Retrospectiva acadêmica e profissional
Após
realizar os Ensinos Fundamental e Médio no Colégio Santo
Inácio, completei os cursos de Ciências Econômicas,
Ciências Contábeis, Ciências Jurídicas e de Formação de
Oficiais da Marinha, bem como o Mestrado em Ciências
Contábeis, MBA pela COPPEAD e o Curso de Altos Estudos
de Política e Estratégia da Escola Superior de Guerra.
Sou
certificado como Conselheiro de Administração no IBGC e
na Fundação Dom Cabral.
Ingressei no BNDES há 28 anos, em 1992, após aprovação
em 1º
lugar no concurso público realizado. Anteriormente,
seguia na carreira de Oficial da Marinha, onde ingressei
por concurso público logrando a 1ª
colocação. Desde 1996, sou Professor da Universidade
Cândido Mendes.
Exerci
no BNDES as funções de Coordenador de Serviço, Gerente,
Assessor de Área, Assessor da Presidência, Chefe de
Departamento e Superintendente. Fui Gerente do DEPRI,
DECOS, DEAOI e DEBK, e Chefe de Departamento do DEPRI,
DEPIN, DEMAQ e DECRED.
Entre
2009 e 2011, fui Superintendente no BNDES da Secretaria
de Gestão da Carteira Agropecuária (SEAGRI) e da Área
Agropecuária e de Inclusão Social (AGRIS).
De
2001 a 2002, fui membro do Conselho Deliberativo da
FAPES. Entre 2015 e 2016, exerci em Brasília a função de
Diretor de Gestão Estratégica do INCRA.
Encontro-me atualmente, em segundo mandato, e desde
dezembro/2013, no honroso exercício da função de
Conselheiro de Administração do BNDES e, desde
março/2020, nos da BNDESPAR e FINAME. Em setembro/2019,
passei a exercer ainda a função de membro do Comitê de
Remuneração do BNDES e, desde maio/2020, do Subcomitê de
assessoramento aos Conselhos de Administração nas
temáticas “Financeiro”, “Riscos”, “Auditoria” e “Novos
Produtos”.
Em
novembro/2020, passei a trabalhar na AMC/DEGIF, lotado
na Gerência responsável pelo Programa de Aceleração de
Startups de Impacto – BNDES Garagem 2020.
Algumas contribuições como Conselheiro eleito
O
exercício da função de Conselheiro do BNDES exige muita
articulação, diálogo e negociação entre os Conselheiros,
além de alinhamentos e orientações estratégicas
delineadas com a Diretoria do Banco.
Em muitos momentos, compus
com o colegiado em determinadas matérias, por julgá-las
adequadas e de interesse do BNDES. Mas também, em outras
matérias, divergi respeitosamente e oficialmente,
destacando as razões para tanto.
Firmeza,
serenidade, moderação, conhecimento, capacidades de
diálogo e escuta atenta, dever fiduciário, tais são
alguns dos atributos para uma atuação profícua de um
Conselheiro do BNDES!
Nesses
sete
anos de atuação como Conselheiro eleito, debati e
deliberei em diversas matérias no colegiado, conforme as
40 competências constantes do Artigo 16 do Estatuto do
BNDES, mas também as 27 definidas pelo Artigo 15 do
Estatuto da BNDESPAR e as 24 elencadas pelo Artigo 13 do
Estatuto da FINAME.
Dentre
minhas atuações, destaco algumas: (i) adoção de
transparência plena acerca das discussões e deliberações
do Conselho de Administração, através de publicidade das
Atas classificadas de suas Reuniões no sítio eletrônico
do BNDES; (ii) defesa do FAT enquanto fonte
constitucional; (iii) defesa da conduta íntegra e
profissional dos Funcionários; (iv) observância da Lei
Complementar No
101/2000 (LRF), relativamente à devolução antecipada de
recursos ao Tesouro
Nacional; (v) aprovação da
Política de Dividendos, que considera a necessidade de
preservação patrimonial do Banco; (vi) apoio em ações
voltadas à redução de volatilidade do Patrimônio
Líquido; (vii) ações de fortalecimento institucional da
AT; (viii) aprovação da Política de Responsabilidade
Social e Ambiental; (ix) recomendações em prol da
Estratégia de Longo Prazo 2018-2023 e do Plano Trienal
2020-2022; e (x) recomendações em torno de diversas
ações de apoio emergencial adotadas em face dos impactos
decorrentes da crise pandêmica.
Destaque-se, quão importante, e de acordo com o
Parágrafo 3º
do Artigo
2º
da Lei No
12.353/2010, que “...o conselheiro de administração
representante dos empregados não participará das
discussões e deliberações sobre assuntos que envolvam
relações sindicais, remuneração, benefícios e vantagens,
inclusive matérias de previdência complementar e
assistenciais, hipóteses em que fica configurado o
conflito de interesse”.
Algumas Propostas contributivas do Candidato a
Conselheiro
1.
Priorizar inversões em Infraestrutura, com foco em
Saneamento
Os
investimentos em Infraestrutura no Brasil foram, no
período 2017/2018, de apenas 1,77% do PIB. Caso
consideremos apenas os investimentos em Saneamento,
deficiência histórica de nosso País, foram nesse período
2017/2018 de pífio 0,2% do PIB. No País, há Estados com
índices inferiores a 10% na cobertura de tratamento de
esgoto!
O Plano Nacional de Saneamento
Básico prevê a necessidade de se investir R$ 357
bilhões, entre 2019 e 2033, na universalização do acesso
aos quatro
serviços do Saneamento (Água, Esgotos, Resíduos e
Drenagem).
De modo a orientar com vigor tal
prioridade, propõe-se a criação de um Subcomitê de
assessoramento aos Conselhos
–
exclusivo para a temática de
Infraestrutura.
2.
Prover
sustentabilidade financeira e patrimonial
A
sustentabilidade financeira e patrimonial do BNDES deve
ser priorizada com a manutenção da Política de
Dividendos, a reciclagem de ativos maduros em bases
consistentes e prudentes e a observância da Lei
Complementar No
101/2000, relativamente à devolução antecipada de
recursos.
3.
Estruturar fontes complementares incentivadas de capital
Com a
edição pelo BACEN da Resolução No
4.733/2019, tratou-se da emissão de Letras Financeiras
por instituições financeiras, limitadas no BNDES ao
Nível I do Patrimônio de Referência, que em 30/09/2020
era de R$ 138,7 bilhões.
Dentre
as diversas alternativas de captação, propõe-se assim
que se analise a viabilidade de emissão de Letras
Financeiras em volumes e prazos elevados, com previsão
de incentivos para o BNDES.
4.
Buscar
permanentemente a transparência
A
continuidade nas ações de transparência perante a
sociedade deve ser priorizada, pois representa uma linha
ativa de fortalecimento institucional interno e externo.
5.
Criar
o Comitê de Pessoas (CP)
Propõe-se que o CP debata políticas de promoção,
sucessão e incentivo, avaliação de competências e
desempenho, treinamento e cultura organizacional.
6.
Estabelecer Reuniões no modo virtual em periodicidade
mensal
Propõe-se a utilização de
plataformas virtuais de comunicação para
a
realização de Reuniões mensais com
os Empregados e Empregadas.
O contexto atual requer assim um Conselheiro propenso ao
diálogo e à escuta atenta, firme, negociador,
experiente, ponderado, com conhecimento e visão de
futuro! |