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Eu
não
vendo
o
meu
país
AFBNDES
participa
na
Câmara
dos
Deputados
de
movimento
contra
o
desmonte
do
Estado
brasileiro |
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Arthur, vice-presidente da AF,
discursa na assembleia de 7 de
fevereiro |
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O vice-presidente da
AFBNDES, Arthur
Koblitz, esteve em
Brasília no dia 13
de setembro
participando de
audiência pública,
na Câmara dos
Deputados, contra o
desmonte do Estado
brasileiro. A
campanha "Eu não
vendo o meu país"
foi lançada no Rio
em 11 de setembro,
no Sindipetro-RJ,
com representantes
de várias entidades
sindicais em defesa
das empresas
estatais que estão
sendo pulverizadas
por recentes medidas
governamentais, como
Petrobras,
Eletrobrás, Casa da
Moeda e Cedae.
Confira, a seguir, a
fala do
vice-presidente da
AF (para ver o
vídeo,
clique aqui). |
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O BNDES e a luta
pelo que há de
moderno na economia
brasileira
"Se falou aqui do
momento histórico
que a gente vive. E
eu queria começar
lembrando o momento
histórico que vigia
à época em que foi
proposta a criação
do Banco Nacional do
Desenvolvimento
Econômico, o atual
BNDES. No
Pós-Guerra, o Brasil
esperava um
tratamento especial
dos EUA. Afinal de
contas, nós tínhamos
participado do
esforço de guerra,
ao contrário da
Argentina. A gente
imaginava que
caberia um papel de
destaque para o
Brasil e um olhar
especial por parte
dos EUA. Os
americanos apoiaram
a Europa com o Plano
Marshall e o Brasil
esperou durante todo
o segundo governo
Vargas por algum
tipo de ajuda
financeira, e nada
veio. Houve
discussões sobre a
elaboração de um
plano de
desenvolvimento para
o país, mas dinheiro
eles nunca
coloca-ram aqui. No
governo Kubitschek,
o Brasil resolveu
começar sua
arrancada para o
desenvolvimento com
recursos próprios,
mobilizando o
capital que ele
tinha e fortaleceu
então o BNDES sem o
apoio de nenhum
outro país. O Brasil
cresceu – nos anos
50 com o Plano de
Metas, nos anos 70
com o 2º PND – de
forma impressionante
e reconhecida no
mundo inteiro. E o
BNDES foi uma
instituição
fundamental neste
processo. Há vários
registros na
literatura econômica
brasileira que
mostram a
centralidade do
Banco tanto nos anos
50 quanto nos anos
70".
"Nos últimos 30
anos, o BNDES tem
lutado para defender
o que tem de mais
moderno na economia
brasileira, contra
uma conjuntura
macroeconômica, em
geral, contrária ao
investimento, ao
crescimento, ao
desenvolvimento do
país. O BNDES contra
uma taxa de juros
sempre elevada,
contra uma
macroeconomia em que
o câmbio está sempre
valorizado, mas,
mesmo assim, o que a
gente conseguiu
reter de moderno a
gente deve sim ao
apoio do Banco".
O ‘empoderamento’ da
Selic e do Banco
Central
"Na semana passada,
o governo conseguiu
aprovar a MP 777,
que muda a taxa de
juros do BNDES. Esta
MP significa o total
‘empoderamento’ da
Selic e do Banco
Central sobre a
economia do país.
Significa que agora
a política monetária
que se notabilizou
nos últimos 30 anos
por ter as maiores
taxas de juros do
mundo também submete
à sua influência o
investimento
produtivo – sem
nenhuma proteção.
Significa que o
investimento de
longo prazo no
Brasil, na
infraestrutura do
país, vai ficar por
conta do capital
internacional. E o
Estado vai fazer o
quê? Vai assumir o
risco cambial que
ocorrerá. E quando
houver uma próxima
virada cambial, quem
é que vai pagar a
conta? Vai ser o
Estado nacional,
como aconteceu no
passado. E não
importa se eles vão
estabelecer esse
mecanismo de cara ou
depois, porque no
meio de uma crise
cambial, com as
empresas falindo, o
que a gente vai
fazer, senão assumir
essas empresas? Isto
já aconteceu no
passado. E é isto o
que está se montando
agora".
