Editorial

Edição nº1371 – quinta-feira, 22 de novembro de 2019

Como vai o Plano de Saúde?

Reclamações sobre os serviços prestados pelo nosso plano de saúde têm se difundido em conversas de corredor e re-clamações por e-mail e nas redes sociais. Por iniciativa do Conselho Deliberativo da AFBNDES, a Diretoria da Associação acolheu a proposta de criar uma comissão com diretores e conselheiros para conversar com a FAPES.

O propósito da comissão é apresentar os problemas, ouvir as explicações da direção da Fundação e preparar a convocação de uma reunião plenária aberta a todos os beneficiários do PAS, na qual a Diretoria da FAPES possa apresentar uma análise do que está acontecendo e os rumos do nosso plano de saúde.

Já tivemos uma primeira reunião com a gerente executiva da Área de Saúde da FAPES, Patrícia Neto, com a presença do diretor de Seguridade da Fundação, Rodolfo Torres dos Santos. O que podemos dizer até agora é que a direção da FAPES aceitou de imediato a nossa proposta, inclusive em relação à plenária. A comissão apresentou uma lista de problemas que têm afetado os beneficiários. A FAPES agradeceu a sistematização dos temas e ficou marcado um novo encontro que contará com a presença da diretoria e da área de TI da FAPES, já que uma série de problemas detectados estão ligados aos serviços de internet.

Entre os tópicos discutidos, perguntamos em que medida os atuais problemas se devem à traumática reestruturação que ocorreu na FAPES nos últimos anos. Mais especificamente, perguntamos se o problema estava ligado à falta de pessoal ou problemas afins. Nos foi assegurado que tais problemas nada têm a ver com a reestruturação implementada pela diretoria anterior.

Entendemos que esse é o papel da AFBNDES quando há conflitos como esses envolvendo o PAS. Somos defensores do modelo de autogestão do FAMS por uma série de razões. Uma delas é a possibilidade de termos uma relação de proximidade com os gestores do plano, especialmente no que se refere ao aperfeiçoamento dos serviços prestados aos beneficiários.

Tivemos uma experiência crítica com a Diretoria da FAPES no ano passado por conta da suspensão dos serviços de emergência pediátrica da Rede D’Or. Avaliamos que a ação de uma comissão criada pela AFBNDES e um grupo de empregados em interação com a direção da Fundação foi fundamental para permitir o encaminhamento vitorioso de todo o processo. Ao mesmo tempo, apoiamos a FAPES no esforço de negociação com a Rede D’Or e fizemos pressão para a manutenção dos serviços a que tínhamos acesso. No final, os beneficiários do PAS saíram ganhando com a ampliação da rede de serviços de emergência pediátrica e com garantias adicionais nos serviços prestados pela rede D’Or. As vantagens da autogestão ficaram ainda mais evidentes para uma grande parcela dos empregados e assistidos do BNDES.

Há uma nova Diretoria da FAPES que tem mantido até o momento grande abertura na relação com a AFBNDES e demais Associações do Sistema BNDES. Não faria nenhum sentido atropelar esse diálogo e organizar, por exemplo, um protesto contra a Fundação, como parecem demandar algumas vozes. Construindo sobre a experiência bem- sucedida da emergência pediátrica, vamos explorar o que for possível alcançar com boa vontade pela via do diálogo, baseado na apresentação de evidências, cronogramas, metas, controle e em compromissos concretos de ajustes. Estamos confiantes que conseguiremos mais uma vez atingir um encaminhamento vitorioso.

Temos claro também que a defesa do nosso plano de saúde no longo prazo está menos ligada a vitórias na Justiça ou à ideologia de quem está no comando do governo federal – e mais na capacidade da gestão do plano de saúde oferecer, ao mesmo tempo, qualidade superior e eficiência nos serviços prestados. O modelo de autogestão tem esse potencial e o reconhecimento disso tem se difundido. Até agora, a Diretoria da FAPES continua assumindo compromisso com essas duas metas. Ou seja, a promessa é de aumento de eficiência, sem perda da qualidade na prestação dos serviços. Esse caminho, segundo eles, seria alcançado por uma "gestão ativa" do PAS, com o fortalecimento do papel dos médicos de família e da rede de credenciados.

Entendemos que qualquer transição é suscetível a solavancos, mas precisamos fixar um horizonte concreto para o processo de transição – para que, eventualmente, possamos discutir inclusive a alteração na velocidade das mudanças de forma que o custo do ajuste não recaia de forma desproporcional sobre os beneficiários do plano.

Em breve esperamos divulgar a data da plenária sobre o nosso plano de saúde. Fiquem atentos.

 

Acontece

Aprovada ação sobre correção do FGTS

Acontece

Linha direta para agilizar atendimentos de saúde

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