Aviso aos
brasileiros: a
verdadeira ponte
para o presente já
está construída e
não é a "ponte para
o futuro ... sem
luz!". A real está
situada sobre a Av.
República do
Chile-RJ: é a
passarela que liga a
sede do BNDES à sede
da Petrobras! Mas
querem destruí-la!
Por quê?
Um quadriênio
iluminado: 2007 (a
descoberta do
Pré-Sal, blindando
nossa conta de
transações correntes
– razão de todas
nossas crises
sistêmicas – nosso
"calcanhar de
Aquiles"); 2008
(como de costume,
uma crise mundial
nos revelando
caminhos
descontinuados);
2009 (a descoberta
do arranjo
institucional
BNDES/TESOURO); e
2010 (diante da
enorme crise
mundial, o Brasil,
financiado por seus
três bancos
públicos, sai de um
crescimento 0% para
7%). Um quadriênio,
seguido ao anterior,
que jogou a
autoestima do
brasileiro na lua!
Fisicamente, a
"Ponte do Presente",
consolidada em 2010,
fica situada na
passarela entre o
BNDES e a Petrobras.
Porém, no meio da
passarela, olhando
para o início da Av.
República do Chile,
vislumbramos a Caixa
Econômica Federal à
esquerda e o Banco
do Brasil à direita.
Estes completam o
"Quadrilátero de
Aço", sustentáculo
da nossa economia,
hoje sob o risco de
desmanche!
Em 2008,
presenciamos a
segunda maior crise
econômica mundial,
79 anos após a
primeira, em 1929.
Em 1931, Getúlio
Vargas queima 70
milhões de sacas de
café, salva a
economia nacional e
lança o Brasil na
era da
industrialização!
Em 1933, Franklin
Delano Roosevelt
lança um plano de
reconstrução
econômica – o New
Deal – e tira os EUA
da crise.
O que ambos têm em
comum? Os dois
estadistas, em suas
intervenções na hora
da crise,
contrariando as
recorrentes
concepções liberais,
"fazem o que têm que
fazer"; ambos
utilizam o Estado de
forma anticíclica
para resgatar suas
economias! Em sua
visita ao Rio de
Janeiro, em novembro
de 1936, Roosevelt
atribui a Getúlio a
criação do New Deal:
"Despeço-me esta
noite com grande
tristeza. Há algo,
no entanto, que devo
sempre lembrar. Duas
pessoas inventaram o
New Deal: o
Presidente do Brasil
e o Presidente dos
Estados Unidos".
De outra forma, mais
moderna, se poderia
dizer que Roosevelt
chamou Getúlio de "o
cara"!
Seguindo esta
sequência, então, a
política de Vargas
inspira a de
Roosevelt e, segundo
Celso Furtado, ambas
demonstram "ex-ante",
na prática, a teoria
keynesiana da
Demanda Efetiva, de
1936, que demonstra
o equívoco
conceitual da tese
liberal: "a oferta
cria sua própria
demanda de Say (em
resumo: deixado
livre sem
interferência do
Estado, o mercado se
autorregula e a
economia sempre
estará em
equilíbrio!
Perguntamos:
Quando?)".
Hoje, em época de "fake
news" e
"pós-verdades",
entendemos que a
força econômica do
capitalismo em sua
fase financeirizada
revive sempre
renovada; agora no
pós-neoliberalismo,
um novo "remake" do
ancião liberalismo
(duas vezes
derrotado em suas
teses de auto
equilíbrio)! O
impressionante é que
nem passada uma
década da crise de
2008, quando as
velhas teses de
autorregulação do
mercado (financeiro)
livre prometiam o
fim da história, o
que vimos diante de
nossos olhos? O
desmoronamento da
banca, em efeito
dominó, pelo mundo!
Diante disso, de
novo, o velho Estado
atua de forma máxima
e lá fora derrama
dinheiro de
helicóptero,
conforme a metáfora
de Ben Bernanke, o
presidente do FED da
época!
E o que dizem os
neoliberais, agora?
Criaram uma
tese-desculpa (ou
seria um "fake news"?):
não existe mais
possibilidade de
forte crescimento no
mundo; agora o baixo
crescimento é o
"novo normal"!
Como "novo normal"?
É normal, é
funcionalmente
sustentável, uma
"nova" economia que
diante de enorme
liquidez
valorizaram-se os
ativos especulativos
(as ações e os
títulos públicos
precificados a
mercado) e
enriquecem os
agentes financeiros
(o 1%) em detrimento
do resto da
população (os 99%)
lutando entre o
desemprego e os
empregos de baixa
remuneração?
É normal o
sentimento de
exclusão social
alimentando o ódio e
os desejos
separatistas entre
classes e povos?
É normal a ausência
do Estado causando o
austericídio fiscal
e impedindo o
retorno sus-entável
do crescimento, como
aconteceu a partir
do New Deal? Não é
egoísta apregoar uma
tese de "novo
normal" apenas para
tentar perpetuar os
ganhos do 1% que
ganhou e ainda é
sustentado pela
liquidez "grátis" do
"Estado Máximo" para
a banca?
A cada reunião da
cúpula do FED para
anúncio de aumento
de juros o que se vê
é sempre um aumento
pífio diante das
expectativas. Isto
nos mostra o receio
do mundo financeiro:
se errar a mão,
desmorona o castelo
de cartas!
