Na segunda-feira, 4
de fevereiro, a
Diretoria da AFBNDES
enviou carta ao
presidente Joaquim
Levy manifestando o
entendimento de que
seria muito
desejável que não se
interrompesse a
tradição de compor a
Diretoria do BNDES
com pelo menos dois
diretores da Casa.
Entendemos que essa
é a posição de uma
ampla maioria dos
empregados do Banco.
As razões são
suficientemente
óbvias. Mas podemos
sucintamente
explorá-las
questionando a
eventual opção por
violá-la. Seria isso
compatível com o
reconhecimento da
excelência técnica e
com o histórico de
integridade
demonstrado pelo
BNDES? Seria
adequado, dada a
atual conjuntura, em
termos de imagem do
Banco? Note-se que
estamos pondo em
questão uma
convenção comum em
várias empresas
públicas e que no
BNDES prevaleceu sob
todas as orientações
políticas que
conduziram o país
durante a Nova
República e mesmo
durante o período
ditatorial.
Na carta ao
presidente pedimos
nova reunião para
discutir
especificamente o
tema. Ainda há tempo
– pois, como todos
sabem, faltam ser
escolhidos dois
nomes na nova
Diretoria, caso esta
mantenha a atual
estrutura de seis
diretores mais o
presidente.
Um segundo ponto que
não abordamos
no
último Editorial tem
relação com a
autogestão do nosso
plano de saúde.
Explicamos o tema
rapidamente ao
presidente e vale
registrar o fato
publicamente.
Seguindo a
bem-sucedida
experiência da Mesa FAPES, as
Associações do
Sistema BNDES, a
Diretoria de RH e a
direção da FAPES
criaram uma Mesa
FAMS para debater o
futuro do nosso
plano de saúde.
Apesar das reuniões
da Mesa FAMS, até
agora, terem sido
por demasiado
esparsas,
estabeleceu-se uma
unanimidade entre os
que dela participam:
é fundamental
manter a auto-gestão
do FAMS. Todos
os representantes
envolvidos estão
convencidos de que a
opção por
terceirizar o plano
deve ser rejeitada.
A Diretoria da FAPES
se posicionou sobre
o tema de forma
inequívoca,
inclusive em
artigo
publicado aqui no
VÍNCULO. A
diretoria e a
superintendência de AARH do Banco se
posicionaram da
mesma forma na Mesa
FAMS.
Também há amplo
consenso na Mesa
FAMS de que as
diretrizes
estabelecidas pela
Resolução nº 23 da
CGPAR – caso sejam
mantidas, já que
estão em andamento
ações legais e
parlamentares contra
sua manutenção –,
impõem ajustes ao
FAMS (a exigência de
paridade entre BNDES
e empregados no
custeio do plano,
número mínimo de
vidas cobertas,
entre outros), mas
não colocam em
xeque a viabilidade
do modelo de
autogestão vigente.
Por fim,
consideramos
essencial que sejam
retoma-das, o quanto
antes, as reuniões
da Mesa FAMS – e
fazemos esse apelo à
AARH. A Mesa
deveria, na próxima
reunião, aprovar um
documento
formalizando
entendimento em
defesa da autogestão
do FAMS. A Mesa, no
nosso entender, é
fundamental também
como fórum para
debater e negociar
as medidas que a
atual Diretoria da
FAPES vem
implementando em
nome de aumentar a
eficiência do FAMS.
Acreditamos,
contudo, que também
há espaço para
discutir quais são
as prioridades dos
ajustes, que medidas
compensatórias
poderiam ser
adotadas para
reduzir o peso de
eventuais adaptações
para determinados
segmentos e ainda
para entender,
debater com a Casa e
ajudar a comunicar
para o conjunto dos
beneficiários do
plano as razões dos
ajustes específicos
que serão
realizados. Isso
poderia atenuar o
desgaste que um
processo dessa
natureza
inevitavelmente
gera, intensificado
particularmente na
atual era das redes
sociais. |