A
convite do presidente do
BNDES, Aloizio Mercadante,
a AFBNDES participou de duas
agendas do governo federal
no Rio de Janeiro, em 23 de
março. Pela manhã, a
vice-presidente da
Associação, Pauliane
Oliveira (na foto ao lado
com Patrícia Zendron),
esteve no Museu
de Arte do Rio (MAR), na
Praça Mauá, acompanhando a
posse dos membros do
recriado Comitê Gestor do
Cais do Valongo, sítio
arqueológico, localizado na
zona portuária carioca,
composto pelas ruínas de um
antigo porto de desembarque
de africanos escravizados,
reconhecido, em 2017, como
Patrimônio Mundial pela
Unesco.
Criado originalmente em
2018, o Comitê foi extinto
pelo presidente Jair
Bolsonaro em 2019. O Comitê
Gestor é uma exigência da
Unesco para que o Cais do
Valongo mantenha o status de
Patrimônio Mundial. O grupo
é composto por 15
instituições representativas
da sociedade civil e 16
governamentais nas esferas
federal, estadual e
municipal, contando com 31
membros titulares, cada um
com um suplente. Entre as
instituições integrantes
estão o Ministério da
Cultura (Minc), a Fundação
Palmares e o Instituto
Brasileiro de Museus. O
Iphan será o coordenador dos
trabalhos do Comitê. O BNDES
integra o grupo ministerial
envolvido com a temática.
A posse contou com a
presença da ministra da
Cultura, Margareth Menezes,
e da ministra da Igualdade
Racial, Anielle Franco. O
presidente do BNDES, Aloizio
Mercadante, foi representado
pelo assessor Marcos Motta.
A ministra da Cultura falou
sobre a importância do
local: “Nossos ancestrais
passaram por esse lugar.
Tantas pessoas, tantas vidas
humanas foram trazidas, de
uma maneira involuntária,
maltratadas, perseguidas e
assassinadas. Numa situação
de escravidão que durou,
nesse país, 388 anos e
marcou a memória e o
comportamento dessa
sociedade, normalizando as
práticas da discriminação
racial e do preconceito,
como se fosse uma regra
natural de vida”.
A ministra Anielle Franco
reforçou a importância do
trabalho conjunto para o
reconhecimento e valorização
do sítio. “Esse dia é
histórico, um marco de
reparação, ressignificação e
memória. Saúdo a todos os
representantes que têm
lutado para garantir esse
lugar e dar a ele o
reconhecimento que ele
merece”, destacou.
O projeto de implantação de
um centro de memória da
cultura negra na região do
Cais do Valongo já foi
anunciado pelo governo
federal. Os detalhes devem
ser anunciados durante o mês
de maio pelo BNDES, que será
parceiro da iniciativa.
Cerimônia com Lula no Museu
Nacional
No final da tarde do dia 23,
o presidente da AFBNDES,
Arthur Koblitz, esteve com
Aloizio Mercadante em um
evento no Museu Nacional do
Rio de Janeiro, com a
presença do presidente
da República, Luiz
Inácio Lula da Silva.
Acompanhado de comitiva de
ministros (Camilo Santana,
Educação; Margareth Menezes,
Cultura; e Luciana Santos,
Ciência e Tecnologia), além
do presidente do BNDES,
Aloizio Mercadante, Lula
visitou as obras de
reconstrução do Museu
Nacional do Rio de Janeiro.
O
prédio histórico na Quinta
da Boa Vista, em São
Cristóvão, foi destruído por
um incêndio em 2018, quando
completava 200 anos de
fundação. A obra de
restauração foi iniciada no
final de 2021, seguindo
recomendações do Instituto
do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (Iphan).
O presidente da República
foi recebido por integrantes
da comunidade acadêmica da
UFRJ, mantenedora da
instituição, e conversou com
operários que atuam no
trabalho de recuperação do
Museu.
O trabalho de reconstrução,
apoiado pelo BNDES, está
sendo feito em etapas. O
orçamento total para
recuperação é estimado em R$
450 milhões. Desse total, R$
180 milhões ainda precisam
ser captados. Segundo o
ministro da Educação, Camilo
Santana, a intenção do
governo é envolver outros
parceiros estatais e
privados, garantir os
recursos no menor prazo
possível e finalizar as
obras para visitação pública
até abril de 2026. A
cobertura e a fachada do
bloco 1 já estão em fase de
conclusão, e serão entregues
em abril deste ano. "Nossa
intenção aqui é demonstrar
o compromisso do governo
federal com a história, a
ciência e a cultura. Estamos
conversando com instituições
que possam complementar
esses recursos", afirmou
Camilo Santana. |
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