A convite da
AFBNDES, o
economista Luiz
Carlos Mendonça de
Barros estará
presente no Teatro
Arino Ramos Ferreira
(S1 do Edserj) no
dia 30 de abril, às
16h, para falar
sobre o BNDES de
hoje e sua história.
"Será um prazer
falar para vocês
nestes tempos
obscuros. Meus anos
no BNDES são motivo
de orgulho", disse o
ex-presidente do
Banco ao aceitar o
convite.
Mendonça de Barros
esteve na
presidência do BNDES
de novembro de 1995
a abril de 1998,
durante o governo
FHC. No dia de sua
posse, em 6/11/95,
falando ao VÍNCULO,
ele mandou mensagem
aos empregados do
Sistema BNDES:
"Tenho muita honra
de estar aqui. O
Banco sempre foi
visto como uma
unidade importante
no sistema
financeiro
brasileiro.
Profissionalmente,
sempre tive a melhor
das impressões em
relação à
instituição. E,
aliás, foi uma das
condições que
fizeram com que
interrompesse a
minha vida
profissional para
trabalhar no
governo. É possível
que se fosse em
outra instituição eu
não tivesse a
coragem de fazer o
que fiz, porque
acredito que nos
próximos anos o
papel do BNDES no
desenvolvimento da
economia vai ser
crucial. Isso é o
que me levou a este
– segundo alguns –
ato de insanidade,
de sair do meu canto
e vir trabalhar aqui
com vocês". Dois
dias depois,
recebendo os
presidentes das
Associações de
Funcionários em
audiência, o
presidente disse que
era a favor dos
bancos públicos e do
BNDES em particular,
"por ser um órgão
fundamental para a
retomada do
desenvolvimento
brasileiro".
Vinte e três anos
depois, o papel dos
bancos públicos na
retomada da economia
brasileira ainda
está presente na
fala de Mendonca de
Barros. Em artigo
publicado no Valor
Econômico em 25 de
março último, o
ex-presidente do
Banco cita as
armadilhas da
economia nacional:
"Infelizmente no
Brasil, que sofre há
mais de quatro anos
de um desemprego
indecente, com a
indústria
manufatureira com um
hiato gigantesco, os
ortodoxos tomaram
conta do sistema
bancário público
obrigando estas
instituições – que
são responsáveis por
mais de 50% do
crédito total – a
reduzir seu tamanho
e, como o BNDES,
devolver ao Tesouro
recursos que
deveriam ser
mobilizados para
tirar a economia do
buraco atual".