Esportes

Edição nº1380 – quinta-feira, 06 de fevereiro de 2020

Vencendo o desafio da São Silvestre

"Sempre acompanhei a corrida. Achava mais interessante quando a largada era à meia-noite, na virada do Ano. Foi um sonho que realizei e não quero mais parar", diz o colega Wilson Dufles

reprodução

Dufles na São Silvestre

O colega benedense Wilson Dufles (ACO/DEPCO) começou o ano de 2019 com um grande desafio: participar da Corrida Internacional de São Silvestre, que acontece sempre no dia 31 de dezembro, na cidade de São Paulo. É a competição de rua mais famosa do país e a mais importante da América Latina. "Primeiro, procurei a academia Gfit, que fica no bairro de Santa Teresa, onde moro. Expliquei ao professor qual era a minha intenção: treinar para correr a São Silvestre. Precisava de fortalecimento muscular, mudar hábitos alimentares etc.", conta Wilson. "Também tive a ajuda da nutricionista da FAPES, que me orientou em relação à alimentação", complementa.

Depois de um ano dedicado aos treinos, Wilson conseguiu finalizar a prova. "É muito bom traçar desafios e alcançálos! É uma sensação maravilhosa!", comemora o colega, ainda repleto de lembranças da façanha. VÍNCULO traz, a seguir, um pouco da aventura de Wilson Dufles pelas ruas de São Paulo.

VÍNCULO – Como surgiu o desejo de participar de corridas?

Wilson Dufles – Estou com 63 anos e há muito me preocupam notícias sobre pessoas que estão perdendo a vida por causa de maus hábitos alimentares, vida sedentária e com o consequente surgimento de doenças crônicas que poderiam ser evitadas. Recentemente, li sobre um estudo que confirma que a corrida tem a capacidade de rejuvenescer as artérias. A prevenção é o maior motivo pelo qual resolvi aderir ao esporte. O que não é saudável é ficar parado, se entupindo de remédios para amenizar as doenças. Descobri também que podemos fazer tudo moderadamente, como comer e beber. A corrida é um esporte que sempre me chamou a atenção desde criança. A de São Silvestre existe há quase 100 anos. Em 2019, tivemos a 95ª edição. Sempre acompanhei, desde pequeno, a corrida. Achava mais interessante quando a largada era à meia-noite, na virada do Ano. Foi um sonho que realizei e não quero mais parar. E é superdivertido! Você conhece pessoas incríveis!

V Como foi sua preparação (treinos, corridas, alimentação etc.)?

WD – Comecei meus treinos no início de 2019. Primeiro, procurei a academia Gfit, que fica no bairro de Santa Teresa, onde moro. Expliquei ao professor qual era a minha intenção: treinar para correr a São Silvestre. Precisava de fortalecimento muscular, mudar hábitos alimentares etc. Não foi fácil, confesso, pois tive que diminuir meus chopinhos, dormir cedo e mudar totalmente a minha alimentação. Ao longo do ano, participei de corridas de 5, 6 e 10 km: Circuito das Estações, Corrida dos Engenheiros e o Desafio da Lagoa, nesta última fiquei em 3º lugar. Também tive a ajuda da nutricionista da FAPES. Muito importante essa profissional, que me orientou em relação à alimentação.

V Como foi a viagem e as últimas horas antes da corrida?

WD – Houve muitas descobertas, sustos, e confesso que quase me dei mal, mas no final ficou tudo bem. Viajei para São Paulo no dia 30 de dezembro, de Buser. A partida seria no Aterro do Flamengo, às 10h, chegando a São Paulo às 15h. Fiquei preocupado porque era a véspera da corrida e teria de estar, antes das 16h, no Centro de Convenções para pegar meu kit. Por precaução, resolvi enviar uma procuração a um amigo que mora em São Paulo para ele pegar meu kit com antecedência. Reservei hotel a 1 km da largada, na Av. Paulista. Para a volta ao Rio, comprei passagem aérea dois meses antes a um bom preço. Quando cheguei a São Paulo, no dia 30, a cidade estava em clima de corrida. Encontrei corredores de várias nacionalidades e de outros estados do Brasil, que já se encontravam no hotel para a prova. Nesse momento, comecei a relaxar. Às 22h já estava deitado. Acordei cedo, às 5h30. O hotel liberou o café da manhã às 6h e fiz um desjejum bem light. Às 7 estava caminhando para a largada. Fiquei impressionado com a estrutura montada pelos organizadores. O policiamento nos arredores foi impecável.

