prometeram a
realização de tal
evento para o início
de fevereiro.
Em segundo lugar,
pedimos que o tema
da "carreira em Y",
ou seja, formas de
gratificar
funcionários como
especialistas sejam
contempladas pelo
trabalho da
consultoria de RH.
Entendemos que essa
é uma necessidade
estratégica e, pelo
menos, por duas
razões, associadas à
reestruturação
proposta. Por um
lado a proliferação
de gerentes com
poucos ou mesmo sem
técnicos
subordinados pode
ser, em parte,
resultado da falta
de um Plano de
Carreira. Por outro
lado, se o que se
pretende é
desenvolver o lado
"gestor" dos nossos
executivos, vide a
proposta de rodízio
de chefe, é
importante que se
consolide
paralelamente uma
estrutura baseada em
conhecimento
específico. Em
resposta a essa
questão, foi
prometida sua
inclusão na agenda
da consultoria de
RH.