O presidente da AFBNDES, Arthur Koblitz, esteve em Brasília, na quarta-feira (16), em audiência com o presidente em exercício do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas. Durante a reunião foram tratados temas que estiveram presentes no noticiário nacional, nos últimos dias, relacionados à devolução de recursos ao Tesouro pelo BNDES. Na semana passada, o Banco fez o pagamento de mais uma parcela, no valor de R$ 45 bilhões, ao Tesouro. O dinheiro faz parte de um cronograma estabelecido pelo Ministério da Economia, que ainda prevê a devolução de R$ 24 bilhões em novembro de 2023.

Estas devoluções foram alvo de críticas do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em 10/11, em discurso a parlamentares aliados. “Agora estou sabendo que vão pegar não sei mais quantos bilhões do BNDES. Agora, antes da nossa posse, para que também deixe o BNDES vazio, para que a gente não tenha capacidade de investimento”, disse Lula. O governo eleito tem defendido reforçar o papel dos bancos públicos na economia nacional. No dia 10/11, véspera da quitação dos R$ 45 bilhões, o senador Randolfe Rodrigues (Rede) entrou com representação no TCU pedindo a suspensão da redução de capital da BNDESPAR, realizada para permitir a quitação da parcela da dívida com a União. A representação está com o ministro Jorge Oliveira, relator de pedido de revisão do cronograma de devoluções, apresentado pelo BNDES.

Na reunião com o presidente do TCU, Arthur fez a defesa do funcionalismo do Banco e rechaçou falas que tentam fazer ligações entre a retenção de aportes ao Tesouro, pelo BNDES, com o pagamento de Participação nos Lucros e Resultados aos funcionários, acusados de corporativistas. Na onda das críticas, amplificadas pelo próprio Ministério da Economia, o financiamento do plano de saúde dos empregados chegou a ser colocado no debate de forma leviana e equivocada.

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