V – E a prova?

WD – Primeiro tive que achar o meu setor: o amarelo. Eram três setores: verde, azul e amarelo – nesta ordem de largada. Na frente destes setores largaram os corredores de elite. Como estava posicionado bem atrás, foi complicado começar a correr. Comecei andando uns 20 minutos até iniciar a corrida. Depois eles descontam esta fração do tempo bruto. Meu tempo foi de 2h05min (bruto) e 1h55min (líquido). Achei o resultado excelente por ser a primeira vez na São Silvestre. Durante a corrida, encontrei algumas dificuldades: o pessoal que tira fotos, a hora de pegar água e a reta final na Av. Brigadeiro Luiz Antônio, pois este é o maior desafio da corrida. Quando entrei na avenida tinha pela frente 2 km de subida, ali foi a dificuldade maior! Era tudo ou nada, porque se eu parasse corria o risco de travar tudo e nem mesmo conseguiria caminhar. Eu já havia corrido pelo menos umas cinco vezes 15 km e 20 km nos treinos, mas lá é que a onça bebe água, porque se eu não me mantivesse no meu pace (tempo de aceleração médio) dos treinos, poderia travar (rs). Participaram 35.000 corredores. Na minha faixa etária (60 a 65 anos), cheguei em 709º lugar. Na classificação geral, em 11.713º. Para um universo de 35.000, acho que fui muito bem (rs).

V – Como você se sentiu após o desafio?

WD – Com certeza, terei que melhorar muito, mas me sinto um campeão! É muito bom traçar desafios e alcançá-los! É uma sensação maravilhosa! Tomara que os colegas do Banco passem a praticar a corrida como esporte, pois é fundamental para a saúde! Conheci pessoas que participaram da corrida no aeroporto, no hotel e no dia da prova. Muito bom fazer amigos com os mesmos ideais! Soube que alguns colegas do Banco também participaram da São Silvestre, pena não termos interagido para correr juntos. Quem sabe na próxima! Até gostaria de pedir à AFBNDES para intensificar o apoio aos corredores do Banco, inclusive com treinamentos. Se conseguirmos levar para o dia-a-dia tudo o que nos desafia na vida, com garra e determinação, seremos, com certeza, campeões em tudo!

V – E os próximos projetos?

WD – Pretendo correr a Meia Maratona do Rio. Será o meu maior desafio em 2020. Para quem quer começar, basta acessar o site www.ativo.com/ e se inscrever nas corridas de 5 km. Também já estou pensando em corridas internacionais. Isso é uma cachaça! Já estão treinando, para a próxima São Silvestre, meu genro e minha filha. Tomara que contamine muita gente. Noutro dia brinquei com um colega: o Banco deveria colocar como meta para receber a PLR atividades que melhoram a saúde. Quem sabe essa prática diminua o custo do plano de saúde e aumente o valor da participação nos resultados? Brincadeirinha!

 

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Prova do Outono inscreve até amanhã

Terminam nesta sexta-feira (7) as inscrições para a Prova do Outono do Circuito das Estações, marcada para 15 de março no Aterro do Flamengo (Monumento aos Pracinhas), com percursos de 5, 10 e 13 km.

Sócios e dependentes pagam R$ 100,00; e convidados, R$ 130,00 – para os percursos de 5 e 10 km; e R$ 105,00 e R$ 135,00, respectivamente, para o percurso de 13 km. Pagamento em dinheiro. A Runners Rio, parceira da AFBNDES, fará a assessoria esportiva.

Happy Running em 15/2 – Seguem até o dia 10 as inscrições para o 1º Treinão AF’s Happy Running – corrida e caminhada com início e término no Clube da Barra em 15/2 (percursos de 5 e 10 km).

Filiados às Associações pagam R$ 35,00, com direito à kit. Não-sócios pagam R$ 60,00; e crianças até 12 anos, R$ 30,00. A entrega do kit será feita na AFCEDSERJ em 14 de fevereiro, das 14 às 18h. Mais informações com Henrique Ramos (97434-8663) ou Leonardo Moulin (96910-1621).