Benedenses,
Como todos sabem ainda não tivemos a sentença do
Juiz sobre o Plano de Retorno do BNDES. A
AFBNDES impetrou Mandado de Segurança na
sexta-feira, 5 de novembro, endereçado ao TRT-1,
com base no comunicado do BNDES sobre o retorno
emitido na mesma data.
Ontem (9) saiu a decisão da Desembargadora
denegando o nosso pedido liminar de suspender o
retorno ao trabalho presencial enquanto não
houvesse sentença sobre o Plano de Retorno.
Temos lutado em defesa da saúde dos empregados
do BNDES e suas famílias. No espaço que tivemos
junto à Administração, nos empenhamos e
pressionamos pela adoção de uma série de medidas
que melhoraram a segurança do retorno.
Na Justiça, conseguimos adiar o retorno até
novembro e estamos voltando com mais
segurança, num quadro de controle maior da
pandemia do que teríamos se tivéssemos voltados
em setembro ou outubro.
Acreditamos que o adiamento do retorno ao regime
de trabalho presencial e as medidas que
conseguimos agregar ao Plano de Retorno foram
vitórias importantes dos trabalhadores
organizados do BNDES.
Nesse interim, nunca abandonamos a via da
conciliação e do diálogo com o Banco,
sabendo que, antes de judicializar qualquer
demanda, é preciso esgotar as possibilidades de
composição.
No entanto, como tem sido recorrente, a
Administração atual do BNDES se mostrou
intransigente em negociar os pontos que
apresentamos como insuficientes e/ou equivocados
no Plano de Retorno, o que nos obrigou a ir
à Justiça.
Permanecemos abertos ao diálogo com a
Administração, mas, ao mesmo tempo, seguiremos
buscando, junto à Justiça, garantir um retorno
ao novo normal, que seja escalonado, com
trabalho híbrido, tal como adotado por várias
empresas públicas e privadas, já que consiste,
notoriamente, em uma medida importante para
mitigação de riscos à saúde do empregado, bem
como com a adoção de outras medidas de
segurança.
Ressaltamos, ainda, que a atual Administração
transformou, sem nenhuma justificativa
publicável, a questão do trabalho híbrido num
cavalo de batalha, num ponto de honra que
eles não podem ceder. O autoritarismo, a falta
de respeito, são muito autênticas quando provém
da arrogância e ignorância associadas à falta
maturidade.
Sabemos que o espectro do negacionismo ronda a
cabeça da atual Administração. São subordinados
a um governo internacionalmente conhecido pelo
desastre humanitário na crise da pandemia,
acusado de vários crimes, inclusive contra a
Humanidade. Em Brasília eram mal vistos os que,
durante a pandemia, usavam máscaras. Uma coisa é
criar normas de segurança, outra é manter o
cumprimento dessas normas.
Sabemos, também, que o presidente do BNDES, nem
uma vez sequer, recomendou que todos os
empregados se vacinassem e sabemos, também, que
conquistamos a exigência de vacinação por meio
de pressão e constrangimento da atual diretoria.
Portanto, enquanto aguardamos a decisão em
primeira instância, nossa luta agora vai se dar
na fiscalização da obediência das normas que
já foram estipuladas.
Já nos chegaram denúncias de violação dessas
normas.
Eles não vão vacilar em usar a estrutura
hierárquica da organização para constranger os
que quiserem seguir as normas de segurança
sanitária que eles mesmos aceitaram estabelecer.
O negacionismo é forte na atual Administração.
Para coordenar a luta dos benedenses em defesa
das normas que conseguimos que fossem
estabelecidas até agora, colocamos à
disposição a Ouvidoria da AFBNDES (ouvidoria@afbndes.org.br),
que terá a tarefa de ser o canal principal de
recepção e posterior sistematização das
denúncias de violação das normas de segurança.
Tais denúncias são fundamentais para que
possamos, em representação dos empregados do
BNDES, tomar as medidas administrativas e
judiciais cabíveis, de modo a reduzir os
riscos à vida e à saúde dos benedenses e de seus
familiares.
A AFBNDES continuará na luta em defesa da saúde
dos benedenses e seguirá recorrendo à Justiça -
sempre que a negociação prévia não se mostre
possível - para impedir que o arbítrio assole o
BNDES.
Mais do que nunca, a União e
Mobilização dos empregados se faz necessária
para garantir direitos e contribuir no
fortalecimento do BNDES.
Diretoria da AFBNDES |