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Edição nº1381 –
quinta-feira, 13 de
fevereiro de 2020 |
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Conselheira eleita
da Petrobras,
apoiada pela FUP, vê
empresa na contramão
das tendências do
setor |
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Mesmo em meio a uma
greve que já dura 13
dias, os petroleiros
foram às urnas e
elegeram a geofísica
Rosângela Buzanelli
como representante
dos empregados no
Conselho de
Administração da
Petrobras.
Rosângela, que
trabalha há 33 anos
na estatal, tem o
apoio da Federação
Única dos
Petroleiros (FUP).
Ela defende uma
Petrobras pública,
integrada e indutora
do desenvolvimento
do país, critica o
foco demasiadamente
voltado para o
retorno aos
acionistas e
questiona a escolha
da petroleira de se
concentrar na
exploração e
produção de óleo e
gás.
"Há um desmonte, um
fatiamento e
apequenamento da
Petrobras, que tem
responsabilidades
sociais. A visão
hoje é de uma
empresa privada",
destacou, em
entrevista ao jornal
Valor Econômico de
12/2. "A Petrobras
está indo na
contramão das
majors [grandes
petroleiras
globais], que vão no
sentido da
integração e
renováveis. A
empresa deveria
estar investindo
mais em geração de
energia da maré,
eólica, mas está na
contramão da
tendência do setor",
apontou.
"Acredito que temos
que ocupar esse
espaço [Conselho].
Não podemos mudar
drasticamente os
rumos da companhia,
mas vamos levar ao
Conselho uma outra
visão sobre a
empresa. Uma visão
não só política, mas
tecnicamente
embasada, para que
possamos mudar
posicionamentos
pontuais e fazer com
que o Conselho
reflita sobre a real
missão da empresa.
Nosso papel é fazer
um contraponto. Essa
cadeira não pode ser
ocupada por quem
está alinhado com a
administração",
disse. Ela afirmou
ainda que levantará
bandeiras como o
fortalecimento das
políticas de
segurança e saúde do
trabalho e o combate
ao assédio sexual.
E a greve continua
De acordo com a FUP,
a greve nacional da
categoria já
mobiliza 50
plataformas em cinco
estados do país –
Rio de Janeiro, São
Paulo, Espírito
Santo, Ceará e Rio
Grande do Norte.
Ontem, segundo a
Federação, 108
unidades estavam
paralisadas em 13
estados com mais de
20 mil trabalhadores
mobilizados.
A greve foi
deflagrada em 1º de
fevereiro para
reivindicar a
suspensão de
demissões na Fábrica
de Fertilizantes
Nitrogenados do
Paraná (Fapen-PR).
Os trabalhadores
também querem o
estabelecimento de
um canal de
negociação com a
direção da
Petrobras, acusada
de descumprir itens
do Acordo Coletivo
de Trabalho.
Segundo a FUP, esta
já é a mais
importante
paralisação da
categoria desde
1995, quando os
petroleiros
realizaram a mais
longa greve de sua
história, que durou
32 dias.
"Na tentativa de
dividir os
trabalhadores, a
gestão da Petrobras
parte para o ataque.
Além de criminalizar
a greve perante o
Judiciário, bloqueia
o acesso dos
petroleiros às
unidades, impedindo
a categoria de
cumprir a liminar
que a própria
empresa obteve junto
ao Tribunal Superior
do Trabalho. As
retaliações contra
os petroleiros
incluem agora
descontos nos
contracheques, o que
só aumenta a
indignação da
categoria, que segue
aderindo
espontaneamente à
greve, de norte a
sul do país",
informa a entidade.
Na sede da Petrobras
(Edise), no Rio de
Janeiro, um grupo de
cinco dirigentes
petroleiros ocupa,
desde sexta-feira,
31 de janeiro, uma
sala no quarto andar
do prédio, garantido
por quatro decisões
judiciais. A mais
recente é o parecer
do procurador do
Trabalho da 1ª
Região, Márcio
Octávio Vianna
Marques, que
indeferiu mandado de
segurança impetrado
pela empresa e
autorizou a
permanência dos
sindicalistas no
Edise.
Ontem, em reunião
com a FUP, os
presidentes da
Câmara e do Senado
se comprometeram a
buscar interlocução
com a Petrobras. |
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VERSÃO IMPRESSA |
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(arquivo em PDF) |
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AGENDA |
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Ação da CGPAR: pagamento
de inadimplentes
A
AFBNDES encaminhou esta
semana por e-mail, aos
associados que estão
inadimplentes com
parcelas da ação da
CGPAR, boletos com
vencimento em 21 de
fevereiro.
Número considerável de
associados ainda está em
falta com os pagamentos:
12,3% em relação à
primeira parcela e 33,7%
em relação à segunda.
Tais pagamentos são
obrigatórios, conforme
decisão das assembleias
das Associações do
Sistema BNDES de
15/03/2019. Em caso de
dúvida, buscar
esclarecimentos no
Atendimento da AF.
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