Editorial |
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Edição nº1346 –
quinta-feira, 23 de
maio de 2019 |
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Nonsense,
mentiras e
desrespeito |
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Conhecereis a
verdade e a verdade
vos libertará! (João
8:32)
Não dirás falso
testemunho contra o
teu próximo. (Êxodo
20:16)
BNDES afirma em
nota: "A decisão da
diretoria de Governo
e Infraestrutura de
afastar a chefe do
Departamento de Meio
Ambiente da função
comissionada que
exercia reflete
prática natural
enquanto se
esclarecem as
questões levantadas
(grifo nosso)".
Duas questões
poderiam ser
debatidas sobre esta
afirmação. É essa
uma prática correta?
Outra questão é se é
verdade ou mentira
que essa é uma
"prática natural". O
comunicado da
AFBNDES em resposta
à nota do Banco não
entra na primeira
questão. Mas podemos
respondê-la aqui,
seguindo o que nos
parece bom senso:
depende de quais são
as acusações. Seria
absurdo, por
exemplo, dizer que o
presidente do BNDES
não pode exercer
suas atividades
porque é investigado
pelo TCU.
Mas o tema que
realmente importa
para o nosso
comunicado e para
este editorial tem a
ver com a segunda
questão: é verdade
que é "prática
natural" afastar um
executivo por conta
de investigação?
Talvez haja algum
lugar onde isso seja
verdade. Não é no
executivo do governo
brasileiro, como o
exemplo do ministro
do Meio Ambiente
demonstra, e, ainda
mais importante para
a nossa análise, não
é verdade aqui no
BNDES.
Todos sabem que mais
de uma centena de
executivos do BNDES
estão hoje
envolvidos em alguma
forma de
investigação:
comissões de
apuração interna,
auditoria no
Tribunal de Contas
da União ou tomada
de contas especiais
do TCU. Nenhum deles
foi afastado do seu
cargo por conta
disso. É certo que a
imensa maioria
dessas investigações
nem suspeita
fundamentada tem,
quanto mais
acusações ou
apontamentos
sustentáveis.
Seguindo o critério
de bom senso
proposto acima,
está correto não
afastar ninguém por
conta dessas
investigações. Mas
essa, de novo, não é
a questão. A
questão é que NÃO É
PRÁTICA NO BNDES
AFASTAR EXECUTIVOS
SOB INVESTIGAÇÃO DE
SEUS CARGOS.
A chefe do
Departamento de Meio
Ambiente foi
afastada sem que
tenha sido aberto
qualquer tipo de
investigação. Não é
certo que uma
investigação será
aberta, até porque,
e isso é um
agravante adicional,
ninguém sabe se
existirão elementos
mínimos para
justificar a
abertura de uma
comissão de apuração
interna. O
superintendente da
AGS corretamente
entregou seu cargo
diante dessa
situação. Estamos,
como pode-se ver,
vivendo na mais
completa
excepcionalidade. A
nota do BNDES obriga
todos os empregados
do Banco a
desafiá-la sob pena
de, caso contrário,
estarem se fazendo
de palhaços. É uma
condição indigna que
nós da AFBNDES nos
recusamos a
compactuar.
Destacamos ainda que
a nomeação de novo
chefe de departament o
deveria ao menos ser
interina,uma vez que
nem mesmo uma
seleção de executivo
foi organizada.
Mais um tema
indefinido depois de
cinco meses de nova
administração. A
seleção de
executivos é a gosto
do freguês?
Está em jogo coisa
seríssima. Herdamos,
de nossos colegas do
passado, uma
respeitável
institucionalidade
que nos garante
autonomia técnica.
Isto permitiu que
até hoje tenhamos
desempenhado nosso
trabalho com a
liberdade sem a qual
ele não seria
possível. Estão
querendo colocar
essa
institucionalidade
em risco. Quem vai
defendê-la se não
formos nós, os
atuais funcionários
do BNDES?
Em tempo:
Temos duas frentes
de batalha: a defesa
da governança do
BNDES e a do Fundo
Amazônia (dados os
riscos colocados por
uma gestão míope do
Ministério do Meio
Ambiente).
Estamos trabalhando
para realizar o
Ato em Defesa do
Fundo Amazônia
no dia 4 de junho,
aqui no BNDES.
Contamos com vocês.
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VERSÃO IMPRESSA |
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(arquivo em PDF) |
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AGENDA |
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INSTITUCIONAL
• O economista André
Nassif, professor da
UFF e ex-funcionário do
Banco, estará na sala de
leitura da Biblioteca do
BNDES nesta sexta-feira
(24), às 16h, falando
sobre “Desenvolvimento
brasileiro: entraves e
perspectivas”. A
promoção é da AFBNDES.
• A convite da
Associação, os
ex-diretores do Banco
Eduardo Rath Fingerl
e Wagner Bittencourt
participarão de
seminário no dia 30 de
maio, às 10h30, na sala
708 do Edifício Ventura
Oeste, com o tema “O
BNDES é a sua história”.
•
Vídeo da palestra do
professor Daniel
Negreiros Conceição
(UFRJ) sobre “A crise da
macroeconomia” estará
disponível nesta
quinta-feira no canal da
AFBNDES no YouTube. Na
próxima semana também
estará presente no canal
vídeos do debate “Visões
alternativas sobre a
reforma da Previdência”,
envolvendo Fabio
Giambiagi, economista do
BNDES, e Denise Gentil,
professora da UFRJ. |
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