Esse é o contexto
político das CPIs
que envolvem o BNDES
– e o grupo de
trabalho interno
criado para cuidar
delas não pode
ignorá-lo sob risco
de colocar a
instituição em sério
risco. Nesse
sentido, repudiamos
qualquer estratégia
de atuação nas CPIs
como a revelada em
matéria do último
domingo (17) no
Estadão: "Banco vai
admitir erros em
CPIs no Congresso".
Claro que não é
porque o Banco não
possa ter cometido
erros, mas
concretamente não há
evidência do tipo de
erro que a CPI quer
encontrar em nenhum
dos casos que até
agora foram trazidos
a público – a
despeito de todo o
estardalhaço com que
foram tratados, de
forma a manter a
campanha de
difamação que
acompanha o BNDES
desde o ano passado.
A CPI quer encontrar
alguma conexão do
BNDES com práticas
ilícitas, mesmo que
nada de novo tenha
sido colocado na
mesa que justifique
isso.
A AFBNDES tem estado
alerta em relação ao
tema. Conversamos
com o presidente
Paulo Rabello de
Castro no dia 20 de
junho sobre como
andavam os
preparativos para a
CPI. À época, como a
mídia noticiou,
agia-se com o
propósito de evitar
sua instauração.
Semana passada,
quando ouvimos
rumores de que a
estratégia que viria
a ser publicada no
Estadão estava
orientando os
trabalhos do GT,
procuramos
imediatamente o
presidente Rabello,
infelizmente sem
sucesso, para uma
reunião.
Felizmente,
segunda-feira
tivemos a
oportunidade de
conversar com o novo
coordenador do GT, o
diretor financeiro
Carlos Thadeu. São
bem-vindas as
contribuições do
experiente diretor,
sua disposição de
dialogar e sua
categórica rejeição
à estratégia
descrita no Estadão.
Não temos dúvida de
que uma orientação
desastrosa foi
abandonada, todavia
ainda nos preocupa
que o jogo já tenha
começado, e o
treinamento da nossa
equipe ainda esteja
incipiente. Há muito
o que fazer para
compensar o tempo
perdido. Em
particular, temos
que mobilizar o
conjunto de
funcionários que
esteve envolvido na
última CPI.
Defendemos também
que o GT deve adotar
duas orientações
fundamentais: evitar
a exposição
desnecessária de
funcionários do
BNDES e apoiar de
forma substantiva os
que venham a depor.
Várias gerações
passaram pelo Banco,
o que somos hoje
resulta de como os
que nos antecederam
responderam aos seus
desafios. Esses
variaram de
importância e de
natureza. Temos
claro que hoje o
grande desafio de
nossa geração é
defender o Banco
dessa combinação
potencialmente fatal
de oportunismo
político e
fundamentalismo
neoliberal que
prevalece em
Brasília. A AFBNDES
convoca os
funcionários a
assumirem essa
tarefa histórica.
Façamos isso
inspirados na
convicção de que ao
defender o BNDES
estamos defendendo
muito mais do que os
nossos empregos. Do
nosso ponto de
vista, no momento
sombrio que
atravessa o país,
defender o BNDES é a
forma que temos de
cumprir minimamente
com o nosso papel na
resistência mais
ampla do povo
brasileiro.