Editorial

Edição nº1384 – quinta-feira, 12 de março de 2020

Da série "O VÍNCULO avisou" ou o previsível fiasco econômico de Paulo Guedes e sua turma

Você ficou chocado com o pibinho? Ou ficou ainda mais chocado com as declarações do ministro da Economia sobre o pífio desempenho da economia brasileira?

Crise do coronavírus, crise do preço do petróleo, recessão mundial à vista, países desenvolvidos estudando programas de incentivo. A parte mais influente do mainstream econômico da academia americana (Paul Krugman, Blanchard e cia.) autoriza políticas fiscais expansionistas. Mas no Brasil escutamos apenas uma palavra de ordem: Mais reforma! Mais reforma!

É o que brada o ministro. Teve tanta gente respeitável, e por tanto tempo, adulando as políticas econômicas defendidas pelo atual governo que o indiscutível desastre de tais políticas vai ter que ser reconhecido gradualmente. Mas o processo de desencanto já está avançado. Vai ficando "facinho" falar mal do ministro. Era bem mais difícil quando o VÍNCULO o fez. Alguns exemplos:

Editorial "O outro ideólogo" (9 de maio de 2019)

"Do nosso ponto de vista, o verdadeiro desafio é outro. Quem põe em risco de forma estrutural nossas instituições e a retomada do desenvolvimento é um espírito fundamentalista e ganancioso que sabemos que não será domado. A única esperança é que o segundo ideólogo seja destituído de poder antes que suas ações gerem um cenário amplo e irreversível de terra arrasada".

Editorial "As cinco metas de Montezano" (22 de julho de 2019)

"A adesão a essas propostas é reveladora de que o presidente [Gustavo Montezano] compartilha do diagnóstico sobre a economia brasileira e o BNDES dos ultraliberais do Ministério da Economia. As ilusões nesse terreno de todo esse grupo são de tamanha dimensão que estão fadadas a não sobreviverem ao confronto com a realdade nos próximos meses. A opinião entre economistas, mesmos alguns dos mais adeptos do credo liberal, tem sofrido inflexão. Estamos, é claro, sendo pilotados pela vertente mais extrema e mais vinculada aos interesses do mercado financeiro. Serão os últimos a se renderem aos fatos".

Muita gente está preocupada, com razão, com a ameaça às instituições democráticas representada pelas manifestações do próximo dia 15. Menos gente tem se preocupado, infelizmente, com a destruição em curso de instituições econômicas vitais para o Brasil.

A missão dos empregados conscientes do BNDES é lutar com todas suas forças e inteligência para evitar que o BNDES seja destruído nessa fase final do "nero"liberalismo tupiniquim. Está passando, galera! E se no terreno econômico a insanidade for reposta por ao menos algum pragmatismo (é o máximo que podemos esperar nas atuais circunstâncias), conseguiremos salvar o Banco.

Temos certeza que ainda vamos celebrar todos o fim dessa era das trevas.

Em tempo: Não deixe de ler, na página 3, sobre os jabutis anti-BNDES que o Ministério da Economia vem colocando em PECs. E todo mundo já sabe, não é? A atual administração do BNDES assiste a tudo impassível. Afinal, como diz a sabedoria desses tempos: "Não interessa correr atrás de mesadinha" – como eles chamam os repasses do FAT.

 

Acontece

Tramitação de PECs no Congresso e o impacto sobre o BNDES

Opinião

O morador do poço por Paulo Moreira Franco

Opinião

Charge de Nelson Tucci

 

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ACONTECE

Com liminar, Resolução CGPAR não se aplica a associados

O Banco, segundo informações passadas à direção da Associação pelo RH, não aplicará os dispositivos da Resolução CGPAR nº 23 aos associados da AFBNDES em virtude da liminar deferida, em setembro de 2019, pelo desembargador federal Jirair Aram Meguerian.

Com a suspensão dos efeitos do referido normativo, *está garantido aos associados* utilizar o plano de saúde sob as condições do atual regulamento, sendo afastados, portanto, todos os malefícios decorrentes da Resolução 23, tais como a vedação de inclusão de genitores como dependentes e a implementação do regime de coparticipação, por exemplo.