Nossa inimiga é a
equipe econômica que
pilota o país
"Eu quero, nesta
minha fala,
agradecer aos
parlamentares –
Erundina, Glauber,
Patrus Ananias e
tantos outros – que
resistiram
bravamente naquela
sessão, madrugada
adentro, buscando
impedir a passagem
dessa MP. E queria
lançar um alerta
para os
parlamentares e para
o movimento popular.
Os economistas
neoliberais se
mobilizaram por
conta de todas as
reformas que estão
acontecendo no país,
mas nenhuma reforma
contou com apoio
maior, com maior
engajamento, do que
a mudança na taxa de
juros do BNDES. Todo
economista
neoliberal com
reputação no Brasil
se manifestou
publicamente, com
artigos, defendendo
essa mudança, que,
ao final, significa
a destruição do
BNDES, a destruição
da capacidade de o
Estado nacional
brasileiro ter algum
controle estratégico
sobre o crédito no
país. Eu não preciso
lembrar aos senhores
como sempre a
esquerda teve muito
claro, desde o
século XIX, a
crucialidade em
relação ao controle
do crédito, a
necessidade de
centralizar o
crédito na mão do
Estado. E é isto o
que está sendo
desmontado no
Brasil. Eles estão
completando um
processo que não
conseguiram nos anos
90, com economistas
que andaram rondando
os governos de FHC e
os governos
petistas. A equipe
econômica de
Henrique Meirelles e
Dyogo Oliveira
esteve no governo do
PT e o Ilan Goldfajn
fez parte da equipe
do governo Fernando
Henrique. Eles
estiveram rondando
esses governos e
influenciando as
políticas, mas com o
governo de Michel
Temer eles assumiram
total poder. O
principal problema
do governo Temer não
é nem sua faceta
amoral, mas é que
ele deu poder pleno
ao maior grupo de
fanáticos liberais
que já pilotou este
país. E são esses
fanáticos que a Rede
Globo defende. O
nosso verdadeiro
inimigo é essa
equipe econômica".
Como tática, unir
forças e ocupar mais
as ruas
"Para concluir,
queria deixar duas
mensagens em relação
à tática de nossa
campanha: há muito o
que fazer para
ampliar esse
movimento. E, nesse
sentido, a gente tem
que ter claro que é
necessário separar
nossa agenda
programática da
agenda eleitoral,
porque a agenda
eleitoral divide os
brasileiros. Isto
não é
necessariamente ruim
em termos políticos,
mas para o nosso
movimento contra o
desmonte do Estado
brasileiro é ruim
sim. Precisamos
somar esforços. A
outra questão tem
relação à ocupação
das ruas. E eu
pergunto: por que
nosso movimento não
está maior? Por que
o movimento da
primeira greve
geral, que foi
bem-sucedida, não se
expandiu? Como
participante das
passeatas, vejo um
problema sério, que
afasta as pessoas.
Nas ruas a gente não
está conseguindo
ouvir as entidades,
os parlamentares,
porque as passeatas
sempre acabam em
explosões e
violência. Nós não
controlamos a
polícia, mas temos
que ter algum
controle sobre os
movimentos sociais
para fazer crescer a
ocupação das ruas". |
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VERSÃO IMPRESSA |
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(arquivo em PDF) |
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AGENDA |
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Plenária sobre Acordo de
Jornada de Trabalho
acontecerá amanhã
Está
confirmada para esta
sexta-feira (29), às
14h, no Auditório do
BNDES (S1 do Edserj), a
plenária relativa ao
Acordo de Jornada de
Trabalho 2017-2019. Foi
contratado, pelas
Associações de
Funcionários, um parecer
jurídico sobre o tema. O
Sindicato dos Bancários
do Rio também ficou de
analisar a proposta
preliminar apresentada
pela Administração do
BNDES com vistas à
renovação do AJT
(encerrado em
30/06/2017). |
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