Negociação 2022: Só
falta o BNDES!
Como antecipamos em
mensagem sobre o
início da negociação
do Acordo Coletivo
de Trabalho (ACT) de
2022, o clima das
primeiras conversas
era de repetição da
experiência
traumática de 2020.
E nosso vaticínio
foi confirmado: a
Convenção Coletiva
de Trabalho dos
bancários e os
acordos específicos
do Banco do Brasil e
da Caixa Econômica
Federal, entre
outros bancos
públicos, foram
assinados na última
sexta-feira (2) e a
negociação no BNDES
continua em impasse,
ainda sem rumo.
Fiquem certos de que
fizemos todos os
esforços para tentar
mudar o rumo do
processo e chegar a
uma negociação
positiva: aceitamos
a agenda da atual
Administração e
tentamos tratá-la,
dentro do razoável,
tendo em vista os
direitos e
interesses dos
empregados e
aposentados do
BNDES.
Eles querem discutir
o Plano de Saúde,
mas convocam os
empregados para
participar do
processo no meio de
uma negociação de
ACT com prazo
escasso para ser
concluída. Nos
mantiveram todo o
tempo afastados do
tema, apresentaram
um conjunto de
informações
extremamente
superficiais e
esperam que
concordemos em abrir
mão de direito
adquirido sob a
ameaça de não fechar
o ACT.
Isso não tem
precedente em
nenhuma negociação
em curso no país.
Aceitamos abrir mão
da nossa proposta
inicial, que já era
praticamente de
consenso
considerando o ACT
anterior, para
manter o ACT nas
mesmas condições
hoje vigentes –
aceitando todas as
violências que
impuseram às
Associações de
Funcionários há dois
anos, entre elas a
suspensão do
desconto em folha –
uma incivilidade, um
autoritarismo que
não conhece paralelo
nem em empresas
privadas – em troca
de fecharmos
rapidamente o Acordo
Coletivo. Além do
mais, em
contraposição à
inclusão da cláusula
sobre o Plano de
Saúde como está
sendo imposta,
aceitamos como única
cláusula nova no ACT
o compromisso de
constituição de um
grupo de trabalho
paritário, chamando
também os
aposentados para a
Mesa, de forma a
iniciar
imediatamente a
discussão e
negociação sobre o
Plano de Saúde. Ou
seja, nossa
preocupação foi
garantir que
teríamos tempo para
que o Banco
colocasse sua agenda
na mesa,
apresentasse seus
argumentos e nos
permitisse estudar,
entender e propor e
contrapropor medidas
alternativas.
Acreditamos que
temos condições de
chegar a bom
entendimento se
apostarmos no
diálogo, na
persuasão, no
convencimento dos
empregados do BNDES.
Entendemos que é uma
agenda positiva da
atual Administração
convocar todos para
um exame da situação
do Plano de Saúde.
Fizemos isso com o
PBB e chegamos a um
acordo extremamente
importante, que
gerou ajustes
profundos e
necessários no nosso
plano de
previdência.
Infelizmente, a
Administração reluta
em caminhar no
sentido do
entendimento. Parece
não acreditar na
persuasão ou nos
seus argumentos. Só
aceita conversar com
o chicote do fim da
vigência do ACT na
mão. A agenda é
exclusivamente
moralista: fazer os
empregados pagarem
pela assistência à
saúde é mais
importante que
qualquer outro
objetivo. Eles
levaram três anos
para chegar a um
entendimento e
querem nos obrigar a
aceitar em alguns
dias suas
“brilhantes”
conclusões.
É tudo muito
lamentável. Tínhamos
encontrado em
2017/2018 – em meio
a sérias divisões
entre empregados e
Administração sobre
uma visão para o
BNDES; em meio a
perseguições(*)
e à criação da TLP –
um caminho negocial,
de diálogo sobre
questões
trabalhistas e
previdenciárias.
Acompanhamos as
mudanças tocadas
pela FAPES em
relação ao PAS em
2017 e 2018
intensamente e bem
de perto. Apoiamos
as iniciativas que
pareciam positivas e
a FAPES conseguiu
alguns feitos
formidáveis em
matéria de controle
de custos e melhora
de vários serviços,
como o Programa
Saúde da Família.
Demos provas de que
temos
responsabilidade,
dialogamos,
insistimos em
dialogar, apesar da
agenda de
confrontação
permanente da atual
Administração.
Estamos esperando a
próxima reunião,
transferida para
quinta-feira (8).
Não sabemos o que
eles irão nos
propor. A
Administração não
conseguiu o mínimo
de apoio para sua
proposta (as
assembleias de
ativos e aposentados
não nos deixam
mentir) e não
apresentaram nada de
novo até agora.
Manteremos vocês
informados.
Todo o poder e
influência da
Comissão dos
Empregados dependem
da unidade e da
mobilização dos
benedenses!
Todos alertas!
(*)
Esclarecimento
(07/09/2022)
O seguinte trecho do
Comunicado – "em
meio a perseguições
e à criação da TLP"
– deixou vago o que
se quis dizer com
"perseguições".
Na verdade, foi uma
referência à
condução coercitiva
de 2017 relacionada
à Operação Bullish,
que teve grave
efeito sobre os
empregados.
Ou seja: não é uma
referência a
qualquer perseguição
promovida pela
Administração do
BNDES da época. Pelo
contrário,
acreditamos que
apesar de
discordarmos muito
das mudanças para a
TLP, em 2017,
mantivemos sempre
uma relação
respeitosa e de
diálogo intenso com
aquela
Administração.
Por mais de uma vez
a AFBNDES foi
prestigiada e
espaços para o
contraponto foram
abertos. Essa
prática perdurou, em
maior ou menor grau,
até a presidência de
Joaquim Levy no
BNDES (inclusive). |