Eleição para o Conselho de Administração do BNDES

7 de dezembro de 2020

 
 

William Saab

O contexto atual demanda um Conselheiro experiente, de escuta e diálogo e com visão de futuro

 

           William Saab: candidato ao CA do BNDES

Retrospectiva acadêmica e profissional

Após realizar os Ensinos Fundamental e Médio no Colégio Santo Inácio, completei os cursos de Ciências Econômicas, Ciências Contábeis, Ciências Jurídicas e de Formação de Oficiais da Marinha, bem como o Mestrado em Ciências Contábeis, MBA pela COPPEAD e o Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia da Escola Superior de Guerra.

Sou certificado como Conselheiro de Administração no IBGC e na Fundação Dom Cabral.

Ingressei no BNDES há 28 anos, em 1992, após aprovação em 1º lugar no concurso público realizado. Anteriormente, seguia na carreira de Oficial da Marinha, onde ingressei por concurso público logrando a 1ª colocação. Desde 1996, sou Professor da Universidade Cândido Mendes.

Exerci no BNDES as funções de Coordenador de Serviço, Gerente, Assessor de Área, Assessor da Presidência, Chefe de Departamento e Superintendente. Fui Gerente do DEPRI, DECOS, DEAOI e DEBK, e Chefe de Departamento do DEPRI, DEPIN, DEMAQ e DECRED.

Entre 2009 e 2011, fui Superintendente no BNDES da Secretaria de Gestão da Carteira Agropecuária (SEAGRI) e da Área Agropecuária e de Inclusão Social (AGRIS).

De 2001 a 2002, fui membro do Conselho Deliberativo da FAPES. Entre 2015 e 2016, exerci em Brasília a função de Diretor de Gestão Estratégica do INCRA.

Encontro-me atualmente, em segundo mandato, e desde dezembro/2013, no honroso exercício da função de Conselheiro de Administração do BNDES e, desde março/2020, nos da BNDESPAR e FINAME. Em setembro/2019, passei a exercer ainda a função de membro do Comitê de Remuneração do BNDES e, desde maio/2020, do Subcomitê de assessoramento aos Conselhos de Administração nas temáticas “Financeiro”, “Riscos”, “Auditoria” e “Novos Produtos”.

Em novembro/2020, passei a trabalhar na AMC/DEGIF, lotado na Gerência responsável pelo Programa de Aceleração de Startups de Impacto – BNDES Garagem 2020.     

Algumas contribuições como Conselheiro eleito

O exercício da função de Conselheiro do BNDES exige muita articulação, diálogo e negociação entre os Conselheiros, além de alinhamentos e orientações estratégicas delineadas com a Diretoria do Banco.

Em muitos momentos, compus com o colegiado em determinadas matérias, por julgá-las adequadas e de interesse do BNDES. Mas também, em outras matérias, divergi respeitosamente e oficialmente, destacando as razões para tanto. Firmeza, serenidade, moderação, conhecimento, capacidades de diálogo e escuta atenta, dever fiduciário, tais são alguns dos atributos para uma atuação profícua de um Conselheiro do BNDES!

Nesses sete anos de atuação como Conselheiro eleito, debati e deliberei em diversas matérias no colegiado, conforme as 40 competências constantes do Artigo 16 do Estatuto do BNDES, mas também as 27 definidas pelo Artigo 15 do Estatuto da BNDESPAR e as 24 elencadas pelo Artigo 13 do Estatuto da FINAME.

Dentre minhas atuações, destaco algumas: (i) adoção de transparência plena acerca das discussões e deliberações do Conselho de Administração, através de publicidade das Atas classificadas de suas Reuniões no sítio eletrônico do BNDES; (ii) defesa do FAT enquanto fonte constitucional; (iii) defesa da conduta íntegra e profissional dos Funcionários; (iv) observância da Lei Complementar No 101/2000 (LRF), relativamente à devolução antecipada de recursos ao Tesouro Nacional; (v) aprovação da Política de Dividendos, que considera a necessidade de preservação patrimonial do Banco; (vi) apoio em ações voltadas à redução de volatilidade do Patrimônio Líquido; (vii) ações de fortalecimento institucional da AT; (viii) aprovação da Política de Responsabilidade Social e Ambiental; (ix) recomendações em prol da Estratégia de Longo Prazo 2018-2023 e do Plano Trienal 2020-2022; e (x) recomendações em torno de diversas ações de apoio emergencial adotadas em face dos impactos decorrentes da crise pandêmica.

Destaque-se, quão importante, e de acordo com o Parágrafo 3º do Artigo 2º da Lei No 12.353/2010, que “...o conselheiro de administração representante dos empregados não participará das discussões e deliberações sobre assuntos que envolvam relações sindicais, remuneração, benefícios e vantagens, inclusive matérias de previdência complementar e assistenciais, hipóteses em que fica configurado o conflito de interesse”.

Algumas Propostas contributivas do Candidato a Conselheiro

1. Priorizar inversões em Infraestrutura, com foco em Saneamento

Os investimentos em Infraestrutura no Brasil foram, no período 2017/2018, de apenas 1,77% do PIB. Caso consideremos apenas os investimentos em Saneamento, deficiência histórica de nosso País, foram nesse período 2017/2018 de pífio 0,2% do PIB. No País, há Estados com índices inferiores a 10% na cobertura de tratamento de esgoto!

O Plano Nacional de Saneamento Básico prevê a necessidade de se investir R$ 357 bilhões, entre 2019 e 2033, na universalização do acesso aos quatro serviços do Saneamento (Água, Esgotos, Resíduos e Drenagem).

De modo a orientar com vigor tal prioridade, propõe-se a criação de um Subcomitê de assessoramento aos Conselhos exclusivo para a temática de Infraestrutura.

2. Prover sustentabilidade financeira e patrimonial

A sustentabilidade financeira e patrimonial do BNDES deve ser priorizada com a manutenção da Política de Dividendos, a reciclagem de ativos maduros em bases consistentes e prudentes e a observância da Lei Complementar No 101/2000, relativamente à devolução antecipada de recursos.

3. Estruturar fontes complementares incentivadas de capital 

Com a edição pelo BACEN da Resolução No 4.733/2019, tratou-se da emissão de Letras Financeiras por instituições financeiras, limitadas no BNDES ao Nível I do Patrimônio de Referência, que em 30/09/2020 era de R$ 138,7 bilhões.  

Dentre as diversas alternativas de captação, propõe-se assim que se analise a viabilidade de emissão de Letras Financeiras em volumes e prazos elevados, com previsão de incentivos para o BNDES.  

4. Buscar permanentemente a transparência

A continuidade nas ações de transparência perante a sociedade deve ser priorizada, pois representa uma linha ativa de fortalecimento institucional interno e externo.

5. Criar o Comitê de Pessoas (CP) 

Propõe-se que o CP debata políticas de promoção, sucessão e incentivo, avaliação de competências e desempenho, treinamento e cultura organizacional. 

6. Estabelecer Reuniões no modo virtual em periodicidade mensal

Propõe-se a utilização de plataformas virtuais de comunicação para a realização de Reuniões mensais com os Empregados e Empregadas.

O contexto atual requer assim um Conselheiro propenso ao diálogo e à escuta atenta, firme, negociador, experiente, ponderado, com conhecimento e visão de futuro!  

 
ARTHUR KOBLITZ

Representação no Conselho de Administração como Construção Coletiva em Defesa do BNDES

PAULO C. A. BARCELLOS

Renovação Qualificada e Mandato Compartilhado de Representação no Conselho de Administração