Na segunda rodada de
negociação, que teve
tempo dedicado à
análise, não
conclusiva, da
proposta de Acordo
da PLR 2018, ficou
explicitada a
intenção do Banco de
alterar a cláusula
de "Proteção contra
despedida arbitrária
ou sem justa causa"
e retirar do ACT a
cláusula de "Licença
por inaptidão
temporária ao
serviço" e a
cláusula de "Licença
paternidade".
Cláusulas
pertencentes ao ACT
fechado em 2016.
Mobilização –
Devido à for-te
mobilização do corpo
funcional, o Banco,
na terceira rodada
de negociação,
realizada em 11 de
setembro, foi
obrigado a recuar na
sua proposta de
alterar a cláusula
de "Proteção contra
despedida arbitrária
ou sem justa causa"
– uma bela vitória
do corpo funcional
benedense,
reconhecida pela
própria Comissão das
Empresas. A análise
dos pleitos novos
teve continuidade
nos dias 12 e 13/9,
quando a
Administração
apresentou sua
proposta para o
Acordo Coletivo de
Trabalho de
2018-2020.
No final da tarde de
quinta-feira (13), o
Banco divulgou aos
empregados sua
proposta para o ACT,
que respeita, como
era defendido pela
Comissão dos
Empregados desde o
trabalho de
definição da Pauta
de Reivindicações, a
Convenção Coletiva
de Trabalho (CCT)
negociada na Mesa
Fenaban, nos
seguintes termos:
– Reajuste de 5%
(cinco por cento) no
salário e benefícios
(auxílio refeição,
cesta alimentação,
13ª cesta
alimentação e
auxílio educação) em
1º de setembro de
2018 – o que
representa ganho
real de 1,31%, mais
reposição da
inflação acumulada
(INPC) de
setembro/2017 a
agosto/2018: 3,64%;
– Ganho real de 1%
acima da inflação em
1º de setembro de
2019;
– Validade do Acordo
por dois anos, com
garantia de
manutenção de todas
as conquistas até
2020.
A mobilização dos
empregados também
fez o Banco recuar
da proposta de
retirar do ACT a
"Licença por
inaptidão temporária
ao serviço" (outra
cláusula considerada
"pétrea"). Contudo,
mesmo com a
discordância da
Comissão dos
Empregados, a
Administração
insistiu em retirar
do Acordo a cláusula
de "Licença
paternidade",
argumentando que o
benefício está
previsto na Lei nº
11.770/2018, que
instituiu o Programa
Empresa Cidadã, e
integra normativo
interno (IS SUP/AARH
04/2017-BNDES), nos
moldes do que já
acontece com a
extensão da "Licença
maternidade".
E mesmo com forte
defesa da Comissão
dos Empregados, o
Banco também não
aceitou o importante
pleito de
"Integridade
funcional", que
busca impedir que
seja exercida
qualquer atividade
ou função inserida
nas descrições de
cargos do PUCS ou do
PECS por empregados
não integrantes do
quadro permanente de
pessoal,
excetuando-se os
casos descritos na
cláusula de Cargos
Comissionados que
tratam de assessoria
de caráter
transitório ao corpo
diretivo. A Comissão
das Empresas alegou,
durante as rodadas,
que esta proteção
está garantida na
legislação vigente,
assim como em
normativos internos.
Não concordando com
isto, os
representantes do
corpo funcional
insistiram nesta
proteção no âmbito
do ACT.
Vale-transporte –
O grande imbróglio
na proposta de ACT
apresentada pelo
Banco, que levou a
muita discussão em
mesa, é a mudança na
cláusula do
"Vale-transporte",
com a introdução do
pagamento, pelo
empregado, de 4% do
salário-base para o
custeio do benefício
(como estabelece a
Convenção Coletiva
de Trabalho da
categoria bancária).
Hoje o benefício é
custeado
integralmente pelo
empregador.
Como a Comissão dos
Empregados já
avaliou em Quadro de
Avisos na
sexta-feira passada,
a mudança da
cláusula impacta
negativamente
parcela
significativa do
corpo funcional
benedense, fazendo
com que a proposta
do ACT no BNDES
fique inferior
financeiramente ao
que foi acordado
pela categoria
bancária na Mesa
Fenaban.
Os representantes
dos empregados
buscaram na mesa e
em reunião com o
diretor da AARH,
Ricardo Ramos, na
tarde da última
sexta-feira (14),
compensação para o
"vale-transporte com
desconto de 4%" na
forma de outros
benefícios
pecuniários, como
aumento no auxílio
refeição, ou
introdução da
cláusula de
"Integridade
funcional" no ACT. A
Comissão do Banco e
o diretor/AARH
insistiram que a
proposta para o
Acordo está fechada
e que não havia
espaço para avanços.
Agenda de reuniões –
Depois de negar a
introdução de
pleitos relativos
aos temas no ACT, o
Banco propôs e foi
pactuada uma agenda
de reuniões para
tratar de assuntos
relevantes para o
corpo funcional:
– Pedido de isonomia
entre os segmentos
médio e
universitário do
PECS na mesma
proporcionalidade
salarial e
progressão de
carreira;
– Regularização da
situação funcional e
previdenciária dos
empregados
anistiados; e
– Criação do
Conselho de Usuários
do PAS objetivando
acompanhar a
qualidade do Plano
de Assistência e
Saúde do BNDES – no
âmbito da Mesa PAS.
Para a Comissão dos
Empregados, a saída
que o Banco criou
para manter o tema
em pauta, mas fora
do Acordo, precisa
ser encarada como
oportunidade. Ou
seja, tais reuniões
precisam acontecer
com efetividade na
busca de resultados
concretos.
Durante a segunda e
a terça-feira desta
semana, a Comissão
dos Empregados
visitou os andares
do Edserj e do
Ventura para
conversar sobre a
proposta do Banco
para o Acordo
Coletivo de
Trabalho. A posição
do corpo funcional
em relação ao que
foi proposto pelo
Banco será tomada
amanhã, a partir das
11h, em Assembleia a
ser realizada no
térreo do Edserj.