Mais de 40 pessoas,
entre empregados e
aposentados,
participaram ontem
(25), no Ventura
Oeste, de evento
sobre o impacto da
Resolução CGPAR nº
23 no Plano de
Assistência à Saúde
do BNDES (PAS). As
apresentações foram
feitas pelo
presidente da
AFBNDES, Thiago
Mitidieri, e pelo
vice-presidente da
APA e presidente da
UnidasPrev, Luiz
Borges. A atividade
fez parte da
mobilização nacional
em defesa dos
programas de
assistência à saúde
das estatais
federais.
Borges fez uma
análise da Resolução
CGPAR nº 23 e de
suas consequências
para o PAS,
envolvendo diversos
aspectos: limite
para participação da
empresa estatal no
custeio do programa
de assistência à
saúde; paridade no
custeio entre
beneficiários e
empresa; vedação da
empresa permanecer
como mantenedora do
programa de saúde;
definição de
quantidade mínima de
beneficiários para a
instituição do
benefício na
modalidade de
autogestão (20 mil
vidas); vedação do
benefício no
pós-emprego
(respeitado o
direito adquirido);
obrigatoriedade de
oferta do benefício
com cobrança de
mensalidade,
carência, limitação
de tipo de
dependentes (com
exclusão de
genitores) etc.;
fechamento do plano
a novas adesões
(autorizadas apenas
na modalidade
reembolso – o que
diminuiria a
atratividade
profissional da
empresa);
obrigatoriedade de
mudança dos editais
de processos
seletivos, nos quais
não pode existir o
oferecimento do
benefício de
assistência à saúde;
obrigatoriedade de
mudanças em acordos
coletivos, onde não
pode haver o
detalhamento do
benefício de
assistência à saúde;
mudanças em
normativos internos
para adequação à
Resolução CGPAR,
respeitado o direito
adquirido; e prazo
de adequação em até
48 meses
(26/01/2022). No que
se refere ao
princípio do direito
adquirido, Borges
disse que será
necessária a
contratação de
parecer
especializado sobre
o tema, evitando,
assim, a insegurança
dos beneficiários do
plano.
O presidente da
AFBNDES, Thiago
Mitidieri, expôs, em
seguida, o que foi
apresentado na Mesa
PAS, no dia 17 de
julho, e resumido
no último VÍNCULO
(a apresentação será
encaminhada aos
empregados
internamente ainda
esta semana). De
acordo com Thiago, a
solução para os
desafios hoje
vividos é "o
aprofundamento da
análise do tema de
forma participativa
e transparente, como
na Mesa PAS, com o
conhecimento da
realidade do Plano
de Saúde, em busca
de preservar os
legítimos interesses
das partes
envolvidas".
Seminário –
A mobilização
relacionada aos
impactos da
Resolução CGPAR nº
23 nos programas de
assistência à saúde
das estatais
federais começou na
segunda-feira (23),
quando foi realizado
seminário no
Auditório do Banco
para aprofundar o
tema. Estiveram
presentes, além do
presidente da
AFBNDES, Thiago
Mitidieri, do
presidente da APA,
Antonio Miguel
Fernandes, e do
presidente da
UnidasPrev, Luiz
Borges,
representantes de
entidades
associativas da
Petrobras, Banco do
Brasil, Caixa
Econômica Federal,
Furnas e Correios –
cada um trazendo a
análise de aspectos
técnicos, jurídicos
e as consequências
da Resolução para os
planos de saúde das
empresas, que têm
muitas
especificidades. Em
consenso, há a
percepção de que a
CGPAR extrapolou
suas atribuições com
a determinação de
regras para serem
seguidas pelas
estatais federais no
que se refere aos
programas de
assistência à saúde.
O chefe de
Departamento do
Complexo Industrial
e de Serviços de
Saúde do BNDES, João
Pieroni, abriu os
trabalhos do
seminário com
apresentação sobre o
"Contexto da saúde
no mundo e no
Brasil". No final do
evento, o
superintendente da
AARH, Henrique Lopes
Ferreira da Silva,
representando o
diretor Ricardo
Ramos, falou aos
presentes,
ressaltando a
importância da Mesa
PAS.