Não, não existe
"novo normal", o que
existe é uma
concentração
financeira forte,
disfuncional,
prenúncio de uma
nova crise de
ajuste!
Mas o que fez Lula
em 2008/2009?
Liberou liquidez
para a banca, como
fez o resto do
mundo? Não! Como
Getúlio e Roosevelt,
"fez o que tinha que
fazer"; ordenou, ao
presidente do BC,
Henrique Meirelles,
diante de sua
relutância, baixar
os juros e, ato
contínuo, criou por
contingência da
crise o que seria o
mais fantástico
instrumento de
financiamento do
desenvolvimento
brasileiro: o
arranjo
institucional
BNDES-TESOURO!
Por que esse
entusiasmo? Como
neodesenvolvimentistas
(isso é um "fake
news"; somos mesmo
velhos
desenvolvimentistas!
Somos benedenses e
gostamos
atavicamente é de
investimento, de
desenvolvimento),
entendemos que Lula
acertou duas vezes:
agindo de forma
anticíclica, usou o
Estado de forma
eficaz (tal como
Getúlio e
Roosevelt), salvou
empresas pegas no
contrapé cambial, e
rapidamente retomou
a economia com o
financiamento da
cadeia produtiva da
Petrobras no
desenvolvimento do
Pré-Sal e no aumento
da velocidade do
Programa de
Aceleração do
Crescimento – PAC.
Por que acertou? Se,
lá fora, se deu
dinheiro grátis para
salvar apenas a
velha banca privada
em seus exageros
especulativos (cadê
a proclamada
autorregulação?),
aqui se criou
dinheiro para
financiar,
preponderantemente,
o investimento novo,
com características
deflacionárias pelo
acréscimo de
capacidade a médio
prazo!
Lula prenunciou que
aqui a crise seria
uma "marolinha": "Lá
(nos EUA), ela é um
tsunami; aqui, se
ela chegar, vai
chegar uma marolinha
que não dá nem para
esquiar".
E não é que ele
acertou? De fato, o
país foi o primeiro
a sair da crise: 0%
em 2009 e 7% em
2010, caminhando em
direção ao 5º lugar
do PIB mundial!
Em abril de 2009,
Obama enaltece Lula,
na reunião do G20:
"Esse é o cara! Eu
adoro esse cara! É o
mais popular
político do mundo!"
Obama lamentou que
os EUA não tivessem
um banco de
desenvolvimento a
exemplo do BNDES. De
certa forma, o
elogio de Obama soou
assemelhado ao
elogio de Roosevelt,
em 1936, a Getúlio!
Em termos de
relações
internacionais,
nunca sabemos as
reais intenções dos
elogios, mas o fato
é que as ações de
nossos dois líderes
foram eficazes em
suas respectivas
épocas.
Realmente, da mesma
forma que Getúlio,
ao tirar o nosso
país da crise de 29
e lançá-lo num longo
período de
crescimento, Lula
tirou nosso país da
crise de 2008 e
deixou
possibilidades
abertas de um longo
período de
desenvolvimento pela
exploração do
Pré-Sal e pelo
instrumento do
financiamento
através do arranjo
institucional do
BNDES-TESOURO. E
elas ainda estão aí,
apesar de ameaçadas
em mãos
inabilitadas,
sabe-se lá por que
razões!
Mas Getúlio, amado
pelo povo e
construtor de nossa
industrialização, da
Petrobras e do
BNDES, foi odiado
pelas nossas elites,
que lucraram com ele
e em resposta o
pressionaram, sob
levianas acusações,
até o dramático fim.
Quanta ingratidão!
E agora, de novo –
responsável por um
forte período de
crescimento:
primeiro, até 2008,
pela contingência
fortuita da "onda
das commodities"; e
depois, por mérito
de suas políticas –,
Lula, amado pelo
povo e atendendo ao
mercado, que
engrandeceu tanto a
Petrobras (com o
desenvolvimento do
Pré-Sal), como o
BNDES, honrando as
criações de Getúlio,
se vê sob o mesmo
tipo de pressão por
convicções sem
provas de nossas
elites econômicas
que tanto ganharam
com ele. De novo a
ingratidão!
Tentamos mostrar
verdades e fatos
comprováveis da
administração do
"cara" e não meras
convicções!
Então, "o cara" que
viabilizou um
período de
crescimento, tanto
para o povo, como
para a elite, está,
agora, sendo
impossibilitado de
concorrer de novo ao
posto que comandou
com competência e
eficácia. Então, não
pareceria coerente
ele concorrer (conforme
Vox Populi, de
17/04/18, 58%
acham que Lula tem
direito a concorrer,
se não fosse por
nenhuma outra razão,
pelo menos por puro
pragmatismo, algo
que já deu certo?
E se, caso fosse
eleito, poderia
refazer, reforçar e
trilhar a nossa
"Ponte do Presente"
em direção a um
Plano Soberano de
Desenvolvimento e
Resgate de nossa
Dívida Social? Lula
criou o sistema
para, aqui,
transformar a crise
mundial apenas em
uma "marolinha". Ele
não saberia,
novamente, como
tirar, de novo,
nosso país da crise
atual?
Reflitam de acordo
com suas convicções!